GP de Singapura de F1: FIA atenta à ‘questão’ da asa do McLaren
A FIA pronunciou-se sobre a controvérsia das asas flexíveis da Fórmula 1, revelando que está a investigar a técnica da McLaren para determinar se o sistema é legal.
Para já a McLaren está a operar dentro dos limites das regras atuais, o carro passou nas verificações técnicas, mas a FIA diz que pode implementar novas diretrizes a qualquer momento. Como é lógico, a FIA não pode testar o carro em pista para atestar a rigidez das asas em condições reais de corrida, mas está em ‘cima’ do assunto.
Recorde-se que a McLaren desenvolveu uma nova técnica para aumentar a velocidade nas retas, tendo encontrado uma maneira de fazer com que a parte superior da asa traseira flita em alta velocidade, aumentando o espaço entre as duas partes principais da asa e reduzindo a resistência do ar.
Isso proporciona uma pequena vantagem de velocidade nas retas, especialmente em circuitos como Baku, onde as retas são muito longas.
O sistema terá sido crucial para Oscar Piastri vencer o Grande Prémio do Azerbaijão, superando Charles Leclerc (Ferrari), conseguindo essa pequena vantagem de velocidade nas retas, que foi suficiente para impedir que o Ferrari passasse.
A técnica consiste em criar um efeito semelhante ao DRS, mas sem usar o sistema. A parte superior da asa traseira flete, aumentando o espaço entre as duas partes principais da asa, reduzindo a resistência do ar. Essa técnica é especialmente útil em circuitos com longas retas, como Spa, Monza e Baku.
Esta técnica da McLaren pode ser uma vantagem significativa face às outras equipas, que também podem tentar desenvolver soluções semelhantes.
A FIA parece agora procurar uma forma de regular esta prática de modo a garantir a igualdade entre as equipas. Como sempre aconteceu na F1, há uma equipa que descobre uma ‘área cinzenta’ dos regulamentos, explora-os, a FIA atua, as restantes equipas seguem o exemplo e o mundo pula e avança…
FOTO – MPSA/Phillipe Nanchino
A FIA têm dinheiro suficiente para testar isto num tunel de vento. E a McLaren para o fazer, indica que deve ter testado isto préviamente nessas instalações.