F1: Trabalhadores de Viry-Chatillon consideram a troca da uma “traição”
O pessoal da Renault em Viry-Chatillon, fábrica onde são construídas e desenvolvidas as unidades motrizes, francesas, manifestou uma forte oposição ao plano da empresa para encerrar a sua operação de motores de F1, chamando-lhe uma “traição”.
A proposta, destinada a melhorar o desempenho da Alpine, envolve o fim da divisão de unidades motrizes de F1 em Viry e a transformação da Alpine numa equipa cliente, provavelmente recebendo motores da Mercedes a partir da época de 2026.
O plano, que promete poupanças de custos significativas, provocou reações negativas por parte dos trabalhadores, que argumentam que prejudicaria o legado e a identidade da unidade de Viry-Chatillon, que produz motores de F1 desde 1977.
“A direção do Grupo planeia parar o programa de 2026 em Viry-Chatillon e optar por um fornecimento de motor, provavelmente da Mercedes”, lê-se no comunicado, citado pelo Motorsport.com. “A razão apresentada é uma poupança direta significativa, trocando custos de desenvolvimento de 120 milhões de dólares por 17 milhões de dólares de fornecimento anual. Não entendemos o que justifica matar esta entidade de elite e trair a sua lenda e o seu ADN, enxertando um coração Mercedes no nosso [carro] Alpine. O anúncio do fim do desenvolvimento e da produção de unidades motrizes francesas para a Fórmula 1 é incompreensível. Não podemos aceitar que a Alpine e o Grupo Renault prejudiquem as suas imagens, e é por isso que pedimos ao Sr. [Luca] De Meo [presidente da Renault] e ao seu conselho de administração que renunciem a esta decisão.”
Apesar dos primeiros resultados promissores do desenvolvimento do motor de 2026, espera-se uma decisão final sobre o encerramento até ao final de setembro.
“O objetivo era colocar em funcionamento o primeiro motor Alpine 2026 no final do primeiro semestre de 2024, um ano e meio após a génese do projeto”, refere o comunicado, que aponta para a ausência de problemas de fiabilidade e para uma potência de cerca de 400kw [aproximandamente 536 CV]. Em 26 de junho de 2024, o RE26A, nome dado à primeira versão “de fábrica” do AR26, realizou o seu primeiro arranque no banco de motores n.º 6 em Viry-Chatillon, marcando assim um sucesso em termos do prazo previsto. Neste primeiro motor, está ainda ausente quase um terço dos conceitos de desempenho, previamente validados no banco de sistemas, cuja introdução está prevista para antes do final de 2024. No entanto, os primeiros resultados dos testes são prometedores. O RE26A é visto por todas as equipas de Viry-Chatillon como um grande sucesso, um motor bem-nascido com um potencial claro, a um ano e meio da primeira corrida, para aumentar as ambições da equipa Alpine F1.”
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Sou totalmente contra a intervenção de trabalhadores nas decisões estratégicas das empresas, mas neste caso só posso torcer para que tenham razão e levem a sua adiante🤞 Ficarei mesmo muito triste se os motores Renault saírem da F.