F1: Audi condenada ao insucesso? Eddie Jordan acha que sim
O projeto Audi dá ainda os primeiros passos, mas os primeiros indicadores não parecem muito positivos. Ainda o símbolo Audi não se vê nas pistas e já assistimos a uma reestruturação. No entanto, há quem acredite que o maior problema nem é o da recente instabilidade.
Eddie Jordan criticou a estratégia da Audi, considerando um “erro fundamental” gerir a equipa a partir da Suíça em vez de Inglaterra. Ele argumenta que as equipas britânicas têm um historial comprovado devido à cultura de corrida e à eficiência.
No podcast Formula For Success Podcast, Jordan salientou que as equipas suíças ou alemãs têm historicamente dificuldades em ganhar títulos, referindo a tentativa falhada da Toyota. Ele acredita que a abordagem suíça não tem a mentalidade encontrada no Reino Unido, onde a gestão dos fornecedores é mais assertiva.
“Tenho um ponto de interrogação sobre a Audi. Tu [David Coulthard] e eu somos particularmente bons amigos do McNish, do Alan, e desejamos-lhe o melhor. Mas é uma tarefa muito, muito grande que ele assumiu. Uma grande operação para construir um carro, para o fazer a partir da Suíça, para o fazer com pessoal alemão, com fabrico alemão”.
“Quando foi a última vez que uma equipa suíça ou alemã ganhou um título mundial? Vimos o que a Toyota fez. Eles vieram e tentaram fazer as coisas dessa forma e não resultou. Não há melhor forma de gerir uma equipa do que na Grã-Bretanha e, em particular, na zona de Northampton, Oxfordshire e vários outros locais. Eles têm uma enorme riqueza de conhecimentos. Eles têm uma mentalidade de poder ganhar, alcançar ou conseguir o melhor”.
“Encomendamos uma peça de maquinaria para ser feita na Suíça, dão-nos um prazo de entrega de talvez quatro dias, quatro semanas, quatro meses. E não há nada que se possa fazer. Se estivermos no Reino Unido, podemos sentar-nos em cima do fornecedor e dizer: se não fizeres isto, não recebes mais trabalho. Eles trabalham noite e dia para o fazer. Esta é a filosofia de uma cultura de corrida. Está no ADN. E acho que o que a Audi está a fazer é fundamentalmente errado”.
Jordan também salienta o mau desempenho atual da Sauber, que a Audi vai assumir, observando que não marcou quaisquer pontos na época de 2024 e está no fundo da classificação.
A realidade mostra que o Reino Unido é o centro estratégico da F1. A grande maioria das equipas está sediada no Reino Unido e até a Mercedes, marca alemã, tem as suas operações estabelecidas no Reino Unido. Pode ser uma visão redutora, mas a indústria que gira à volta da F1 é muito mais forte nas ilhas britânicas. Será que Jordan tem razão?
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