WRC, Rali da Letónia: terceira vitória do ano para Kalle Rovanperä

Por a 21 Julho 2024 13:14

Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1 Hybrid) venceram o Rali da Letónia, naquela que é o seu terceiro triunfo do ano em cinco provas.

Uma prova bastante bem conseguida, em que lideraram do primeiro ao último troço. Sem erros, sem riscos desnecessários chegaram ao final do primeiro dia com um avanço de 15.7s para os segundos classificados, durante o segundo dia forma aumentando paulatinamente o avanço, colocando-o em 42.5s, pelo que depois foi só gerir até final.

Um começo de ano mais complicado com os despiste na Suécia, e em Portugal, quando lideravam, mas reajustaram o foco e nas provas ‘bálticas’ estiveram perfeitos, mesmo com a chamada à última da hora na Polónia.

No país onde começou a sua carreira de rali quando era adolescente, Rovanperä foi sempre ampliando a sua vantagem inicial e mesmo sem estar totalmente contente com o carro “não cometemos erros e acho que fizemos um bom trabalho”. Tal e qual.

Uma boa estratégia de pneus, no segundo dia, depressa mais do que duplicou a sua vantagem apesar de transportar um segundo pneu sobressalente adicional em comparação com os seus rivais, minimizando os riscos, na sua segunda vitória do 2º dia em troços assegurou a 200ª vitória em troços dele e Jonne Halttunen no Mundial de Ralis, naquela que é apenas a sua 50ª prova desde que chegaram à classe máxima com a TGR-WRT em 2020: “A sensação no carro foi muito boa e para ser honesto, não precisámos de nos esforçar muito e não tivemos momentos nem surpresas, por isso foi um rali bastante limpo”.

Segundo lugar para Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota GR Yaris Rally1 Hybrid) que desta feita não tiveram argumentos para mais, face a Rovanpera. Os franceses, em cinco provas, vencem duas vezes, na Croácia e em Portugal e nas restantes provas foram sempre segundos.

Depois de terem falhado a ronda anterior na Polónia, andou bem num tipo de prova que já não fazia há alguns anos. Teve um bom desempenho, claramente percebeu cedo que nunca conseguiria lutar com Rovanpera, travou uma luta interessante pelo segundo lugar com Martins Sesks, que ‘ganhou’ com naturalidade, passou o letão no terceiro troço do segundo dia, teve um ‘momento’ em que quase saiu de estrada, e fez o suficiente para merecer o segundo lugar.

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai i20 N Rally1 Hybrid) fizeram um forcing final no domingo e recuperaram até ao pódio, num terceiro lugar totalmente merecido. Depois do triunfo em Itália, este é apenas o terceiro pódio do ano para o estónio que tem tido imensos azares ao longo do ano, mas nesta prova mostrou que pode chegar bem mais longe sem esses azares. Começou mal o rali, com falta de confiança no carro, mas quando isso melhorou depressa passou de sétimo para o quarto lugar na classificação. Faltou-lhe mais velocidade no primeiro dia, foi-lhe difícil encontrar um bom equilíbrio, mas no sábado subiu para o quarto lugar geral num dia emotivo e ficou com o terceiro lugar na mira. Depois veio o incidente da PEC 14 em que bateu num arco de publicidade que tinha caído na estrada, forçando-os a parar. No entanto, os seus esforços não foram perdidos e a dupla obteve o segundo tempo nominal mais rápido na especial, tendo em conta o que se passava nos tempos intermédios, o que elevou a diferença para o terceiro lugar, para apenas 6,8 segundos. O drama tardio no troço final, uma superespecial trouxe-lhe mais dores de cabeça, perderam terreno para o pódio, mas conseguiram recuperar quando foi a vez dos outros terem problemas. Não tiveram um fim de semana muito bom, tinha potencial para ser muito melhor, mas o pódio é um bom prémio.

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1 Hybrid) terminaram em quarto, num rlai um pouco apagado, e também ofiscado pelo que fez o seu companheiro de equiipa, Matins Sesks. Começaram cautelosos, como não conheciam a prova nada arriscaram nos primeiros troços, o pilot não tinha a confiança que precisava no carro, ainda assim terminaram o primeiro dia em quinto a 38.5s da frente. O seugndo dia não foi muito diferente, caíram para quinto, recuperaram a posição, mas em ralis rápidos o francês precisa de mais tempo. Repetiu o 4º lugar de Portugal o que não foi nada mau…

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1 Hybrid) terminaram na quinta posição, numa prova que ficou desde cedo condicionada pelo seu segundo lugar na estrada. Esta foi das provas mais complicadas a esse nível, e o galês sofreu com isso atrasando-se. No 1º dia limitou até onde pode a sua perda de tempo em relação aos seus principais rivais. A evolução da estrada era bastante clara a cada carro que passava, havia muita terra solta, mais do que na Polónia, e isso tornou mais difícil lutar com quem passava mais atrás. No segundo dia esteve pior do que devia perdeu um pouco de velocidade e não esteve bem, perdeu algum tempo com o incideente que levaria à paragem da PEC 14, foi 4º no super domingo e quinto na PowerStage, pelo que não somou os pontos que gostaria.

Grande rali de Mārtiņš Sesks/Renārs Francis (Ford Puma Rally1 Hybrid) que terminou mal devido a problemas mecânicos na PowerStage. Perdeu o pódio que estava na sua posse no penúltimo troço, mais caiu para o sétimo lugar depois de ceder 1m45s, o que não belisca em nada a prestação brilhante que teve, num jovem que se estreou com um Rally1 híbrido, isto depois de ter dado uma bela demonstração do seu potencial no Rali da Polónia, que confirmou na sua prova caseira, a Letónia.

É verdade que conhece bem os troços, mas não tinha qualquer experiência com o Rally1 híbrido e andar a lutar com campeões do mundo, os que ficaram à sua frente é o seu melhor elogio.

Começou a prova em quarto, subiu ao segundo lugar depois de se estrear a vencer troços logo na segunda especial do primeiro dia de prova e quem julgou que era ‘fogo fátuo’, enganou-se, pois Sesks manteve um ritmo alto durante toda a prova, chegando ao último troço com 30 segundos de avanço para o seu colega de equipa, Adrien Fourmaux, o que mostra bem o que fez Sesks. Foi pena o epílogo, mas isso não abala a fantástica prova que fez.

Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1 Hybrid) foram sétimos, o seu terceiro melhor resultado do ano. O rali não lhes correu especialmente bem, mas chegaram a estar no quarto lugar na geral, e a andar melhor que na Polónia, mas no sábado cometeu um erro numa chicane e com o impacto perderam a direção hidráulica e com isso muito tempo durante o resto da etapa. Só pontuaram melhor do que Lappi e Munster.

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1 Hybrid) foram oitavos, o seu pior resultado do ano, excetuando a Sardenha, o piloto mantém-se líder do campeonato, mas com bem menosp ontos de avanço, pois apesar de ter cedido apenas dois para Elfyn Evans, perdeu 13 para Tanak pelo que ficou apenas com oito pontos de avanço para Tanak, que é agora segundo do campeonato e 13 para Evans, que caiu para terceiro.

Neuville já esperava um primeiro dia difícil como o primeiro piloto do WRC a abrir a estrada, mas segundo revelou o belga a sexta-feira na Letónia superou as expectativas. No segundo dia, subiu para oitavo, não cometeram erros e ‘reservaram’

três pontos, arriscou um pouco mais no domingo, mas foi apenas quinto no super domingo e terceiro na Power Stage.

Esapekka Lappi/Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1) foram nonos e tiveram um rali muito apagado e Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1 Hybrid) ainda pior.

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2 Comentários
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F1 FOR FUN
F1 FOR FUN
2 meses atrás

Se querem ser campeões convençam ao Kalle e o Ogier a teminar o campeonato, mandem o Evans ir passear.

nunogoncalves8472023_gmail_com
nunogoncalves8472023_gmail_com
2 meses atrás

Pena pelo Martin Sesks nao ter subido ao podio . Merecia.

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