Segurança no WRC, novos Rally1 cumprem ‘promessa’: Célula de segurança protege mais
O Carro de Ott Tänak ficou completamente destruído em teste, mas piloto e navegador saíram ilesos.
Os novos Rally1 cumprem promessa, a célula de segurança protege pilotos.
O recente acidente de Ott Tänak nos testes da Estónia, no primeiro troço do Delfi Rally Estonia deixou o Hyundai N Rally1 totalmente destruído e apesar duma rápida passagem pelo hospital da dupla Tanak, Martin Järveoja, nada de mal se passou com ambos.
Tal como já sabemos desde que foram construídos os novos Rally1, que começaram a competir em 2022, estes carros aumentaram significativamente a segurança dos ocupantes, pois a FIA na questão da segurança não facilita, e sabendo do previsível aumento de rapidez dos carros, a segurança ‘acompanhou’.
Desde muito cedo se começou a perceber que estes carros eram seguros, bastou ver as imagens do acidente de Thierry Neuville e Martijn Wydaeghe nos testes, pré- WRC 2022, em França, e depois de novo com o acidente de Adrien Fourmaux/Alexandre Coria, que capotaram o Ford Puma Rally1, no rali de Monte Carlo de 2022. Em qualquer dos casos, os carros sofreram um nível de destruição muito grande, mas o chassis tubular e o ‘space frame’ que protege os concorrentes, bem como todos os restantes dispositivos de segurança, claro, fizeram o seu trabalho e os ferimentos em todos os casos foram mínimos, apesar da espetacularidade e gravidade dos acidentes.
O que mais importava, a proteção aos ocupantes, funcionou na perfeição.
O que verdadeiramente interessa, a célula de segurança dos dois ocupantes sobreviveu bem aos impactos.
Recordamos que estes Rally1 têm desde 2022 uma célula de segurança, em aço, para proteger os ocupantes, que oferece uma melhoria significativa não só na segurança a partir de intrusão frontal, bem como de cima para baixo e de impacto lateral. Portanto, quanto à célula de segurança, tanto num primeiro acidente de Elfyn Evans depois com o do Thierry Neuville, nos testes, depois de Adrien Fourmaux, no Monte Carlo 2022, e agora neste acidente de Ott Tanak, esta fez o seu trabalho e bem.
Como já sabíamos dessa altura, os carros, o Hyundai e Ford ficaram aparentemente muito danificados.
E porquê?
O que vimos foi um nível de destruição que há muito não estávamos habituados. Vê-se muito, mas não no WRC, e sim no TT. Como se sabe, nessa disciplina, há imensos carros com chassis tubulares, e quando batem forte, quase tudo o que está à volta da célula de segurança ‘voa’.
Nos WRC 2017-2021, com os chassis utilizados o que existia era uma carroçaria de um carro de origem, à qual era adicionado um rollbar. Modificava-se o túnel e a parte posterior para acomodar o depósito de combustível, e pouco mais. Quando existia um acidente, e pelo facto de muita coisa ser soldada à carroçaria de origem, o carro ficava ‘amassado’, mas pouco ou nada desaparecia. Muitas vezes só era necessário esticar para reparar, ou martelar para que o carro ficasse ‘direito’.
Agora com os chassis tubulares, foram colocadas chapas na zona dos pés, de piloto e navegador, acima das cabeças, e do corta fogo para reforçar a proteção. Tudo o resto são painéis em fibra aparafusados ao chassis, que podemos apelidar de ‘carenagens’, o que significa que em cada acidente maior, passe a haver mais impacto visual do que outra coisa qualquer.
Os painéis de fibra nos diversos pontos do carro vão continuar a desaparecer muito mais facilmente, ou só partir, e por isso vamos ver carros que aparentemente estão muito destruídos, mas nas assistências, desde que não exista dano estrutural, e que as rodas estejam no sítio, é só substitui-los e continuar a andar.
Até aqui existia a carroçaria do carro de origem, em que tudo era soldado, o que também ajudava a dissipar a energia nos acidentes: a diferença era que ‘amassava’ em vez de desaparecer.
Há um ponto importante: até aqui (2017-2021) quando havia um acidente com uma pancada seca, a preocupação das equipas de assistência era por os ‘charriots’ no sítio, mas agora será um pouco mais fácil haver abandonos.
Muito resumidamente, os acidentes dos Rally1 vão continuar a ‘devolver’ imagens mais impressionantes, mas de nenhum modo os carros serão menos seguros para os ocupantes. Pelo contrário. Será mais impacto visual do que outra coisa qualquer, que não deixa de ser assustador para quem vê as imagens, mas muito melhor para quem vai lá dentro, porque as hipóteses de se aleijarem diminuíram fortemente.
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Nao desfazendo no que esta escrito e no quanto estes carros sao seguros, talvez faca sentido explicar que estes carros sao tubolares e com paineis montados sobre a estrura tubolar, logo em caso de acident os paines saiem todos o que aumenta a destruicao do carro, pelos menos visual.
IMPRESSIONANTE A SEGURANÇA DESTES CARROS RALLY1.