GP da Grã-Bretanha F1, Lando Norris: “Não preciso que Verstappen se desculpe, mas tenho de mudar algumas coisas”
Foi o tema da semana. O incidente entre Max Verstappen e Lando Norris levou a muita discussão entre adeptos e grandes nomes da F1, com alguns a defenderem Lando Norris, outros a defenderem Max Verstappen. O assunto foi abordado na conferência de imprensa e Lando Norris, agora a frio, mudou a sua visão do incidente.
Sem necessidade de um pedido de desculpas
Lando Norris afirmou que Max Verstappen não precisa de pedir desculpa pela sua colisão durante o GP da Áustria, onde ambos os carros ficaram danificados. O incidente obrigou Norris a retirar-se e resultou num quinto lugar para Verstappen após reparações e uma penalização de tempo, permitindo a George Russell vencer a corrida. Inicialmente, Norris chamou a manobra de Verstappen de “imprudente” e “desesperada”, mas depois admitiu que a sua frustração influenciou esses comentários.
Antes do Grande Prémio da Grã-Bretanha, Norris minimizou o incidente, classificando-o de “bastante patético” não sendo necessário um pedido de desculpas por parte de Verstappen, observando que já tinham falado duas vezes e estavam prontos para correr novamente:
“Não estou à espera de um pedido de desculpas da sua parte”, disse Norris. “Não acho que ele deva pedir desculpas. Achei que foi uma boa luta. Por vezes, talvez muito perto do limite, mas, como eu disse, falámos sobre isso e estamos ambos felizes por voltar a correr.”
Mudança de postura por parte de Norris
Para evitar acidentes como este, Norris discutiu possíveis ações que poderia ter tomado de forma diferente em Spielberg:
“É uma situação complicada. O Max não vai querer bater. Ele não vai querer estragar a sua própria corrida e as suas próprias hipóteses. Por isso, acho que sim, há definitivamente coisas que preciso de fazer de forma ligeiramente diferente. Mas, no final de contas, acho que ele não vai mudar muito. Não acho que eu precise de mudar muito. Poderíamos ter evitado o acidente? Definitivamente, porque é algo que eu poderia ter feito. Podia facilmente ter usado mais corretor”.
“Mas sim, há coisas em ambos os lados que tenho a certeza que queríamos fazer melhor de uma forma ligeiramente diferente. Mas, no geral, penso que evitar um incidente devido a um movimento na travagem é a parte mais importante. Poderia muito facilmente haver um incidente que resultasse de tal coisa”.
Mais definição na Regra “Verstappen”
Também a famosa regra Verstappen foi abordada. A alínea no regulamento desportivo que proibe os pilotos de mudarem de trajetória na zona de travagem voltou a ser tema de conversa e Norris defende uma clarificação:
“Penso que tudo aquilo com que temos de ter muito cuidado é algo que pode acontecer. É algo para o futuro e algo de que os comissários de pista e a FIA precisam de estar cientes, é algo que pode facilmente correr mal. Por isso, penso que até certo ponto, estamos a defender, estamos a ser agressivos, e não há problema. Mas há-de haver um ponto em que há um limite. E acho que isso precisa de ser definido de uma forma um pouco melhor”.
Penalizações por limites de pista devem ser repensadas
Lando Norris falou também da penalização que recebeu por exceder os limites de pista. O piloto britânico defende uma mudança na atribuição destas penalizações, que correu o risco de tornar o desporto aborrecido:
“É uma grande parvoíce, para ser honesto”, disse Norris sobre a situação dos limites da pista. “Tentei fazer uma ultrapassagem, travei, saí da pista e tentei evitar o limitador de pista. Depois, imediatamente devolvi a posição ao Max, pelo que provavelmente perdi um segundo e meio ao fazer isso. Não é claramente motivo para penalização. Perdi tempo ao fazer uma coisa destas. Este tipo de coisas leva as pessoas a evitar as lutas. Se não querem que lutemos e não querem que eu tente ultrapassar e ter uma corrida aborrecida, então podem ter estas regras.”
Tenho a certeza de que é algo que já foi abordado, porque há uma diferença entre sair da pista e ganhar vantagem e sair porque cometemos um erro estúpido e não julgámos algo na perfeição. O facto de sermos castigados por isso, especialmente numa situação de corrida, especialmente quando já perdi ainda mais tempo, não faz sentido. Por isso, espero que seja resolvido rapidamente.”
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Ganhou ainda mais o meu respeito. Que lucidez. Percebe-se as coisas ditas a quente mas teve mais lucidez e hombridade um jovem de 24 anos – após analisar as coisas com calma e com ressentimentos que não lhe diziam respeito – que muitos “adultos” por essas publicações online pelo mundo fora. “Algumas das coisas que eu disse no paddock após a corrida foram mais porque eu estava frustrado naquele momento. Muita adrenalina e emoções, e provavelmente eu disse algumas coisas que não necessariamente acreditava. Foi difícil. Foi um incidente bastante patético, em termos de como terminou com as nossas corridas.… Ler mais »
Embora não retire uma vírgula ao que escrevi após o acidente, concordo com a sua opinião sobre a lucidez, e maturidade, do Norris. Os “adultos” que são simples adeptos, podem dizer o que quiserem, porque não têm responsabilidade. O grave é pessoas que se intitulam jornalistas (não me refiro a portugueses) que vão com duas pedras na mão para o Norris, seja porque ele não atacava o Verstappen, seja agora porque apaziguou a situação austríaca.
“O grave é pessoas que se intitulam jornalistas (não me refiro a portugueses) que vão com duas pedras na mão para o Norris”… e para o Max diria eu.
A comunidade da velha Albion não se têm cansado aliás de cruficar o Max. Honra feita ao Jenson Button e ao Peter Windsor (entre outros presumo eu) que remaram em sentido contrário.
Por acaso não me referia a britânicos, porque não os leio nem ouço. Referia-me aos brasileiros do Grande Prémio, que eu costumava ver no YouTube, mas que desisti, tal a cruzada contra o Norris que adoptaram.
Há tantos casos destes e “crucificam” logo as pessoas, insinuando que nem sequer deveriam lá estar…
E existem casos tão mais graves e insinuam que “são corridas”… Vale o que vale, agora que o max só conta com ele, isso é verdade…
Isso acontece a maioria das vezes e fala-se o que se fala… “Tudo igual”…
Parece que, finalmente, os leitores do autosport.pt acordaram para o facto de o Lando, além de ter um talento portentoso, ser um jovem educado, inteligente e extremamente correcto em pista. Como se diz: mais vale tarde do que nunca.