F1: Red Bull esclareceu teste de Ímola
A Red Bull confirmou e explicou hoje o teste que realizou em Ímola entre o passado Grande Prémio e a presente prova em Espanha.
Tendo ficado conhecido através do jornal De Telegraaf, o teste privado aconteceu em Ímola com o monolugar de 2022 e envolveu Max Verstappen. O piloto neerlandês esteve ao volante do RB18, o carro que marcou o início dos atuais regulamentos aerodinâmicos e o ajudou a garantir o seu segundo mundial de pilotos na temporada de 2022.
A equipa explicou que estes testes fazem parte dos esforços contínuos para afinar e recolher dados que podem ser benéficos para o desenvolvimento atual e futuro do atual monolugar. Ao utilizar o RB18, a Red Bull pretendia tirar partido das métricas de desempenho estabelecidas e dos conhecimentos de um carro que foi muito bem-sucedido ao abrigo dos regulamentos atuais.
O ensaio permitiu à equipa realizar avaliações num ambiente controlado, sem os constrangimentos e distrações de um fim de semana de corrida. Foi uma oportunidade para Verstappen se familiarizar de novo com a dinâmica do carro e para os engenheiros recolherem dados valiosos que podem informar o desenvolvimento do atual RB20, que tem colocado mais algumas dificuldades à equipa em circuitos onde é preciso abusar dos corretores.
Paul Monaghan, responsável pelo departamento de engenharia da Red Bull explicou que a equipa tentou “dar ao Max uma referência de um carro anterior”, acrescentando que “quando se tenta avaliar os pontos fortes e fracos de um carro atual, a sua referência é o carro atual. Dizem-nos: ‘Bem, nos anos anteriores tivemos isto, tivemos aquilo’. Será que tivemos mesmo? Porque não corremos com dois [carros diferentes] ao mesmo tempo. Por isso, ao retirarmos o carro, tentámos dar ao Max uma referência para o avaliar e deu-nos a sua opinião e a partir daí, cabe-nos decidir o que fazer”.
O engenheiro da Red Bull salientou que apesar do ‘feedback’ de Verstappen ser importante, o objetivo foi dar ao neerlandês “uma referência diferente. Os pontos fortes e fracos dos carros são a nossa perceção e, obviamente, julgados em relação à nossa oposição, mas ouvimos os seus comentários, do Checo [Sergio Pérez], e dizemos: ‘Muito bem, estamos bem? Estamos errados? Analisamos os dados para ver se é válido dizer que somos melhores ou piores do que os adversários”.
Foto: Philippe Nanchino/ MPSA