24 Horas de Le Mans e os últimos 5 anos dos portugueses: mais altos do que baixos…
Os últimos anos em Le Mans foram de altos e baixos para as cores portuguesas, felizmente com mais ‘altos’. Por exemplo, o ano de 2022 foi especial com António Félix da Costa a dominar por completo a classe LMP2 e Henrique Chaves a vencer nos GTE-Am na sua estreia em La Sarthe, para além da Algarve Pro Racing ter vencido entre os LMP2 Pro-Am. Pelo meio, o azar bateu à porta de Filipe Albuquerque.
Contudo, o piloto de Coimbra tinha, dois anos antes, em 2020, tornado o seu sonho tornado realidade a vencer na sua sétima participação nas 24h de Le Mans, pois subiu lugar mais do pódio entre os LMP2.
No ano passado, 2023, foi a Algarve Pro Racing (APR) a voltar a levar a bandeira de Portugal ao lugar mais alto do pódio, triunfando entre a categoria Pro-Am dos LMP2 com o seu Oreca.
Mas vamos por partes…
Em 2019 Filipe Albuquerque terminou as 24 de Le Mans no quarto posto da categoria LMP2. A falta de andamento do Ligier foi notória sobretudo num traçado tão particular como o de Le Mans: “Infelizmente o nosso carro estava longe dos Oreca em termos de performance. Eles são mais rápidos e não havendo percalços, era difícil chegarmos a eles”.
Já António Félix da Costa, com Augusto Frafus e Jesse Krohn levaram o BMW M8 até ao 11º lugar final da categoria LM GTE PRO. Desde cedo que ficou evidente que a forma como a organização tinha efetuado o BOP (balance of performance) não favorecia em nada a BMW, com a marca alemã a ver os seus carros serem altamente prejudicados face à concorrência, não só em termos de potência como de peso.
A edição de 2019 não correu bem a Pedro Lamy e aos seus companheiros de equipa Paul Dalla Lana e Mathias Lauda. Graves problemas mecânicos no Aston Martin #98 da categoria GTE AM acabaram por ditar o abandono da equipa após as 7 horas de corrida.
Em 2020, triunfo de Filipe Albuquerque, entre os LMP2. Um feito histórico para o piloto de Coimbra que aos 35 anos conseguiu vencer a ‘grande maratona’: “não tenho palavras para descrever esta sensação única. Foram as 24 horas mais longas da minha vida e os últimos minutos de corrida foram de loucos. Os nervos estavam à flor da pele, um sofrimento enorme”, disse, no final.
Já António Félix da Costa, foi segundo em mais um dia histórico para o automobilismo português, com um resultado absolutamente memorável.
2021 foi um ano em que as coisas não correram tão bem. Na sua oitava participação de Filipe Albuquerque e os seus companheiros de equipa, Phil Hanson e Fabio Sherer rodam confortavelmente no terceiro lugar, em condições de discutir a vitória, quando problemas elétricos obrigaram a uma ida às boxes para substituir o alternador, uma tarefa demorada. Apesar de terem continuado em prova, o muito tempo perdido, deitou por terra todas as ambições do trio do Oreca #22.
Já António Félix da Costa esteve brilhante, conquistando a pole position, dominando os momentos iniciais e efetuando turnos de condução de grande nível, mas a sorte não quis nada com as cores lusas e um problema técnico retirou as possibilidades de AFC lutar pela vitória com o Oreca 07 nº38 da equipa JOTA.
Por fim, Álvaro Parente, que não terminou a 89ª edição das 24 Horas de Le Mans, devido a problemas técnicos. A equipa do piloto português conseguira assegurar a pole-position da GTE Pro, batendo as formações de fábrica, mas o piloto do Porto sentia que em prova tudo seria mais difícil e complicado, o que acabou por se confirmar.
Em 2022 foi de novo Dia de Portugal em La Sarthe. António Félix da Costa dominou por completo a classe LMP2 e Henrique Chaves venceu nos GTE-Am na sua estreia, para além da Algarve Pro Racing ter vencido entre os LMP2 Pro-Am. Pelo meio, o azar bateu à porta de Filipe Albuquerque.
No ano passado, 2023, a Algarve Pro Racing (APR) voltou levar a bandeira de Portugal ao lugar mais alto do pódio, triunfando entre a categoria Pro-Am dos LMP2 com o Oreca nº45 pilotado por George Kurtz, James Allen e Colin Braun.
Mas a edição centenária das 24h de Le Mans foi madrasta para os dois pilotos lusos em prova.
António Félix da Costa na classe Hypercar com o Porsche 963 privado da Hertz Team Jota e Filipe Albuquerque no Oreca nº22 da United Autosports viram os seus companheiros de equipa a terem acidentes, já depois de ambos terem terminado os primeiros turnos de condução com boas recuperações. A partir desse momento, ambos estavam afastados dos triunfos ou das lutas pelo pódios nas suas classes. Filipe Albuquerque e os seus companheiros de equipa do carro LMP2 da United Autosports cruzaram a linha de meta na 11ª posição depois da corrida ter ficado comprometida 2h30 minutos depois do arranque.
Já António Félix da Costa subiu na classificação depois de ter arrancado da 60ª posição, o Porsche da Jota chegou a ser o mais competitivo dos 963 em pista e o português chegou a liderar a corrida, com um ritmo diabólico, mas uma saída de pista de Yifei Ye ainda antes da corrida chegar à sua quinta hora acabou com o sonho luso.
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