WEC, 6H Spa: Recomeçar corrida garantiu “justiça desportiva”

A FIA decidiu, para garantir a justiça desportiva, recomeçar a corrida das 6 Horas de Spa-Francorchamps quase à hora que esta devia terminar, após um longo período suspensa devido a acidente. 

A decisão da FIA de prolongar a corrida do Campeonato do Mundo de Resistência (WEC) por uma hora e 44 minutos em Spa-Francorchamps, foi justificada como necessária para garantir a justiça desportiva após um grave acidente que exigiu difíceis reparações nas barreiras de proteção ao longo do circuito. A prova foi recomeçar a 11 minutos do fim programado das 6 Horas de Spa-Francorchamps, algo que a Ferrari não concordou e apresentou protesto.

A decisão de prolongar a corrida não foi isenta de controvérsia, com a Ferrari a expressar o seu desapontamento pelo facto dos seus dois 499P poderem ter conseguido alcançar as primeiras duas posições da classificação, estando em primeiro e segundo lugar no momento da bandeira vermelha. 

A vitória foi para o Porsche 963 da Hertz Team JOTA, que foi um dos poucos Hypercar a fazer uma paragem nas boxes mesmo antes da bandeira vermelha, com o Porsche que terminou em segundo.

A decisão da FIA de prolongar a corrida é justificada pelas regras desportivas e pelo Código Desportivo Internacional, que permitem alterar o programa oficial por razões de segurança e prolongar o tempo da corrida se as circunstâncias o exigirem. 

Conforme a FIA, terminar a corrida à hora inicialmente prevista não teria sido uma solução justa, uma vez que alguns concorrentes teriam beneficiado enquanto outros teriam sido penalizados. O prolongamento da corrida por 1 hora e 44 minutos garantiu a igualdade de condições para todos os participantes, respeitando as estratégias planeadas para uma corrida de seis horas.

“A corrida não foi prolongada em duração, mas retomada por um período de 1h 44 minutos, tempo necessário para efetuar as reparações e garantir que a pista estava segura para a corrida”, declarou a FIA em comunicado. “1h 44m corresponde à duração da corrida que faltava quando a bandeira vermelha foi acionada menos três minutos (tempo desde a bandeira vermelha até à paragem dos carros na grelha). Esta solução garante a justiça desportiva para os concorrentes, que definem as suas estratégias para uma corrida de seis horas. Reduzir a sessão de corrida significaria que alguns concorrentes ganhariam e outros perderiam com isso.”

A Ferrari apresentou um protesto contra a decisão de prolongar a corrida e a classificação provisória, mas esta foi declarada inadmissível.