F1: Otmar Szafnauer rejeita responsabilidades no desenvolvimento do Alpine A524

Por a 9 Maio 2024 16:14

Szafnauer foi claro ao rejeitar as acusações de Bruno Famin sobre o atual Alpine ser o resultado da gestão anterior.

Em abril passado, em entrevista ao Formula1.com, o chefe de equipa da Alpine, Bruno Famin, deixou claro que A524 “é o resultado da gestão anterior”, referindo-se a Otmar Szafnauer.

O responsável sublinhou ainda que a estrutura francesa — naquela altura ainda sem qualquer ponto somado — tinha de “aproveitar” os momentos difíceis para se tornarem “mais fortes muito em breve e, com certeza, fazer as mudanças necessárias na equipa para atingirmos os nossos objetivos”.

Estas declarações foram agora contrariadas pelo próprio Szafnauer. O engenheiro que deixou o cargo de chefe de equipa da Alpine em 2023, depois do Grande Prémio da Bélgica, vincou que ele e Alan Permane deixaram a equipa em julho desse ano e que o trabalho no carro para o ano seguinte começou depois da sua saída. De acordo com Szafnauer, atribuir todos os problemas à anterior direção não foi correto.

“O Alan [Permane] e eu saímos em julho e, após a nossa partida, começaram a trabalhar no carro do ano seguinte. Para quem não está informado, pode dizer-se que estes problemas foram causados por ‘aqueles’ tipos. Não me parece”, disse Szafnauer ao Formula Passion. 

Além disso, Szafnauer critica a capacidade da Renault para compreender plenamente o desafio de vencer na Fórmula 1, sugerindo que os grandes construtores de automóveis deixem a questão para os especialistas e não se envolvam demasiado. Szafnauer sublinha as diferenças entre o desenvolvimento de um carro de corrida e de um carro de produção, destacando o nível de engenharia e de educação dos engenheiros que trabalham no desporto automóvel e a sua motivação para vencer, que, segundo ele, não está presente nas empresas automóveis tradicionais.

“Penso que o melhor para a Renault, mas também para outros grandes construtores automóveis que têm as corridas no seu ADN, é não se envolverem. Ao contrário de uma empresa automóvel, há que deixar isso para os especialistas. As únicas semelhanças entre um carro de F1 e um carro  [de estrada] são as quatro rodas e um volante, mas o resto é diferente. Chamam-lhes ‘carros’, mas o desenvolvimento tecnológico é diferente, tal como o nível de engenharia e a formação dos engenheiros. São muito inteligentes, têm formação superior em Fórmula 1 e, acima de tudo, adoram o desporto, razão pela qual estão motivados para ganhar. Isto não acontece nas empresas automóveis”, explicou o antigo chefe de equipa da Alpine.

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