Historic Endurance: Equilíbrio foi nota dominante na qualificação
Harry Barton e Oliver Reuben fizeram o melhor tempo na sessão de qualificação e colocaram o TVR na pole position para as “3 Horas de Spa” do Historic Endurance.
Equilíbrio foi nota dominante na sessão de qualificação em todas as classes no arranque da temporada de 2024 do Iberian Historic Endurance, que tem como palco o Circuito de Spa-Francorchamps. Para as “3 Horas de Spa”, Harry Barton e Oliver Reuben, em TVR Griffith 200, conquistaram a pole position de uma sessão que deixou antever uma corrida disputada.
Como é sensato dizer-se, uma corrida de três horas de duração não se decide na qualificação. No entanto, momentos antes do início do treino cronometrado e da panóplia variada de carros de Turismo e GT até 1976 se aventurarem no exigente traçado de 7,004 quilómetros, nenhum piloto escondia o seu desejo mais profundo de arrancar o mais à frente possível. Primeiro, porque esta é a natureza de qualquer piloto, segundo, porque uma melhor posição de saída é muitas vezes sinónimo de correr menos riscos.
O “sprint” para a melhor volta acabou por ser ganho, com alguma surpresa, pelo TVR Griffith 200 (H-1965), dos britânicos Harry Barton, jovem piloto que milita nas provas de clássicos, mas está a “dar o salto” para os GT4, tendo corrido neste ano na GT4 Winter Series, e Oliver Reuben, um veterano destas andanças e vencedor desta mesma corrida em 2016. O duo do carro britânico conseguiu aproveitar uma volta limpa para marcar o tempo de 2:48.337, deixando o segundo carro mais veloz, e que curiosamente tem a maior velocidade de ponta, o Porsche 911 3.0 RS (H-1976) de Lars Rolner e Andreas Rolner, a mais de um segundo.
A tarde de sábado foi positiva para a família dinamarquesa, pois Annette Rolner, que faz equipa com o campeão belga de Turismos, Pierre-Alain Thibaut, viu o seu Porsche 911 3.0 RS (H-1976) colocar-se na terceira posição da grelha de partida. Ao seu lado, estará o Lotus Elan, vencedor da edição de 2023 e novamente favorito ao triunfo este ano, muito bem tripulado por John Tordoff e Andrew Jordan.
A fila seguinte será partilhada pelo Shelby Cobra (H-1965) de Vincent e Alexander Kolb e pelo Lotus Elan (H-1965) de Andy Wolfe e Ben Barker, este último piloto de fábrica da Ford no mundial de resistência (WEC). O Shelby Cobra Daytona (H-1965), que no ano passado deu nas vistas em algumas provas do Historic Endurance, pelas mãos de Olivier Muytjens e Brice Pineau, qualificou-se num meritório sétimo lugar à imagem do que tinha feito nesta pista no ano passado. O Jaguar E-Type de Rhea Sautter e Andy Newall, outro habitué das provas organizadas pela Race Ready, figurará igualmente na quarta linha.
A luta pelo melhor “crono” dos H-1971 foi igualmente animada, deixando antever uma corrida emocionante, com o TVR Tuscan dos britânicos Connor Kay e Ben Caisley a levar a melhor, por meras duas décimas de segundo, sobre o Alfa Romeo GTAm dos alemães Christian Oldendorff e Finn Gehrsitz, este último uma jovem promessa do automobilismo germânico, que trocou o seu habitual Ferrari 296 GT3 pelo “clássico” construído pela casa de Arese.
Contudo, quando as luzes se apagarem e for dado início à corrida, nem todos dos mais de 130 pilotos ambicionam a conquista do cetro das “3 Horas de Spa”. No espírito “Relax Historic Racing”, incutido no Historic Endurance desde a sua fundação, nesta corrida de três horas de duração, a mais longa da temporada, estará igualmente em jogo um modelo exclusivo do relojoeiro suíço Cuervos y Sobrinos. Esta peça de coleção será oferecida ao vencedor do Index de Performance, a classificação que dá preponderância aos carros mais antigos e de menor cilindrada.
Numa grelha de partida com mais de seis dezenas de carros, seis exemplares da marca Porsche viajaram de Portugal para enfrentar as dificuldades da corrida de “endurance” das Ardenas belgas. Na qualificação de 45 minutos, o melhor registo do contingente lusitano foi obtido por Mário Meireles e Vasco Nina, no 911 2.8 RS da Amaracing, o que os colocou na sétima posição da classe H-1976, uma posição à frente dos compatriotas Bruno Duarte e Filipe Jesus, estes equipados com o seu 911 3.0 RS. Sem incorrer em riscos desnecessários, Carlos Brízido, A. Albuquerque e o ex-campeão nacional de velocidade João Pina Cardoso 911 3.0 RS marcaram o décimo tempo.
Entre os participantes da categoria H-1971, a dupla pai e filho, Manuel e Diogo Ferrão, no 911 ST “Bomba Verde”, foi a quinta mais rápida, ao superar por três milésimas (!) de segundo o trio do 911 ST composto por Piero Dal Maso, Guilhermo Del Maso e José Carvalhosa.
Nota ainda para o 911 SWB, que Nuno Nunes dividirá com Piero Dal Maso e José Carvalhosa, que devido à inexistência nesta corrida da classe GDS, corre na Classe 2 da categoria H-1965, para viaturas acima de 1600cc e até 3000cc, tendo obtido o quinto melhor tempo entre os catorze participantes.
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