GP Japão F1: Qual a melhor estratégia em Suzuka?
As equipas tentam definir a melhor estratégia para o que promete ser uma corrida imprevisível em Suzuka, em resultado da falta de tempo em pista nas duas sessões de treinos de sexta-feira. E com margens tão curtas entre o pelotão, com ritmos de corrida muito próximos nos dois grandes ‘blocos’ – Red Bull, Ferrari, McLaren, Mercedes e Aston Martin de um lado; Williams, Sauber e Haas do outro – conceber o melhor plano para a corrida poderá ser crucial para maximizar a hipótese de somar mais pontos.
Analisando a corrida do ano passado, Max Verstappen saiu vitorioso com uma estratégia de duas paragens (dois turnos de pneus médios, com que arrancou, e um último esforço com o composto duro, parando nas voltas 16 e 37), enquanto Lando Norris e Oscar Piastri, da McLaren, garantiram o segundo e terceiro lugares, respetivamente, com uma abordagem diferente. O britânico e o australiano começaram com o mesmo composto médio, mas pararam duas vezes para montarem pneus duros até ao final da corrida.
Este ano, 13 dos vinte pilotos têm dois jogos de pneus duros (12 dos quais são ambos os conjuntos de pneus novos), indicando uma preferência por uma estratégia de duas paragens. Por isso, a abordagem semelhante à da McLaren no ano passado, com paragens entre as voltas 11-16 e 31-37 para trocar os médios por compostos duros até ao final da corrida, poderá ser popular entre os pilotos da frente.
Mas outra opção é o composto macio, que oferece uma vantagem significativa de velocidade no início. Um plano para começar com macios e fazer duas paragens para duros, até ao fim da prova, pode ser possível, com um stint de abertura de 9-14 voltas seguido de dois stints iguais de pneus duros.
Outras escolhas, como apenas uma paragem para trocar os pneus médios por duros pode acontecer, mas, segundo a Pirelli, mais difícil de retirar qualquer dividendo. Por outro lado, um plano que envolva começar com pneus macios, trocando-os por duros para terminar a prova com os médios, oferece algumas possibilidades de êxito, uma vez que o jogo do composto médio terá vantagem sobre os pilotos com pneus duros montados nos seus carros no último ‘stint’.
A forte possibilidade de Safety Car ou Virtual Safety Car, e as dúvidas acerca das condições meteorológicas terão de ter sido tidas em conta, com as equipas a terem de permanecer flexíveis e adaptar as suas estratégias para capitalizar quaisquer oportunidades que surjam durante a corrida. Como último dado, para o leitor seguir também seguir o momento sempre importante das paragens com mais informação: em condições de Safety Car ou VSC os pilotos perdem cerca de menos 12,5 segundos parados para troca de pneus. Como é provável que essas situações surjam durante as 53 voltas do GP, as equipas podem sentir-se tentadas a ‘esticar’ os stints para perder menos terreno em pista ou até ganhar posições.