Equipas do WRC unidas para manter os regulamentos dos Rally1
O argumento do filme já se andava a desenhar há algum tempo, era notório o desagrado das equipas do WRC perante as recentes decisões da FIA e agora Toyota, Hyundai e M-Sport Ford solicitaram a uma só voz, à FIA que mantenha os atuais regulamentos dos Rally1 até ao final da época de 2026 do WRC. quem o revelou foi o Dirtfish.
Como se sabe, o Grupo de Trabalho do WRC, sugeriu a FIA chancelou que os Rally1 deveriam correr sem sistemas híbridos, menos aerodinâmica e potência, enquanto os Rally2 poderia receber um kit que os aproximaria em termos competitivos dos Rally1.
A ideia da FIA é que passasse a haver mais carros no topo da hierarquia do WRC e que a competição beneficiasse disso. Claramente um ‘cuidado paliativo’ e não uma cura para o WRC.
Mas as três equipas não gostaram dos prazos apertados e as regras técnicas definitivas para 2025 serão discutidas na reunião da próxima terça-feira da Comissão do WRC, onde todos os ‘players’ têm de chegar a um posição conjunta que depois possam apresentar na reunião de junho do Conselho Mundial do Desporto Automóvel.
A primeira ‘bola a sair do saco’ desta ‘unidade’ é precisamente isso: nunca até aqui, em temas verdadeiramente importantes, as equipas estiveram unidas, pois cada uma só se preocupava com o interesse próprio. É assim há muito, mesmo quando, desde 2019, só existem três equipas oficiais. Duas e meia como muitos gostam de dizer.
Claramente esta é uma posição de força a que o Grupo de Trabalho do WRC não vai poder fugir, porque como dizem os ingleses “no fim do dia”, precisam das poucas equipas que ainda têm. Se alguma delas fizesse finca pé e saísse – basta recordar as recentes palavras de Cyril Abiteboul – CLIQUE AQUI
então é que o WRC ‘morria’ de vez. Provavelmente, o que irá acontecer é que as equipas – que têm de ‘dar’ alguma coisa para levar a ‘sua’ avante – é comprometerem-se a ter mais carros a correr, provavelmente quatro, e eventualmente manter-se a questão do que já existe atualmente, ou seja, para lá dos oficiais, que continuariam com o atual sistema híbrido até ao final de 2026, poderá haver mais carros para privados sem esse sistema. Para quem assiste, pela TV ou ao vivo, o que se vê são os tempos finais e ter ou não ter sistema híbrido, não faz uma diferença enorme para quem está na estrada, por exemplo, porque o sistema – os 516 cv – não estão sempre disponíveis, mas sim em partes dos troços, quando o sistema regenera e pode ser utilizado de novo depois de ter sido ‘gasto’.
Muitas vezes os pilotos chegam ao fim dos troços e dizem que ficaram sem sistema híbrido, e ninguém, senão eles e o navegador e a equipa, perceberam.
Portanto, tal como já tínhamos deixado no ar, o mais provável é que as regras não avance e fique tudo – mais ou menos – na mesma até 2026. Se a FIA entender levar a sua avante e insistir, então, meu caros, temos um grande problema no WRC, que ninguém saberá como vai terminar.
Por isso, talvez seja melhor muita cabeça fria na reunião de terça-feira…
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Infelizmente aquilo que fica claro é que a FIA não faz ideia do que fazer para melhorar o estado do WRC e anunciar medidas sem sequer falar com os 3 fabricantes inscritos não é bom sinal da sua postura.
Assim sendo a FIA que coloque o tal sistema Raly2+ e veremos os espectadores a começar a acompanhar estes, com muito mais interesse. Os Raly1 são espetaculares mas perder dias, ou noites para ver quatro carros. Isso não