O WRC ‘aguenta’ esperar até 2027?
A FIA, o Promotor do WRC e o Grupo de Trabalho do WRC avançaram com alteração das regras drásticas para 2025, a principal a remoção do sistema híbrido de 100 kW, reduzindo-se ainda o diâmetro do restritor de admissão do turbocompressor de 36 mm para 33 mm, limitando a potência e o binário e ainda a adição de uma asa traseira menor, pois com menos potência os carros não precisam de tanta asa.
Por outro lado, nos Rally2, a proposta passa pelo aumento do restritor, de 32 mm para 36 mm, aumentando a potência e o torque, a colocação de uma asa traseira maior e a adição de ‘paddle shift’ – patilhas – para controlo da caixa de velocidades, de modo a melhorar a rapidez e a precisão das trocas de caixa, mas tudo isto ainda carece de discussão com a FIA, pois os regulamentos finais, só em junho serão conhecidos.
Só que são vários os ‘players’ do WRC a começar nos chefes de equipa continuando pelos pilotos, todos se têm vindo a manifestar contra estas propostas, por vários motivos, especialmente a falta de tempo para alterar os carros até ao Rali de Monte Carlo de 2025.
Richard Millener, Chefe de Equipa da M-Sport diz que “é uma ideia muito má” e explica porquê: “estes carros são incríveis. Livrarmo-nos destes carros é uma péssima ideia! São os melhores que já tivemos no WRC”, afirmou Millener.
Já outros chefes de equipa e pilotos se mostraram contra, por variadíssimas razões e neste momento já começamos a pensar que, se calhar, os carros não vão mudar em 2025. Os novos Rally1 com custo limitado, está previsto para 2026 e usados a partir de 2027, mas há muita gente importante contra mudanças em 2025: a começar logo em Kalle Rovanpera. A ideia é manter a estabilidade até lá e focar nas regras para 2027 para atrair novas equipas. Só há aqui um pormenor importante: o WRC ‘aguenta’ esperar até 2027?