GP Austrália F1: Granulação dos pneus duros não foi problemática, salienta Pirelli
O Grande Prémio da Austrália terminou com uma dobradinha para a Ferrari, com Carlos Sainz a conquistar a sua primeira vitória desde Singapura, em setembro do ano passado. Foi a terceira vitória do espanhol e o seu vigésimo pódio. O seu companheiro de equipa, Charles Leclerc, conquistou também o ponto atribuído à volta mais rápida da corrida e ascendeu à segunda posição do campeonato. Max Verstappen mantém-se na primeira posição, apesar de ter sido obrigado a abandonar a corrida. O abandono marcou o ponto final de 44 Grandes Prémios seguidos sempre a pontuar (a última vez que havia falhado os pontos foi também em Melbourne, na época de 2022).
Os três compostos escolhidos pela Pirelli para este Grande Prémio foram utilizados na grelha de partida: 14 pilotos optaram pelo composto médio, três – Lewis Hamilton, Daniel Ricciardo e Zhou Guanyu – pelo macio e dois – Fernando Alonso e Nico Hülkenberg – arrancaram com pneus duros. Como previsto, a estratégia mais utilizada foi a de duas paragens – trocando de médio para duro e um último ‘stint’ de duro – enquanto Esteban Ocon foi o único piloto a fazer três paragens, mas isso forçado pela necessidade de realizar um prematuro primeiro pit stop para resolver um problema com uma viseira a tapar a entrada de ar do travão, que apresentou sinais de sobreaquecimento.
Depois de fazer uma breve aparição no treino livre 3, o C3 foi a escolha mais popular da corrida no Albert Park, utilizado em quase 80% da distância da corrida pelos 19 pilotos que usaram este composto. A granulação continuou a ser um fator importante e, como esperado, este fenómeno não diminuiu apesar de estar muito mais quente do que nos dias anteriores e com o aumento da borracha na pista. Também foi evidente uma significativa granulação no composto duro, que não foi usado nos primeiros dois dias.
“Em primeiro lugar, parabéns a Carlos Sainz e a todos na Ferrari por esta dobradinha. Mais uma vez ficou demonstrado que num desporto tão competitivo, onde a tecnologia é levada ao limite, nunca se pode dar nada como garantido. Não tenho nada contra Max e a Red Bull, mas um novo nome na lista de vencedores, depois de dois anos de domínio quase total, é bom para a Fórmula 1 como um todo, assim como o facto do primeiro e o quarto classificado do campeonato estarem separados apenas por 11 pontos”, disse Mario Isola, responsável da Pirelli. “Quanto à corrida, ficou demonstrado que a nossa decisão de trazer um trio de compostos mais macios em comparação com o ano passado foi acertada. A corrida de hoje foi mais mexida em comparação com os últimos anos, com a gestão dos pneus a fazer toda a diferença. Por exemplo, uma das chaves para o sucesso de Sainz foi a capacidade de prolongar o primeiro ‘stint’ com pneus médios, o que lhe deu vantagem sobre os seus perseguidores mais próximos, já que os dois conjuntos de duros que usou no segundo e terceiro ‘stints’ estavam com menos voltas realizadas”.
O responsável da Pirelli sublinhou que, apesar de se ter sentido o efeito da granulação nos pneus, este não foi um problemático para o desempenhos dos pneus. “Carlos conseguiu pilotar boa parte do seu primeiro ‘stint’ com ar limpo, enquanto o seu companheiro de equipa, por exemplo, esteve entre os dois McLaren. Mesmo assim, Leclerc conseguiu ultrapassar Norris justamente porque parou primeiro e conseguiu explorar melhor o desempenho dos pneus duros novos nas primeiras voltas do seu segundo ‘stint’. Em geral, a granulação foi o fio condutor do fim de semana, mas não foi problemática em termos de desempenho dos pneus e, no final, aqueles que fizeram o melhor trabalho na sua gestão levaram a melhor”, disse.
A Fórmula 1 estará de volta à ação dentro de quinze dias, com o Grande Prémio do Japão, de 5 a 7 de abril, em Suzuka. Na pista da Honda, o trio de compostos será o mesmo do Barém: C1 (Duro), C2 (Médio) e C3 (Macio).
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