F1: Futuro incerto de Max Verstappen com impacto no mercado de pilotos
O ano de 2024 começou com poucos dos vinte pilotos com a certeza do seu futuro a longo prazo na Fórmula 1. Max Verstappen e Lewis Hamilton eram dois desses pilotos. Se o cenário em relação ao britânico mudou rapidamente, anunciada a sua saída da Mercedes para passar a ocupar um lugar na Ferrari utilizando uma cláusula no contrato para deixar Brackley, esse foi o espoletar de um mercado intenso, recheado de rumores e especulação, com equipas e piloto a trabalharem muito nos bastidores para poderem entrar no próximo ciclo regulamentar (a partir de 2026) com as melhores possibilidades de sucesso.
Verstappen está ligado à Red Bull até ao final de 2028, mas como vimos no caso de Hamilton, tudo pode mudar drasticamente, surgindo, quase diariamente, novos dados e informações, alguns contraditórios.
Embora oficialmente nenhuma mudança tenha sido anunciada em Milton Keynes, uma potencial revolução está iminente, colocando-se em hipótese a saída da estrela da equipa e de Helmut Marko, cobiçados, ao que parece, por Toto Wolff.
No meio da luta interna pelo poder na Red Bull, há a especulação crescente sobre a potencial saída de Marko, que alimentou a teoria de uma cláusula no contrato de Verstappen, permitindo ao piloto neerlandês sair se o consultor austríaco também deixar a equipa. Este dado tem sido dado como certo por alguma da imprensa internacional, surgindo agora a hipótese dessa cláusula não fazer parte do contrato original que o piloto e Red Bull assinaram em 2022, como deu conta o Motorsport-Total.com.
A existência da cláusula parece ter sido conhecida apenas nas últimas semanas e a Red Bull não comentou mais esse dado.
Verstappen tem uma cláusula no seu contrato com a Red Bull que lhe permite ser dispensado caso Helmut Marko deixe a equipa. Christian Horner sublinhou que não faz parte da sua visão manter o pessoal que deseja deixar a equipa.
Quando existiu a possibilidade, anunciada e logo descartada pelo próprio Helmut Marko, da suspensão do consultor austríaco, Max Verstappen mostrou a sua solidariedade, afirmando que a sua lealdade para com ele “é muito grande”, ao mesmo tempo que insistiu que “é muito importante que ele se mantenha na equipa”.
Verstappen foi ainda mais direto, afirmando que para a sua situação dentro da equipa “Helmut tem de ficar”.
Enquanto isso, Christian Horner, chefe de equipa da Red Bull, expressou confiança de que Max Verstappen cumprirá o seu contrato até 2028, apesar dos rumores sobre a saída para a Mercedes, para ocupar o lugar deixado vago com a saída de Hamilton. “Estou certo de que vai [cumprir o restante do seu contrato]”, disse Horner. “Ele tem uma grande equipa à sua volta, tem muita fé nessa equipa”.
No entanto, parece existir mesmo a possibilidade do tricampeão mundial de Fórmula 1 deixar a Red Bull. Há quem sugira dois cenários na Red Bull. Verstappen e Marko permanecerem, podendo haver uma reorganização interna e a possível saída de Christian, deixando de ser chefe de equipa e diretor executivo. Por outro lado, a possibilidade de Verstappen sair, passando Horner a ter de procurar um digno sucessor. Esse seria um grande problema.
Lando Norris, muito apreciado por Horner, Marko e até Verstappen, tem um contrato assinado e válido com a McLaren. Terá também ele um contrato com uma cláusula que lhe permita sair?
Carlos Sainz poderá ser opção, estando à procura de um lugar, sendo uma forte possibilidade para a Audi. Há ainda Fernando Alonso, que também está no lote de pilotos sem contrato válido depois do final da atual temporada.
Outros candidatos a uma potencial vaga na Red Bull é Daniel Ricciardo – que perdeu terreno com um início de temporada complicado e sem resultados – ou Alexander Albon. Yuki Tsunoda e Liam Lawson, pela sua ligação à estrutura, poderão ser considerados também, mas como Ricciardo, parecem opções com menos probabilidades de o conseguirem.
Tudo é hipotético, mas sem dúvida que foi a saída de Lewis Hamilton, seguida de toda a confusão interna na Red Bull que deu início a esta situação.