GP Arábia Saudita F1: ficou clara a ordem das equipas…

Por a 10 Março 2024 11:42

Pensava-se que sendo o circuito de Jidá na Arábia Saudita uma pista muito menos penalizadora para os pneus do que o Bahrein que os adversários da Red Bull poderia bater-se com a equipa de Milton Keynes mas o que se viu na corrida foi uma Ferrari que ficou sensivelmente mais perto, mas ainda assim longe da Red Bull.

Se numa pista como a de Jidá, que pura e simplesmente tem um asfalto tão bom que não gasta pneus e a Ferrari, que é claramente a equipa que está mais perto da Red Bull não consegue chegar-se mais à frente, ficando Charles Leclerc atrás dos dois Red Bull então imagine-se noutras em que o desgaste dos pneus é muito maior…

É verdade que o défice da Ferrari em relação à Red Bull foi reduzido para metade na Arábia Saudita, mas não foi a Ferrari que fez algo ao seu carro que o determinou, mas sim, apenas e só as características da pista. Teve claramente a ver com a relativa ausência de degradação dos pneus imposta por esta pista e com a pesada limitação dos pneus traseiros no Bahrein.

Isso porque uma das principais vantagens da Red Bull sobre a concorrência, assim como em 2022 e ’23, é o uso mais gentil dos pneus, e isso teve menos peso aqui. “O desgaste dos pneus não foi nenhum aqui”, disse Leclerc no final. “O problema foi fazer com que eles aquecessem. Parecia que [a Red Bull] conseguia aquecê-los mais depressa do que nós e foi aí que eles estabeleceram a sua diferença. Depois disso, a diferença manteve-se bastante constante.”

E esta questão da menor degradação de pneus fez variar muito o quadro competitivo.

Olhando para a maior proximidade de Red Bull-Ferrari, também se avalia os desempenhos relativos da McLaren, Aston Martin e Mercedes nas duas pistas e concluiu-se que a Aston Martin melhorou bastante, a Mercedes caiu para o quinto lugar atrás da Red Bull, Ferrari, McLaren e Aston Martin. A equipa de Silverstone foi ligeiramente mais lenta do que a McLaren (lembram-se de Fernando Alonso dizer que não conseguia acompanhar Oscar Piastri?) mas o espanhol ficou mais perto da Ferrari, reduziu para metade as margens no Bahrein ficou a 34s da Ferrari, e em Jidá a diferença foi de apenas 17s.

“Penso que os novos pneus, por vezes, mascaram o desempenho dos carros”, disse Alonso, “e o pico de aderência dos pneus está apenas a dar-nos um extra. A preparação dos pneus, a volta de saída, todas estas coisas são por vezes mais importantes do que o desempenho do carro [numa volta]. Já na corrida, não há nada a esconder. Na corrida, voltamos lentamente à nossa posição natural”.

A Mercedes foi a mais lenta das cinco na qualificação e na corrida, isto depois de ter suplantado o Aston Martin confortavelmente no Bahrein. No Bahrein, George Russell ficou 7s atrás de Leclerc em Jidá a diferença foi 21s.

Já a McLaren é mais difícil de analisar porque Piastri foi quarto, 14s atrás de Leclerc, mas perdeu muito tempo atrás do Mercedes de Lewis Hamilton que não foi Às boxes e manteve-se em pista, atrasando o piloto da McLaren. Ainda assim, Piastri foi mais rápido que a Aston Martin, mas mais lento que a Ferrari.

Com duas corridas ficamos a saber claramente a ordem. Red Bull, Ferrari, depois três equilibradas, com, talvez a Mclaren um pouco à frente, e dependendo das pistas, Aston Martin e Mercedes ou o contrário.

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