F1: O ‘verdadeiro’ Red Bull RB20 foi revelado
A primeira sessão dos testes de pré-temporada da Fórmula 1 terminou com a espera por vermos os novos carros em pista e também para revelar alguns pormenores que até estavam escondidos do público durante as apresentações. Um dos mais analisados foi o RB20 da Red Bull, até pelo design dos flancos que lembram a solução, sem sucesso aparente, da Mercedes.
O RB20 assinala uma mudança de paradigma na aerodinâmica para a época de 2024. A diferença mais marcante em relação ao seu antecessor está no design dos flancos.
A alteração mais notória é a transformação das entradas de ar horizontais, que agora apresentam uma abertura distintiva em forma de “boca de tubarão”. Num desvio do design tradicional, o lábio inferior que desliza para a frente evoluiu para um lábio superior, apresentando uma solução aerodinâmica pouco convencional.
O canal lateral vertical por baixo da entrada de ar no flanco, uma caraterística fina e única, é um desvio da anterior filosofia de design da equipa. Este elemento, em conjunto com uma entrada principal, mostra o compromisso da Red Bull em ultrapassar os limites da eficiência aerodinâmica. A geometria da parte superior da carroçaria do RB20 inclui uma subtil rampa que se integra perfeitamente na região traseira, melhorando o fluxo aerodinâmico global e com saídas de ar mais refinadas.
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— Albert Fabrega (@AlbertFabrega) February 21, 2024
A Red Bull também introduziu uma pequena entrada de ar logo abaixo do topo do halo, perto do apoio de cabeça do condutor, sugerindo uma abordagem abrangente para otimizar o fluxo de ar e o arrefecimento interno.
Estas alterações realçam a capacidade de adaptação da equipa às tendências de design em evolução na Fórmula 1, principalmente do departamento técnico liderado por Adrian Newey.
Além disso, um olhar mais atento às bordas do fundo do RB20 revela um desenho mais refinado, com numerosas aletas elevadas a meio da direção longitudinal, possivelmente para tentar ‘fechar’ essa zona importante do carro, tendo como objetivo maximizar a eficiência do efeito solo. Se estas mudanças radicais se traduzirão numa vantagem competitiva permanece incerto, até pela própria equipa, como salientou Helmut Marko.