Stephane Peterhansel: “um dia, o Loeb e o Ekstrom vão ganhar o Dakar”
Com 14 vitórias, divididas entre motos e autos, no Dakar, Stéphane Peterhansel tenta este ano a 15ª, no ano de despedida da Audi do Dakar. Experiente como nenhum outro na caravana, entre os pilotos de alto nível, o francês sabe que a diferença entre o sucesso e o insucesso é muito ténue, numa prova que nunca se há-de cansar de colocar armadilhas e causar surpresas.
A Audi testou ainda mais para esta prova, na tentativa de sair em grande, antes da marca rumar à Fórmula 1, e Peterhansel assegura que tudo está bem com o seu navegador, Edouard Boulanger, que sofreu um acidente grave e teve que ser operado às costas
Peterhansel falou também da etapa maratona em que o cronómetro conta em 48 horas seguidas, mas o francês não se mostra muito fascinado com a novidade: “não sei como vai ser, não sei se é uma boa ideia, mas sei que precisamos de uma estratégia diferente”.
Quanto aos adversários, destaca a consistência cada vez maior de Yazeed Al-Rajhi na Toyota para além do carro rápido, assegura que Sebastien Loeb e Nasser al Attiyah vão lutar pela vitória, mas diz que o Hunter não é tão fiável como o Toyota e quanto aos seus colegas de equipa na Audi, Carlos Sainz e Mattias Ekstrom “também são capazes de vencer.”
Falou ainda da complexidade do que é vencer uma prova como o Dakar “porque não demora dois ou três dias, como no WRC” destacando que é preciso rapidez, inteligência, e nós acrescentamos, alguma sorte: “O Sebastien (Loeb) competiu comigo na Peugeot, mas na altura não estava pronto para ganhar. Faltava-lhe experiência. Depois mudou de equipa e eles é que não estavam preparados porque o carro não era suficientemente forte. Em condições normais o Sebastien Loeb vai ganhar o Dakar um dia. E o Mattias Ekstrom também”, disse ao RN365.