O melhor e o pior da Fórmula 1 em 2023

Por a 30 Dezembro 2023 12:35

Agora que o ano está a terminar a Fórmula 1 teve um conjunto de situações que merecem ser destacadas. Claro que todo e qualquer exercício deste tipo tem que começar com Max Verstappen, com os seus recordes e o terceiro título mundial em três anos. Muito interessante foi o crescimento da McLaren, que se transfigurou. Sabemos que este tipo de evolução tende a ser mais lento quando nos aproximamos do topo, mas se esse ‘pulo’ for semelhante em 2024, a Red Bull que se cuide.

Carlos Sainz e a Ferrari têm que ser referidos, pois ao fim ao cabo foram a única equipa que conseguiu vencer uma corrida em 2023…que não a Red Bull. Também Fernando Alonso e a Aston Martin deixaram água na boca com o seu começo de campeonato, mas esse ‘balão’ foi perdendo ar ao longo da época com a parte final a ser bem melhor para a equipa, especialmente depois de Lance Stroll se recompor.

Daniel Ricciardo teve uma época como dizem os ingleses ‘mind blowing’. Muitos altos e baixos com, também, muito azar pelo meio já que depois de ter sido chamado para substituir outro piloto, lesionou-se e esteve muito tempo de fora. Por fim, entre os aspetos positivos não há como não referir Las Vegas.

Do copo meio cheio, já referimos, falta o meio vazio…

Depois de um ano de 2022 mau, esperava-se muito mais da Mercedes, mas ao insistirem no erro, tiveram um 2023 ainda pior. Outro ponto negativo do ano foi Sergio Pérez, que tem o lugar mais difícil do mundo: ser colega de equipa de Max Verstappen.

Por outro lado, na Alpine, tudo vai de mal a pior, as mudanças continuam a fazer-se e os resultados continuam maus para as legítimas aspirações de um grupo como o Renault. É a Alpine que está a correr, mas como parte de um grupo com muita história na F1. Mas isso não se nota nada, por agora…

Os altos e baixos do ano

É uma das imagens mais marcantes do ano, a do atual tricampeão mundial Max Verstappen com as duas mãos no ar, assinalando o número 10, depois de ter batido o recorde do maior número de vitórias consecutivas com a vitória em Monza. Este foi o sinal do tipo de época que Verstappen e a Red Bull estavam a ter, uma época de domínio absoluto, e há todas as hipóteses deste recorde poder ser batido novamente se ele começar 2024 onde parou. Pelos recordes e pelo terceiro título este é sem dúvida um ano histórico. Todos os recordes foram reescritos, e Max Verstappen é oficialmente uma lenda da F1, para já ao lado doutros tricampeões mundiais, como Ayrton Senna, Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda e Nelson Piquet. E está preparado para mais…

A McLaren teve um impressionante aumento de desempenho. O upgrade de Áustria levou Lando Norris e Oscar Piastri a outro patamar, e a partir de Silverstone quando os dois carros passaram a ter ambos os upgrades, foram na maioria das vezes os adversários mais próximos da Red Bull.

A única corrida que a Red Bull não venceu este ano foi a das ruas de Singapura, com Carlos Sainz a vencer.

Foi uma vitória muito inteligente do espanhol, que ajudou, habilmente, o segundo classificado, Lando Norris, ‘dando-lhe’ DRS , permitindo-lhe ter armas para suster a dupla da Mercedes que o perseguia. Brilhante.

O arranque do ano foi muito bom para Fernando Alonso e para a Aston Martin. Seis pódios nas oito primeiras corridas, uma vitória poderia ter acontecido no Mónaco, se tivesse havido uma melhor estratégia, mas esse desempenho desvaneceu-se com o decorrer da época e a equipa teve de se contentar com o quinto lugar nos construtores.

Daniel Ricciardo começou a época como reserva da Red Bull, depois de perder o seu lugar na McLaren, mas depressa substituiu Nyck de Vries na Alpha Tauri. Só que, em Zandvoort, mão partida num acidente levou-o a ficar de fora dos cinco eventos seguintes. Liam Lawson aproveitou, esteve bem, mas a Alpha Tauri confirmou Ricciardo e Yuki Tsunoda para 2024. Ricciardo regressou em Austin e conseguiu a melhor classificação do ano para a Alpha Tauri, um sétimo lugar no México.

A novidade Las Vegas foi uma das melhores corridas do ano, e também um espetáculo sem igual. Os pilotos deram um espetáculo ainda maior em pista do que o que sucedia fora dela, e não foi pouco.

Quanto aos pontos negativos, a Mercedes começou o ano com um murro no estômago depois do passo em falso que foi o ano de 2022. A equipa não corrigiu os erros do W13, e depressa se percebeu que o W14 era mais do mesmo. Este inverno em Brackley será absolutamente decisivo para o que aí vem…

Lewis Hamilton acredita que a equipa tem agora uma ‘Estrela do Norte’ para seguir. O tempo dirá…

Após o Grande Prémio do Azerbaijão, embora fosse claro que o Red Bull estava um passo à frente do resto do plantel, parecia que haveria uma batalha pelo campeonato entre Max Verstappen e Sergio Perez, com cada piloto com duas vitórias cada. Nada mais errado…

Os desempenhos de Pérez em qualificação caíram imenso, com o mexicano a falhar a Q3 em cinco fins-de-semana de Grandes Prémios. Foi segundo do campeonato com uma fase final de época mais ‘simpático’, continua na equipa em 2024, mas outro ano destes, e está fora. Se não for a meio…

Na Alpine, pouco ou nada resulta. Têm uma boa dupla de pilotos, mas a gestão e muito do que fica pelo meio até à prestação em pista, resulta mal. Houve uma grande mudança em termos de pessoal da equipa em 2023. Saiu Laurent Rossi, depois o Chefe de Equipa, Otmar Szafnauer e o Diretor Desportivo Alan Permane deixariam a equipa. Pat Fry também rumou à Williams como Diretor Técnico, enquanto Bruno Famin assumiu as rédeas como Diretor de Equipa interino. Não ficou por aí, saiu o Diretor de Projetos de Expansão de Corridas, Davide Brivio, e tudo junto indicia que algo vai muito mal no reino da Alpine. O carro não é mau, os pilotos também se ‘safam’ com o que têm, mas tudo o resto…

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