Dakar, João Ferreira: “No final da primeira semana, direi se somos um dos favoritos…”
João Ferreira fez, no Dakar passado, a sua estreia na prova, teve a seu lado um dos melhores navegadores que poderia aspirar para essa ‘aventura’, Filipe Palmeiro e este ano repete a ‘dose’, mas com mudanças significativas. Se na prova que se realizou no início deste ano, o piloto luso foi apoiado pela Yamaha X-Raid Supported Team, correndo integrado na estrutura oficial da equipa germânica X-Raid, e aos comandos de um SSV Yamaha XYZ1000R da categoria T3, este ano as coisas são diferentes pois vai correr num Can Am Maverick X3 da South Racing nos T4, agora SSV. E estão claramente entre os favoritos a lutar pelo triunfo na categoria.
João Ferreira fez a sua estreia no cross-country em 2019 na classe de produção T2 antes de se sentar ao volante de uma Toyota Hilux T1, em 2021. De lá, migrou para a X-Raid para guiar o Mini JCW T1, com o qual venceu o campeonato europeu de Bajas de 2022 bem como o Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, por larga margem. Para o Dakar de 2023, João Ferreira mudou para a classe T3, inscrito com o Yamaha YXZ1000R Turbo Prototype SXS desenvolvido pela X-Raid, um carro totalmente novo, com tudo a provar e a necessitar de muito desenvolvimento, mas que permitiu ao piloto ganhar experiência na prova. Ainda assim, deram à Yamaha um triunfo numa etapa, permitiram que o fabricante japonês fosse o primeiro a vencer etapas tanto nas categorias de carros como de motos!
Agora, com a equipa portuguesa a mudar da classe T3 para um Can-Am T4 da South Racing para o Rallye du Maroc, em preparação para o Dakar de 2024, terminaram em sexto o W2RC T3 e sétimo o W2RC T4 de 2023, depois de repartir o ano entre as duas máquinas e duas equipas. Agora, novo ano, novo, Dakar, nova aventura: “Obviamente que o Dakar 2023 não correu como esperávamos, devido a alguns problemas mecânicos, mas mostrámos que podíamos ser competitivos com a vitória na etapa e alguns pódios adicionais.
Para o Rallye de Marrocos mudámos para o nosso carro e equipa do Dakar 2024 e ganhámos a nossa classe, o que é um bom presságio para janeiro. No entanto, como todos sabemos, o Dakar é uma corrida muito imprevisível. A competição é dura e ninguém sabe como vai correr até ao último dia da segunda semana.
No final da primeira semana, direi se somos um dos favoritos…”