Dakar, Ricardo Porém: novo carro, nova equipa, top5 é objetivo
Ricardo Porém está de volta aos SSV, agora Challenger, no Dakar, naquela que será a sua quinta participação na prova. Depois de ter ficado de fora em 2022, e de se ter estreado em 2019, Ricardo Porém está de volta aos SSV, naquela que será a sua quinta participação no Dakar, desta feita aos comandos de um MMP T3 Rally Raid.
Terá a seu lado o argentino Augusto Sanz, sendo que este ano corre com a equipa MMP, depois de ter corrido o ano passado integrado na estrutura dos T3 da X-Raid, na Yamaha X-Raid Supported Team.
Ricardo Porém fez a sua estreia no Dakar em 2019, num Can-Am Maverick e terminou num bom 13º lugar.
No ano seguinte, o duas vezes campeão nacional português e quatro vezes vencedor da Baja Portalegre 500, subiu para a categoria T1, num Borgward oficial, mas desta feita não conseguiu chegar à meta, algo que concretizou no mesmo carro, na edição de 2021, chegando ao 20º lugar. Este ano, novo carro e nova equipa:
“Este ano vou na categoria Challenger (T3), a categoria mais evoluída dos Side by Side, com uma nova equipa, a MMP, que já conheço alguns anos, já trabalhamos juntos mas nunca no Dakar. Estou muito motivado e confiante para este desafio” começou por dizer Porém, que no ano passado na categoria T3 fez a prova ou volante de um Yamaha mas este ano vai estar aos comandos de um MMP, um veículo diferente do anterior: “O carro foi desenvolvido a partir de uma base Can Am, depois tem a sua identidade mas há diferenças substanciais, por exemplo não tem caixa de velocidades. Mas eu acredito que vamos conseguir um melhor resultado do que no ano passado”, disse Ricardo Porém, que volta a ter Augusto Sanz a seu lado, um navegador com boa experiência de corridas no deserto: “O Augusto faz o campeonato argentino e o campeonato chileno, lá as corridas são todas em deserto, tipicamente como o Dakar e os road book são feitos por pessoas que também o fazem para o Dakar, e portanto as nomenclaturas a forma de interpretar o road book e tudo isso ajuda a que o Augusto esteja sempre muito ativo e com uma boa rotina”.
Apesar de sido o melhor português nos SSV de 2023 o Rally Dakar do ano passado não lhe correu da melhor forma, pois para a dupla o resultado ficou aquém das expectativas, apesar de uma vitória em etapa: “este ano há especiais ainda mais duras e longas, por isso mais do que nunca vamos apelar da capacidade de gestão, mas sem nunca perder a velocidade porque a categoria Challenger é das mais competitivas neste momento do Dakar, onde existe um maior número de participantes, e muitos candidatos à vitória. Temos que ser pragmáticos, mas ambição é coisa que todos os pilotos devem ter e por isso ambiciono um top 5 no final da corrida, e eu acho que temos potencial para isso”, disse Ricardo Porém.