Fórmula 1 em ‘guerra aberta’ com a FIA

Por a 7 Dezembro 2023 09:47

As coisas já não andavam famosas, o episódio mais recente é a questão da Andretti/Cadillac, e as equipas de Fórmula 1 aproveitaram para deixar a FIA entre a espada e a parede ao deixarem claro que nada tiveram com o que levou a FIA a pedir uma investigação SAIBA MAIS AQUI

Pensava-se que teria sido uma equipa a fazer a ‘levantar a lebre’, mas, ou uma delas está a mentir, ou não foi e isso deixa a FIA ‘mal no filme’. Porque não sendo uma fonte duma equipa, como surge o problema é a questão.

A FIA atuou perante os rumores que se tornaram públicos, de forma legítima, pois há que deslindar o assunto, mas quando todas as equipas anunciam publicamente que nenhuma delas fez a queixa, isso deixa muito menos espaço de manobra à FIA.

É óbvio que a atitude das equipas se deve a pensarem ter sido o próprio presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, a querer ‘atravessar-se’ com a questão e como têm havido várias situações de ‘confronto’, não perderam a oportunidade.

A Mercedes já revelou que ficou surpreendida por “tomar conhecimento da investigação” desta forma e que não recebeu “nenhuma comunicação do departamento de conformidade da FIA sobre este assunto”.

Susie Wolff, que devido ao seu papel na F1 Academy reporta ao Diretor Executivo da F1, Stefano Domenicali, mostrou-se “profundamente insultada” face às alegações e rejeitou-as “nos termos mais fortes possíveis” e até a Mercedes ‘apertou’ a FIA ao exortá-os a “enviar correspondência completa, rápida e transparente sobre esta investigação e o seu conteúdo”.

Agora a divisão de Ética e Conformidade da FIA vai investigar e eventual má conduta, um caso que seguirá os seus trâmites normais.

Mas o problema é bem mais profundo que isso, pois expõe claramente mais um conflito entre a FIA e a F1 parece claro a toda a gente que as relações têm piorado. É uma clara luta pelo poder.

Como se sabe, devido às regras da Comissão Europeia, a FIA teve de vender os direitos comerciais da FIA pois não podia regular a parte desportiva e comercial ao mesmo tempo. É óbvio que a FIA recebe muito dinheiro da Liberty Media, mas acaba por haver sempre ‘qui pro quo’ entre ambas como se de uma luta de galos se tratasse. Não é novo, basta lembrar a guerra entre a FISA e a FOCA no início dos anos 80 e as ameaças de rutura do campeonato na primeira década do século XXI, depois dos vários escândalos que envolveram Max Mosley, o da espionagem, etc.

Já com Ben Sulayem, quando se falou na putativa venda da F1 à Arábia Saudita, o presidente da FIA meteu-se no assunto e a Liberty recordou-lhe de imediato que não tinha nada a ver com a parte comercial. Mais recentemente, o caso Andretti, com a FIA a aceitar a entrada desta face à total oposição das equipas e da Liberty. Resumindo tudo isto, há uma ‘guerra surda’ entre a F1 e a FIA.

E o pior de tudo é que brevemente há um Acordo da Concórdia para renovar.

Neste momento o que temos são discórdias profundas, e agora imaginem o dano que isso pode colocar à F1.

FOTO MPSA/Philippe Nanchino

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Pity
Pity
1 ano atrás

De quantos anos é o mandato do presidente da FIA? É que só vejo uma solução para esta guerra: mudar o presidente (e seu staff).
Quando Ben Sulayem foi eleito, visto que era um antigo piloto, pensei (e não terei sido a única) que as coisas iriam entrar nos eixos. Começou bem, afastando Michael Masi, mas a partir daí têm sido mais os erros do que os acertos. Culpa dele apenas, ou também do resto da sua equipa?
Há ainda outra questão: será Domenicali o homem certo à frente da FOM?
Resumindo: bons candidatos à sucessão de Ben Sulayem precisam-se

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