F1: Carlos Sainz coloca limite máximo de 24 corridas por ano “para manter a saúde de todos”
A temporada de 2023 da Fórmula 1 está na reta final, estando os intervenientes já a olhar para 2024 e o que poderão fazer no próximo ano. Se a atual temporada foi longa, a próxima será ainda mais. A época de Fórmula 1 de 2024 vai ter 24 corridas, arranca com Grandes Prémios consecutivos no Bahrein e Arábia Saudita em março e termina com uma jornada tripla, passando por Las Vegas, Catar e Abu Dhabi no final de novembro e início de dezembro.
Quando se considera um calendário, de qualquer competição, não se trata apenas de quantas provas se fazem por ano, mas há que contar com viagens e tentar encontrar um equilíbrio entre o tempo passado fora das fábricas e em pista. No caso de qualquer um dos mundiais da FIA, há ainda que contar com a enorme logística que é necessária para levar todo o material das fábricas – no caso da Fórmula 1, maioritariamente localizadas em Inglaterra – para as pistas.
Como aqui explicamos, após as três corridas de Austin, Cidade do México e São Paulo, continua-se a aprovar calendários com provas em fins de semana consecutivos entre vários fusos horários, que podem resultar em instabilidade física e emocional a vários elementos das 10 equipas que competem no mundial. É insustentável essa situação para os homens e mulheres que compõem o paddock da F1, que depois de terminarem as corridas, ainda têm todo o trabalho para enviar o material para a próxima prova ou para a fábrica.
Abordando o assunto na conferência de imprensa de antevisão do Grande Prémio de Las Vegas, a penúltima prova do ano e que se realiza num formato diferente do normal e com muito mais interesse da comunicação social e dos fãs, Carlos Sainz explicou que os pilotos acabam por ser os elementos mais privilegiados das equipas, mas nem por isso esquece a pressão que existe para os principais protagonistas.
“Não tenho a certeza se este é o local certo para discutir os pormenores de um fim de semana e aquilo em que todos têm de estar envolvidos. Considero que os pilotos são os privilegiados. Podemos viajar em classe executiva, primeira classe ou privada. Podemos ir para os melhores hotéis. Chegamos às terças e quartas-feiras em vez de segundas-feiras. Podemos partir no domingo à noite, em vez de na segunda-feira de manhã. Não gosto de falar a partir da posição privilegiada em que penso que os pilotos se encontram”, explicou o piloto espanhol, acrescentando que “é verdade que estamos sob pressão mais do que nunca, temos muitos compromissos com a comunicação social. Mas sinto que dentro das nossas equipas, ou entre as 100 pessoas que viajam para as corridas na Ferrari, estamos um pouco mais numa posição privilegiada. E não gosto de me queixar por causa disso”.
Ainda assim, para o piloto da Ferrari o próximo calendário, com 24 provas agendadas, é o “limite com o tipo de calendário que temos atualmente. Penso que muitas equipas estão a adotar programas de rotação de mecânicos, engenheiros”. Sainz esclareceu estar “curioso para ver quais são as ideias para o futuro, porque acredito firmemente que é preciso mudar o formato do fim de semana ou a forma como fazemos os eventos e os compromissos com os meios de comunicação, porque 24 corridas acho que vai ser o limite, ou no limite, para manter a saúde de todos, não só dos pilotos, mas também dos mecânicos e das pessoas que viajam”. O espanhol concluiu com que isso “vai ser importante” para a competição e para quem nela trabalha.
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