Escuderia Castelo Branco quer organizar duas provas do CPTT: “queremos voltar às nossas raízes”

Por a 16 Novembro 2023 09:09

A Baja Oeste de Portugal, prova organizada pela Escuderia Castelo Branco está na calha para ser a derradeira prova do calendário do CPTT 2024, num processo que ainda decorre, não havendo ainda decisões finais. Mas esse é só mais um detalhe num processo de um clube que depois da mudança de presidente, saiu António Sequeira, entrou João Lucas, com um mandato de dois anos, quer continuar a crescer e a ganhar importância entre os clubes da nossa ‘praça’.

Depois de ter colocado de pé uma novidade absoluta no calendário do CPTT com a Baja Oeste de Portugal em 2021, já lá vão três edições, cada uma melhor do que a anterior.

Nos últimos tempos, tem corrido o rumor que a prova do clube albicastrense pode regressar às origens, Idanha-a-Nova, é o que se fala, mas o AutoSport sabe que não se trata da saída da zona Oeste e do regresso aos locais das provas anteriores, mas sim da tentativa de voltarem a ter duas provas no CPTT.

Quanto à possibilidade de a Baja Oeste ser a última prova em 2024, falámos com Sérgio Sequeira, elementos preponderante da Escuderia, que nos disse que “a possibilidade de ser a última prova está em cima da mesa mas não está garantido, mas também pode haver mudança para junho, embora esse seja um cenário mais complicado”. Portanto, a prova da ECB pode fechar o campeonato, mas como tudo está ainda em processo de análise e posteriores decisões entre a federação e os seus interlocutores habituais: “se ficássemos com a mesma data deste ano ficaríamos ‘entalados’ porque a prova de Portalegre por exigência da FIA vai ser antecipada uma semana e nós dessa forma ficaríamos a 15 dias de Reguengos e a outros 15 de Portalegre, e depois há ainda o Rali de Marrocos que ‘estraga’ os outros dois fins de semana que existem pelo que nós ficávamos ali um pouco condicionados porque temos pilotos que gostam de ir a Marrocos até treinar ou andar numa prova do mundial ou mesmo preparar o Dakar, pelo que ponderamos a mudança de data e como não há datas fáceis, ainda mais no início do campeonato, nós pomos a hipótese de arriscar e fazer depois de Portalegre”, disse Sérgio Sequeira ao AutoSport.

Boa parte dos pilotos entende que a prova de Portalegre é muito difícil e se for aí a decisão dos principais títulos será sempre um evento em que as dificuldades habituais podem ser estas a determinar os campeões e não a performance pura. Os pilotos sabem que isso faz parte do ‘jogo’, mas preferem uma prova em que saibam melhor com o que contar.

Seja como for, ao fazer a prova mais tarde não invalida que a meteorologia possa complicar muito a Baja Oeste e os seus percursos são, também, tudo, menos fáceis: “Tal como se viu este ano, em que houve títulos a resolverem-se no Oeste que foi antes de Portalegre, pelo que pode ser que para o ano seja depois. Está na mente, e isso é assumido pelo nosso novo presidente, o João Lucas que queremos voltar às nossas raízes, o que significa voltar à zona de Castelo Branco, mas isto não significa sair do Oeste, mas sim…organizar duas provas do CPTT, como a Escuderia Castelo Branco já fez há alguns anos” disse-nos Sérgio Sequeira, que explica: “sair agora do Oeste seria um erro.

A nível de público é a única prova que consegue ‘rivalizar’, e este rivalizar é entre aspas, com Portalegre, porque a prova tem mesmo muito público. Temos alguns problemas com tantos aglomerados populacionais, mas este ano conseguimos resolver, e correr em oito concelhos, o que não é fácil. O que eu acho, e isto é a minha opinião, embora ache que há consenso dentro da Escuderia, a ideia passa por centralizar uma prova em Castelo Branco, não na Idanha-a-Nova como tem sido dito, é isso que se fala, Idanha, mas Castelo Branco tem todas as condições, hotelaria, restauração, até o nosso Parque de Desportos se for preciso fazer um paddock todo lá dentro, sem ter que incomodar ninguém, por assim dizer, dá para acolher a caravana toda, à volta de Castelo Branco conseguimos fazer três dias de prova, se fosse preciso, sem misturar nada de percursos.

Um dia a Vila Velha de Ródão e voltar, passando por Proença-a-Nova ou não com 150 Km, conseguimos ir a Oleiros, conseguimos arrancar na Gardunha se quisermos, no Louriçal, e virar tudo para Oleiros, Castelo Branco acaba por ser mais central, ou seja, poderemos fazer no futuro duas provas, estando em casa, há mais facilidade de fazer as coisas, começando logo contando mais com as ‘nossas pessoas’. Para nós, para 2024 é a Baja Oeste que está em cima da mesa, com essa possibilidade que ainda estamos agora a aferir, que são várias, de fazer uma segunda prova em Castelo Branco”, disse.

Já o fizeram no passado e é bom ver um clube com um ‘arcaboiço’ deste tipo. O facto de, terem arriscado ao ponto de saírem da sua ‘zona de conforto’ e rumarem ao Oeste, e já lá vão três edições, prova que a ECB é um dos grandes clubes ‘motorizados’ nacionais. Outro exemplo: depois das críticas que sofreram com o Rali de Castelo Branco de 2022, este ano no CPR colocaram de pé uma prova que a todos espantou, especialmente o fim de festa nas ‘Docas’. Por vezes é bom os clubes fazerem um ‘brain storming’ e colocarem uma questão muito simples: o que temos de fazer para melhorar?

Vários outros deviam fazer o mesmo…

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