F1: Sainz considera que Mercedes está sob pressão apesar de problemas da Ferrari em São Paulo
A luta pelo vice-campeonato ainda anima esta fase final da temporada de Fórmula 1, apesar de Mercedes e Ferrari terem tido a sua dose de problemas em São Paulo, terminando apenas um carro de cada equipa na corrida do Grande Prémio. Analisando o que falta do calendário, Carlos Sainz entende que a pressão para alcançar o segundo lugar entre os construtores está do lado da equipa adversária, mesmo que a Mercedes tenha 20 pontos de vantagem sobre a Ferrari.
Ainda a corrida do Grande Prémio de São Paulo não tinha começado e Charles Leclerc ficou arredado de poder ajudar a Ferrari. O Ferrari SF-23 teve um problema no sistema hidráulico, sentido pelo piloto “por causa da direção”, uma vez que “foi ativado um protocolo de segurança que desliga o motor”. Esta questão levou à saída de pista do monolugar número 16 e ao embate nas barreiras de proteção do traçado brasileiro. “Consegui pôr o carro a andar novamente, mas apenas durante cerca de 15 segundos. Depois aconteceu o mesmo que antes: perda do sistema hidráulico, problemas de direção, motor desligado. Consegui andar vinte metros e depois acabou”, explicou o piloto monegasco no final da corrida.
O chefe de equipa da Ferrari, Frédéric Vasseur sublinhou que tal problemas nunca se tinha verificado durante toda a temporada, sendo “muito frustrante para o Charles”, uma vez que acredita que este “podia certamente ter terminado no pódio”. O responsável da equipa italiana acredita nisso porque a Mercedes teve uma corrida em ‘marcha-atrás’, perdendo posições com ambos os carros até à desistência de George Russell, apontando a problemas maiores no W14 já sinalizados nos dias anteriores da prova de São Paulo.
No segundo Ferrari, Carlos Sainz disse via rádio que não via o dia para deitar ao lixo a embraiagem do SF-23, sublinhando depois da corrida que se tratou de um problema que sentiu em todas as partidas que fez durante o fim de semana no Brasil, um ponto forte do carro em toda a temporada, mas que apresentou problemas nesta jornada em questão.
Acreditando que foi uma “oportunidade perdida” para a sua equipa conseguir recuperar pontos para a Mercedes depois do abandono de Leclerc na volta de formação, o piloto espanhol admitiu que “o ritmo do carro não foi bom. Por isso, a Aston [Martin], a McLaren e a Red Bull estavam na frente e não conseguimos lutar”.
Sabendo que a Mercedes é mais forte em ritmo de corrida, havendo a possibilidade somar mais pontos do que a Ferrari, “eles têm alguma vantagem”, disse Sainz, mas como a equipa italiano mantém “a pressão”, o piloto espanhol afirma que a equipa adversária não se pode “dar ao luxo de cometer erros porque nós estamos lá para os capitalizar. É uma batalha divertida”.
Nesta “batalha divertida” pelo segundo lugar do Campeonato do Mundo de Construtores de Fórmula 1, o resultado é de 382 pontos contra 362 a favor da Mercedes, antes dos dois últimos Grandes Prémios.
Foto: LAT images