F1, Lando Norris: “lutar com a Red Bull é um sinal muito bom para nós”

Por a 6 Novembro 2023 11:38

Com quatro segundos lugares nas últimas seis corridas, Lando Norris já não vai a tempo de chegar muito mais acima no campeonato tem sido o piloto que mais luta tem dado a Max Verstappen e vê-lo já perto do final da corrida a tentar ultrapassar o neerlandês foi algo que há muito já não era visto em fases decisivas das corridas. E tudo começou com um grande arranque, de sexto para segundo em apenas alguns metros: “Não creio que tenha sido a mais rápida, mas, no fim de contas, tudo é relativo. Por isso, foi uma agradável surpresa sair em 2º já depois da Curva 1. Estava à espera, e planeámos muito, de 20 voltas no trânsito, algumas ultrapassagens e um pouco de diversão.

E diverti-me na mesma, mas já em 2º. Portanto, foi um bom passo em relação à Sprint.

Obviamente, foi aí que perdi para o Max. Não foi por ter tido um mau arranque, pois tive um dos melhores arranques da grelha. Só que a do Max – especialmente com a segunda fase – foi extremamente forte. Hoje fizemos mais trabalho de casa e tentámos colocar tudo numa janela melhor, e tudo valeu a pena. Por isso, sim, foi uma boa surpresa e um bom passo em frente em relação à corrida Sprint” começou por dizer o piloto da McLaren, que assume poder dar luta ao Verstappen no início de cada stint, mas depois cai de produção, ao invés do seu adversário: “Sim, acho que é semelhante ao que vimos no Sprint. Não estou muito atrás nas primeiras 10-15, 17 voltas, mas na fase final, deixo-me cair um pouco. Não sei se é porque estamos um pouco mais lentos e estou a forçar um pouco mais para tentar acompanhar, e depois pago o preço, ou se é porque a degradação dos nossos pneus não é tão boa e sofremos um pouco com os pneus traseiros na velocidade lenta, e é aí que temos dificuldades com o tempo de volta no final. Por isso, sim, há coisas claras a melhorar, mas mesmo assim foi um dia muito positivo para nós”, que explicou a tentativa de ultrapassagem a Verstappen depois do recomeço: “eu tentei, mas não consegui… tivemos muitas dificuldades nas curvas 10 e 12. É onde o Red Bull é extremamente competitivo e onde temos dificuldades. Exceto quando estamos com pneus novos e, claro, naquele recomeço, eu usei os meus pneus novos e o Max não. Por isso, pensei que se iria ter uma oportunidade, seria ali e naquele momento. Por isso, usei toda a minha bateria e, claro, tinha DRS e depois começamos a apanhá-los muito rapidamente. Tinha uma boa trajetória na Curva 1 e na Curva 2, mas o Max também tinha muita aderência. Por isso, se tivesse sido mais tarde, a trajetória dele na Curva 1 e na Curva 2 teria sido muito mais comprometida e teria sido mais penalizada, mas como os pneus ainda estavam frescos e tinham muita aderência, ele conseguiu uma saída suficientemente boa para que eu só conseguisse estar ao lado dele, mesmo antes da zona de travagem da Curva 4. Por isso, quer dizer, tentei, teria tentado passar por ele se pudesse, e queria fazê-lo, mas só mais uns metros teria sido ótimo. Depois, fiz uma retirada estratégica! A oportunidade de lutar contra o Max era apenas durante algumas voltas. Não íamos encontrar, de repente, o ritmo de que precisávamos para competir com ele durante uma corrida inteira. E o Fernando estava atrás de mim. Sabemos que o seu ritmo de corrida é muito bom. Por isso ele ia estar com uma oportunidade, numa posição em que poderia conseguir muito mais e eu não queria comprometer a minha própria corrida com mais uma tentativa.

Ao mesmo tempo, estava com pouca bateria e se sobreaquecermos os pneus demasiado cedo, podemos pagar um preço bastante elevado. Eu tentei mas não valia a pena correr o risco e as potenciais consequências de estar nas mãos do Fernando e de quem estava atrás. Por isso, sim, foi muito divertido. Penso que se houvesse um pouco mais de espaço, ou se eu estivesse literalmente uns metros mais abaixo, as coisas poderiam ter sido um pouco diferentes. Mas, ao mesmo tempo, tentar manter o Max atrás de mim durante o resto da corrida teria sido um desafio totalmente novo. Por isso, é bom que estejamos a chegar lá e que eu tenha feito uma tentativa. Acho que foi uma das minhas primeiras tentativas de ultrapassar o Max, em toda a minha carreira na Fórmula 1”, explicou, mas não sabe agora o que pode ‘dar’ Las Vegas: “Não faço ideia. Quero dizer, acho que não estávamos à espera de ser tão competitivos aqui como temos sido. Por isso, ainda nos estamos a surpreender. Desisti de adivinhar onde vamos estar. Provavelmente depois do Bahrein já não queria pensar onde é que íamos estar. Mas sim, vai e vem.

Penso que todos esperavam que a Mercedes fosse extremamente forte este fim de semana e não foram a lado nenhum. [Toda a gente esperava que a Ferrari fosse um pouco mais competitiva e não foi, por isso acho que ninguém sabe realmente. Toda a gente adivinha e presume, mas ninguém sabe até entrarmos em pista. Portanto, vamos esperar para ver.”

Por fim, questionado pelo facto de ter conseguido manter o mesmo ritmo de Verstappen durante parte da corrida se acha que se a equipa lhe pode dar um carro para lutar por vitórias no próximo ano: “Talvez. Tenho estado a dizer ao Max que, desde que trouxemos esta atualização para a Áustria, tenho sido o segundo piloto com mais pontos na grelha. Acho que temos sido a segunda equipa com maior pontuação, potencialmente. Claro que demos grandes passos e, ao mesmo tempo, tendo em conta que estamos a falar de lutar contra a Red Bull, penso que ainda é muito, muito bom, pelo que alcançámos este ano. Estamos a falar de um dos melhores pilotos de sempre da Fórmula 1, num dos carros mais dominadores e, obviamente, é uma dupla e as coisas têm de correr bem em conjunto, mas estamos a falar de um tipo que venceu 17 vezes, é um dos anos mais dominantes da história da Fórmula 1. E para nós passarmos de onde estávamos no Bahrein para nos aproximarmos e falarmos em lutar com a Red Bull, penso que são sinais muito bons para nós.

E sabemos que ainda temos muito mais coisas para fazer no próximo ano. Por isso, estou entusiasmado. Ter isso em mente é um pensamento muito distante. Não quero pensar nisso agora, não vale a pena pensar nisso até ao próximo ano, mas vou ser otimista e acredito que podemos fazê-lo como equipa”, disse.

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