Marco Oliveira e Diogo Correia foram os vencedores da XXª edição do Motorshow autoClássico 

Por a 9 Outubro 2023 11:39

Marco Oliveira no Troféu Piloto Motorshow e Diogo Correia na competição de Drift foram os grandes vencedores da edição deste ano do Motorshow autoClássico que decorreu na Exponor e recebeu milhares de visitantes. 

Espetáculo e competição ao longo de quatro dias no renovado traçado do exterior da Exponor, na XXª edição do Motorshow autoClássico, marcado pelo regresso da XRacing à parceria mantida com a Eventos Motor de 2004 a 2018.

O ponto alto da competição foi a vitória de Marco Oliveira na Super Final do Troféu Piloto Motorshow, mas antes, Diogo Correia já se tinha imposto no Troféu Drift Motorshow, na estreia da disciplina no evento.

Logo no primeiro dia, António Ruão ganhou o Mini Challenge à geral e Fernando Carneiro foi o melhor da Classe 1, em grandes exibições de condução. A presença de Emerson Fittipaldi complementou com chave de ouro um programa recheado de momentos altos.

Marco Oliveira, em VW Polo R5, foi o grande vencedor do Troféu Piloto Motorshow, o ponto alto do Motorshow autoClássico 2023, com o tempo de 1m46,964s. Deixou na segunda posição o Skoda Fabia S2000 de Jorge Santos (1m48,671s), cabendo o derradeiro degrau do pódio a Mário Barbosa, em Citroën Saxo Kit Car (1m48,998s).

Bernando Sousa, em VW Polo R5, conseguiu no entanto o tempo mais rápido em pista na Super Final, mas uma penalização de cinco segundos, devido a um toque numa barreira, relegou-o para o quinto posto final, imediatamente atrás de Vítor Pascoal, no Porsche 991 GT3. Bernardo trazia já o melhor registo das Finais, com o tempo de 1m46,748, 0,715s mais rápido do que Marco Oliveira e 2,133s melhor do que Jorge Santos. O seu tempo na Super Final foi de 1m43,466s, antes da penalização.

“Sinto-me feliz, sinto-me, no fundo, realizado. Já fiz esta prova duas ou três vezes. Apesar da grande concorrência, consegui lá chegar, por décimas, mas consegui ser primeiro. Apesar de ter cá muitos amigos de Penafiel, que vieram de propósito para me ver, o público em geral foi fantástico. Os aficionados aderem muito a este tipo de eventos de desportos motorizados e devia haver mais”, disse Marco Oliveira no final.

Diogo Correia no Drift

O Drift é uma competição espetacular, com batalhas que parecem verdadeiros bailados entre dois carros em pista em simultâneo. Perícia e precisão são essenciais. Diogo Correia, no BMW n.º 1, foi o grande vencedor, ele que é considerado o melhor piloto português da atualidade e que compete em excelente plano no Drift Masters European Championship, que concluiu no oitavo lugar da geral, entre mais de 50 concorrentes. O melhor resultado da época foi o terceiro lugar na Finlândia.

Do palmarés do piloto de Vila Verde, destacam-se os títulos de Campeão Nacional de Drift de 2018 e 2019, e o Campeonato Francês de Drift na Classe Pro, em 2021. Em 2022, foi 13.º no Drift Masters European Championship, 2.º na Taça Ibérica e venceu a Taça de Portugal. Correia bateu, na Final, Hélder Alves, no Pontiac n.º 2, enquanto Paulo Rocha se impôs a Gonçalo Minderico na Batalha pelo terceiro lugar.

Para quem não está familiarizado, o Drift é uma competição composta por batalhas entre dois carros em simultâneo, a eliminar. A grelha final é definida na qualificação, com o primeiro a enfrentar o último e assim sucessivamente. Um júri de três elementos avalia três parâmetros: linha, ângulo e estilo – o primeiro a valer 40 pontos e os restantes, 30. A linha é o maior objetivo, porque é seguida pelo desenho da pista. O ângulo quanto maior for, mais valorizado é. Já o estilo, mais subjetivo, tem a ver com a condução, privilegiando a mais agressiva.

Pedaços da história das corridas expostos nos pavilhões da Exponor

Este Motorshow autoClássico 2023 foi, como sempre, bem mais do que a competição, com a exposição de carros fantásticos, verdadeiros pedaços da história do automobilismo nacional e internacional. Para além da presença em prova do fantástico

Audi Quattro de Grupo B de Stewart Bowes, estiveram expostos o Spyker com que Tiago Monteiro alinhou no Mundial de F1, em 2006, ou o Mercedes C-Class W202, construído em 1996 pela equipa oficial da AMG no DTM para ser guiado por Bernd Schneider e Dario Franchitti no ITCC, por exemplo.

Mas há tantos mais, como o Ford Escort RS2000 e o Ford Escort RS200 de Grupo B da Diabolique Motorsport de Miguel Oliveira, que, como navegador de Joaquim Santos, foi quatro vezes campeão nacional de ralis. O piloto é ainda hoje o recordista de vitórias na competição, com quarenta e sete ralis vencidos.

Presentes também o Audi R8 LMS GT4 da Veloso Motorsport, com o qual Patrick Cunha e Jorge Rodrigues alinham no Campeonato de Portugal de Velocidade, e o Mercedes Mercedes AMG GT4 da equipa JC Group Racing, com o qual Gabriela Correia foi vice-campeã de Montanha, este ano. Entre tantas outras máquinas.

Fittipaldi, um ídolo que atravessa gerações

Outro dos grande pontos de interesse deste Motorshow autoClássico 2023 foi a presença de Emerson Fittipaldi, uma lenda viva da Fórmula 1. O campeão do mundo de Fórmula 1 em 1972 e 1974 irradia simpatia e continua a ser ídolo de pais, filhos e netos, como se viu neste Motorshow autoClássico 2023, tantos foram os pedidos de selfies e autógrafos por fãs de todas as idades.

O Motorshow autoClássico 2023 foi bem sucedido a todos os níveis, o que deixou naturalmente satisfeita a organização. Pedro Ortigão, um dos responsáveis da XRacing, faz um balanço positivo e projeta já a próxima edição: “O Motorshow 2023 acabou e estamos já a pensar em 2024. Temos plena consciência de que há muito trabalho a fazer para voltar a elevar o Motorshow ao alto patamar de outros tempos, mas face ao pouco tempo que tivemos para preparar esta edição, entendemos que foi um bom «ano zero». Foi um prazer regressar a esta parceria com a Eventos Motor, logo num ano tão simbólico como o da 20.ª edição. Agora que voltamos a reviver o evento, já temos muitas ideias delineadas para fazer mais e melhor em 2024”.

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