WRC: A M-Sport está em apuros…

No início da semana do Rali da Grécia ‘rebentou’ a notícia que a Ford iria sair do WRC em 2024, o que se revelou ser mentira. Tudo começou numa suposta entrevista de Pierre Louis Loubet ao jornal corso, Corse Matin, num caso em que nunca se percebeu muito bem o que é que tinha acontecido. A verdade é que o artigo que colocava a Ford fora do WRC com as alegadas palavras de Loubet foi retirado e não houve explicações públicas nenhumas.

Na altura, o que sabíamos era algo diferente.

Não era a possibilidade da Ford sair do WRC que estava em cima da mesa, mas sim as grandes dificuldades da M-Sport em permanecer nos Rally1, ao mais alto nível no WRC.

O que sabemos, mas que é apenas um rumor, é que a estrutura de Rudy Stohl, a Sthol Racing pode substituir a M-Sport, mas isso vai depender do que Malcolm Wilson conseguir fazer daqui até ao momento em que tem de dizer sim ou não à Ford, ou a Ford lhe dizer sim ou não a ele, como preferirem.

E esse momento aproxima-se.

Agora, em declarações a David Evans, do Dirtfish, Malcolm Wilson diz que é preciso que a FIA permita a utilização de carro de Rally1 não híbridos em ralis nacionais e regionais, de modo a que a sua estrutura – e que as outras também poderiam beneficiar, logicamente – os possa vender e com isso ter condições para se manter no WRC. Quando um ‘boss’ de uma estrutura como a M-Sport chega a um ponto destes, as coisas estão mal.

Se calhar, muito mal.

Malcolm Wilson terá recebido garantias da FIA que poderia vender carros Ford Puma Rally1 a pilotos privados e o seu modelo de negócio foi desenvolvido sob essa premissa. Em dois anos, vendeu um. “Não é suficiente”, disse Wilson ao Dirtfish. “Precisamos de vender cerca de 10 carros por ano para que isto funcione. Neste momento, nada está garantido para a próxima época” disse à mesma fonte.

Era a isto que nos referíamos quando escrevemos que não era a Ford que estava em causa, mas sim a M-Sport.

As palavras de Wilson são claras: “A questão é simples: se pudermos vender carros, ficamos…”