O futuro do Autódromo do Estoril é também o futuro da competição motorizada
Muito se poderia dizer sobre este caso, uma vez que muitas das habitações que rodeiam o Autódromo não existiam quando a infraestrutura foi inaugurada. Ou seja, exige-se calar uma atividade que já existia antes dos queixosos se mudarem para aquela zona. Não é de agora que o Autódromo do Estoril é olhado de lado.
O que não pode ser esquecido é que o futuro do Autódromo do Estoril é também o futuro da competição automóvel nacional, algo que não pode ser descurado.
No panorama da velocidade nacional temos cinco pistas: o Autódromo Internacional do Algarve, que é uma das melhores infraestruturas do mundo, o Autódromo do Estoril, pista mítica, que vai sendo alvo de críticas e de rumores que, fundamentados ou não, ensombram a viabilidade da mesma. Neste caso, as críticas são feitas ao barulho, que poderá levar à colocação de proteções adicionais, para controlar os níveis de ruído que são já alvo de controlo e avaliação por parte das entidades responsáveis. Além disso, a infraestrutura precisa de obras, mas o investimento não abunda. O Circuito de Vila Real é de vital importância, mas é um circuito citadino, feito segundo a vontade do poder local e não é uma infraestrutura que possa ser usada durante o ano. O Circuito do Sol não foi pensado para receber competição, pelo que não é uma prioridade para os donos. Por fim, temos o Circuito de Braga. Braga é importantíssimo, pois é o único traçado permanente no norte, onde a grande maioria das estruturas nacionais está sediada. Costuma dizer-se que o coração do desporto motorizado português está no norte, uma afirmação que pode não estar 100% correta, mas que mostra a importância da região para o desporto nacional. E é essa região que deixou de poder ter acesso a uma infraestrutura fundamental e passou a ter de fazer mais de 300 km, no mínimo, para poder testar, sendo as únicas alternativas Estoril e Algarve, ambas onerosas quer pelo aluguer da pista, quer pelas distâncias e custos de transporte.
O futuro do Estoril ensombrado é motivo de preocupação para o desporto motorizado nacional. Há uma indústria que, por mais frágil que seja, faz viver muitas pessoas e faz movimentar a economia local. O trabalho das equipas pode ficar comprometido, tal como o dos promotores. Podemos arriscar ter apenas o Autódromo do Algarve como estrutura pronta a receber competição, testes e eventos ligados à indústria dos motores? Limitar a atividade do Autódromo do Estoril, pode hipotecar o futuro de um palco onde grandes estrelas fizeram história, é complicar sobremaneira a organização de provas nacionais e até internacionais e é colocar em causa o sustento de muitas pessoas. Exige-se bom senso de todas as partes envolvidas, e que o futuro do Autódromo do Estoril seja acautelado por todos os intervenientes interessados.
O que esta gente quer?… Então acabem com as auto-estradas, aeroportos, indústrias… Fogo de artifício, foguetes, música em altos berros…
Mais fácil… Mudem de casa, comprem carros eléctricos ( que todos nós temos acesso fácil), andem a pé, de bicicleta, de trotineta, patins, skate…
Mudem de casa para um ambiente tipo… Quinta só para alguns… E com cavalos desde que estes não relinchem!