Depois de ter alcançado o primeiro triunfo da sua carreira em Portugal, Sébastien Ogier tomou-lhe o gosto e venceu novamente o Rali de Portugal, aproveitando da melhor maneira uma ‘oferta’ de… Mikko Hirvonen
Rali de Portugal voltava a inovar, desta feita com a introdução de uma Super Especial em Lisboa, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, a abrir as hostilidades. 40 mil pessoas viram Hirvonen tornar-se o primeiro lÃder, mas um Sébastien Ogier promovido à equipa principal da Citroën mostrou que as estradas do Alentejo e do Algarve eram desenhadas à sua medida. A terceira ronda do Mundial coroou o terceiÂro vencedor diferente nesse ano, e também possibilitou a estreia de um novo construtor, a MINI, numa prova que teve três lÃderes distinÂtos, distinguindo também o terceiro vencedor diferente na Power Stage. Mas, definitivamente, foi a segunda vitória de Ogier em Portugal que ficou para a história, num triunfo bastante menos suado que o averbado no ano anterior. A vitória acabou por ser produto da rapidez inata do francês, mas também fruto de um aproveiÂtamento de circunstâncias especiais. Por um lado, Ogier viu os dois Ford Focus afundar-em-se em problemas mecânicos e, por outro, viu o seu principal rival, Loeb, ser prejudicado (pelo pó de Mikko Hirvonen), o que lhe deu de bandeja, uma vantagem superior a 25 segundos ou seja, a suficiente para se colocar ao abrigo de qualquer ordem de equipa mais polémica que lhe obrigasse a ceder passagem ao seu chefe de fila. Houve também outros pilotos em destaque. Petter Solberg voltou a demonstrar a sua rapidez, mas o azar bateu-lhe à porta em forma de problemas mecânicos. A prova também viveu muito da tradicional luta pelo lugar de melhor português. Bruno Magalhães, no Peugeot 207 S2000, acabou por bater os super favoritos Armindo Araújo e Bernardo Sousa, mas ainda assim, foi o bicampeão do Mundo do PWRC quem mais impressionou pelos tempos averbados na primeira etapa na estreia do MINI JCW S2000, antes do motor o impedir de voar mais alto.