Uma das edições mais emocionantes do Rali de Portugal e da história do Campeonato do Mundo teve Carlos Sainz e Colin McRae como protagonistas. No final, o escocês ‘voou’ mais alto, segurando o triunfo pela margem mÃnima!
A edição de 98 ainda hoje está no sexto lugar das provas mais equilibradas da história do Mundial de Ralis. A ‘melhor´de todas é o Rali da Jordânia de 2011 (0.2s, Ogier/Latvala). O protagonista principal foi Colin McRae, que com Carlos Sainz escreveu uma das páginas mais marcantes da história da competição. Ambos lutaram até ao derradeiro troço pelo triunfo na prova, e quem assistiu à prestação de Colin McRae na primeira etapa do rali, guardará certamente ainda na memória uma das mais extraordinárias exibições de um piloto no nosso paÃs. Sentindo-se como peixe dentro de água a bordo do Subaru Impreza WRC, o esÂcocês voou nas classificativas de Fafe e continÂuou o recital na parte da tarde. Quando tudo inÂdicava que iria ter uma vitória tranquila, o motor do Subaru foi perdendo óleo ao longo dos troços e, com isso, toda a vantagem até então amealÂhada. No último troço, Amarante, Colin McRae e Carlos Sainz entraram separados por meia dúÂzia de segundos.
O espanhol ganhou quatro dos últimos seis troços, e no último, em Amarante, foi ‘buscar’ 4,7s em apenas 11 quilómetros, mas nem mesmo assim chegou e a vitória coube ao escocês pela diferença mais curta até então: 2,1 segundos! Grande exibição de Freddy Loix, na altura piloto de testes da Toyota, que foi terceiÂro na prova, mesmo depois de ter sido atrasaÂdo por problemas com a caixa de velocidades do seu Corolla WRC. Entre os restantes favoriÂtos, Didier Auriol teve problemas desde cedo, Tommi Makinen bateu na segunda etapa, Juha Kankkunen ficou com o seu Ford Escort WRC apenas com duas rodas motrizes. Entre os piÂlotos lusos, com a obtenção do nono lugar, Rui Madeira assinou nova vitória a bordo de um Toyota Celica GT Four.