Piloto finlandês superou os italianos da Lancia, que trouxeram a Portugal o 037 e uma duplas de pilotos temÃvel em Markku Alen e Walter Rohrl
No ano em que entrou em vigor o novo regulamento que agrupava os carros de rali em A, B e N, o Grupo B ficou com o estatuto de categoria rainha, bastando produzir 200 exemplares para homologar um modelo.
Novos construtores foÂram atraÃdos para a modalidade, desenvolvenÂdo autênticos ‘aviões’ de estrada, leves, com enorme poder de aceleração e apenas impeÂdidos de voar graças a engenhosos apêndices aerodinâmicos que lhes permitiam curvar sem tirar o pé do acelerador. A Audi teve finalmente uma equipa capaz de lhe fazer frente.
A Lancia concebera o 037, que, embora tivesse apenas duas rodas motrizes, conseguia, nas mãos de Markku Alen e Walter Röhrl, impor respeito à marca alemã.
Os carros italianos dominaram a fase de asfalto, mas com a chegada das classiÂficativas minhotas, o Audi Quattro impôs a sua força e Hannu Mikkola chegou à última etaÂpa com uma vantagem segura. Apesar de um furo em Arganil, o finlandês, tal como o Quattro registaram a segunda vitória em Portugal.
Por esta altura, Markku Alen tinha sido o único piloto a obter mais do que uma vitória em Portugal (já tinha três) e Mikkola tornou-se nesta altura no segundo piloto a vencer mais do que uma vez.
O melhor português foi Joaquim Santos, que teve uma prova azarada, chegando ao final da Candosa esgotado, depois de ter sido obrigaÂdo a empurrar o Escort nos metros finais do troço, na sequência de um semi eixo partido. Há outro pormenor curioso relativamente a este ano, já que foi a primeira vez que se realizou o troço de Arganil com 56,50 Km, que ainda hoje é o mais extenso de sempre da história da prova…