Balanço de 2022 é positivo para a FPAK
O fim do ano é tempo de balanços. Identificar o que de bem foi feito para repetir e o que não foi tão bem-feito para melhorar. A FPAK fez esse balanço, pela voz do seu responsável máximo, Ni Amorim. O presidente da FPAK falou em exclusivo ao AutoSport sobre o presente e futuro.
A FPAK sempre teve as portas abertas para o AutoSport. Ambas as entidades têm feito o melhor possível, trabalhando em prol do desporto automóvel a nível nacional e internacional. É uma ligação de há muitos anos, de pessoas apaixonadas pelas corridas, que insistem em transmitir essa paixão aos demais. E foi esta ligação que permitiu criar um canal de comunicação que mais uma vez foi aproveitado. Ni Amorim, o homem do leme e responsável máximo do órgão federativo, falou com os jornalistas do AutoSport olhando para o presente, avaliando o que se fez ao longo da época desportiva, levantando também o véu ao que vem em 2023.
E o balanço de 2022 é positivo. Depois da crise pandémica, 2022 foi o primeiro ano do regresso à normalidade, algo que se saúda e por isso a atividade da FPAK voltou aos níveis pré-pandemia com números muito animadores, que permitem iniciativas únicas:
“2022 é, provavelmente, o primeiro ano normal dos últimos 3, porque conseguimos, até à data, um ano sem ser atingido pela pandemia que nos paralisou a atividade em 2020 e 2021 e prejudicou-nos bastante, como é óbvio. Em termos de balanço, sendo um ano normal, de todos os indicadores operacionais que disponho, 2022 está a ser bom. Especialmente em termos de consolidação financeira, que nos permite, finalmente, fazer aquilo que nunca se fez, ajudar os pilotos e os associados. Lançamos o plano de apoio aos associados, em que estão contemplados 42 associados, com 200 mil euros de orçamento, que vão ser anunciados esta semana [n.d.r. na semana passada]. Queríamos com isso, também, oferecer as licenças aos campeões de todas as categorias que existem, entre divisões e grupos, sendo mais de 200 licenças, representando um esforço financeiro significativo para a federação. Estas duas questões, apoiar os associados e pilotos, eram para mim algo de muito importante e fundamental, precisamente porque nunca tinha sido feito.
Além disso, montamos o FPAK Junior Team nos ralis. Está a ser um sucesso, a última prova realiza-se no próximo fim de semana [n.d.r. realizou-se no passado fim de semana, como damos conta nesta edição do AutoSport]. Há dois pilotos em luta pelo triunfo neste campeonato, que têm terminado os ralis separados por muito poucos segundos. E um desses dois pilotos vai ter, no próximo ano, um prémio da FPAK absolutamente formidável, que é a presença no Campeonato de Portugal de Ralis num carro Rallye 5.
Ainda em termos de apoio aos pilotos, os que competem internacionalmente também estão incluídos no que concerne ao apoio com as licenças, por isso quem ganha nas suas categorias também terá a sua licença oferecida. E outra medida para jovens que queiram ingressar no automobilismo e para não ter que contar com o custo da licença, até aos 23 anos quem tirar pela primeira vez a sua licença desportiva, estará isento do pagamento da mesma. Tentamos ajudar quem entra no desporto.
Na área do karting continuamos com o nosso apoio, como já acontece há uns anos nas categorias de captação. Os miúdos que estão nas categorias de captação a federação suporta cerca de 40% ao ano os custos de cada um. É pela captação que tudo começa e é uma forma de incentivarmos à entrada no desporto. Temos mais um campeonato, o Campeonato de Portugal Rotax, que era um troféu e passou para campeonato. Temos agora dois campeonatos de Karting. Acho que o karting, como se viu na Taça de Portugal, está bem e recomenda-se. Teve 110 inscritos, o que foi também um recorde e tivemos categorias, como a Shifter, que chegaram a estar 16 pilotos separados apenas por um segundo, o que também denota a competitividade que se verifica nos kartings”.
Este aparenta ser um crescimento sustentado que se denota nas iniciativas da federação, além dos vários sinais que mostram uma aposta cada vez mais vincada nas modalidades de desporto motorizado:
“Houve um aumento significativo na parte da comunicação, abrangente em todas as categorias do desporto automóvel. Temos o Todo-o-Terreno a crescer brutalmente e sem sombra de dúvidas é o melhor campeonato que existe na Europa atualmente. Temos um campeonato de ralis que é referência na Europa, temos que assumir isso. O que nós gostaríamos de fomentar mais no desporto era o apoio crescente à internacionalização dos pilotos. Esse era o passo que acho que devíamos dar, mas não podemos fazer tudo de uma vez. As verbas que foram alocadas este ano para aquilo que já falamos antes, está previsto alocar as mesmas verbas em 2023, a menos que exista uma surpresa qualquer como houve na altura da pandemia, ou neste caso com a guerra na Europa, e que não nos permita concretizar tudo aquilo que pensamos fazer. O fomento no automobilismo é isto, dar notoriedade. Por exemplo, continuarmos a insistir para que a Gala dos Campeões tenha dignidade e para isso acontecer, e para lá irem as entidades oficiais, para que os pilotos possam levar os seus patrocinadores, tem de ser feito no Casino do Estoril, como foi durante muito tempo e interrompeu-se porque não se podia, mas tem de se voltar. Já se fez a Gala de 2021, que se realizou em 2022, no Casino e também vamos realizar a Gala referente em 2022 no mesmo local porque achamos que é uma forma de dignificar o nosso desporto”.
As boas relações institucionais vão ajudando
“As relações institucionais com as entidades oficiais são boas. Eram excelentes com o João Paulo Rebelo e não vejo razão para não ser excelente com o atual Secretário de Estado. Aliás, quando tomou posse e me pôde receber, fui apresentar-me e o que era a nossa federação em linhas gerais e o que pretendemos ou gostaríamos de ver contemplado por parte do Estado para ajudar a federação. Nós não somos uma federação subsídio-dependente, portanto o valor dos apoios recebidos face às nossas atividades regulares anda pela casa dos 3% da faturação, ou seja, é um dinheiro muito bem-vindo, mas não é fundamental e não é com isso que planeia o que se faz, porque não tem significado em termos de atividades regulares. Gostaria muito de ver esse apoio aumentado, porque conheço o apoio que as outras federações recebem, aliás, está publicado em Diário da República, e acho uma enorme injustiça o pouquíssimo dinheiro que recebemos. Felizmente que o IPDJ, tirando as atividades regulares, tem apoiado projetos que temos proposto.
Sobretudo o WTCR em Vila Real, a Baja de Portalegre, o European Le Mans Series, a Rampa da Falperra e o Ralicross de Montalegre – de salutar o apoio do Estado naquela região à promoção do desporto automóvel – foram apoiados pelo IPDJ. Claro que nos candidatamos com muitas mais provas do que estas, mas é o IPDJ que as escolhe. Este ano enviamos as candidaturas e são cerca de 20 provas para as quais pedimos apoio, porque achamos que são importantes para o país e estratégicas, que trazem retorno e visibilidade ao país e à nossa economia, mas isso depende do IPDJ e de quem está acima, que tem de decidir quais os projetos que são contemplados. A propósito disso, pedi uma nova reunião ao senhor Secretário de Estado que me vai receber no dia 28 de dezembro, onde o Presidente da Federação de Motociclismo de Portugal também se faz acompanhar.
Tenho muita fé que venha a ter a mesma relação com este Secretário de Estado como tive com o anterior. Não vejo nenhuma razão para que isso não aconteça”.
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O balanço foi positivio somente para a FPAK porque segundo ele conseguiram atingir os seus objectivos que era unica e simplesmente alienar os Açores do panorama de rallies de Portugal e da Europa. Ni Amorim tinha este mandato entre mãos e conseguio cumprir demonstrando o seu total desagrado para com os Açores e os Açorianos. UMA AUTENTICA VERGONHA.