Entrevista a António Félix da Costa: Dois títulos, dois novos desafios
Fábio Mendes e José Luís Abreu
FOTOS José Bispo/JB Photo e Oficiais Porsche
António Félix da Costa venceu o título mundial de LMP2 no WEC de 2022. A competição mais intensa e renhida do mundo do endurance sorriu ao piloto português. Do lado da Fórmula E, a Geração 3 aproxima-se a passos largos e o piloto luso já deu os primeiros passos com a Porsche.
andar sempre sorridente é imagem de marca de António Félix da Costa, mas a passada semana teve dois momentos que elevaram ao extremo a sua alegria. A meio da semana a Porsche apresentou oficialmente o seu novo monolugar de Fórmula E, a terceira geração da competição e dias depois, no Bahrein, assegurou o título de LMP2 do Mundial de Endurance.
Mais um grande ano para António Félix da Costa. Ser Campeão de LMP2 no Mundial de Endurance e tornar-se piloto oficial da Porsche na Fórmula E é um sonho tornado realidade para o português de 30 anos. Ainda por cima, há também perspetivas de o vermos num futuro próximo aos comandos de um Porsche no Mundial de Endurance. Vamos ver o que trará o futuro, para já é tempo de saborear o merecido título, descansar um pouco e depois meter mãos ao trabalho para mais uma época que se antevê estimulante.
No WEC, o trio do #38 da JOTA mostrou ao longo do ano ser dos mais fortes candidatos ao ceptro, mas como bem sabemos, no WEC a competição é muito equilibrada e todos os pormenores contam. O trabalho de bastidores foi intenso, num ano que marcava o fim de um ciclo.
O título veio na hora certa, para se fecharem alguns capítulos e Félix da Costa não esconde o sentimento de felicidade e de orgulho pela conquista: “A sensação de ter conquistado o título mundial continua a ser ótima. Com a idade e com a experiência, começo a dar mais valores a estes momentos.
Mas aprendi também a desfrutar os dias antes. A tensão que se vivia, pois nós todos queríamos muito isto. Já eram alguns anos a ficar em segundo, no ano que o Filipe [Albuquerque] ganhou, no ano passado também. Fiz sempre questão de não mudar de equipa e não mudar de colegas de equipa, sempre a pensar neste objetivo final.
Mas a sensação é excelente, mais ainda porque seria o último ano do Roberto [González] a correr e sabia que esta oportunidade assim, não se voltaria a repetir.
Concretizar tudo, Le Mans, o campeonato, tudo no mesmo ano, quando tinha mesmo de ser, com essa pressão extra, é uma sensação incrível.”
Foram dois segundos lugares, pelo que o sucesso nunca esteve longe. Mas este ano, deu-se um clique que permitiu chegar ao topo.
Félix da Costa falou das mudanças, mas recordou quem esteve no passado e foi importante na conquista: “Acho que acima de tudo tem havido mais igualdade nesta categoria. Obviamente há uma guerra grande dos pilotos ´silver´.
O Roberto acaba por ser um homem que vai para o escritório de segunda a sexta, trabalha e não tem o mesmo tempo para treinar, pois tem outras preocupações na vida e corremos contra alguns pilotos ´silver´, miúdos que vêm da F3 ou dos LMP3, que aspiram ser pilotos profissionais e por isso se dedicam a 100%.
Isso torna a tarefa complicada, mas soubemos trabalhar à volta desse problema. Outro pormenor é que agora os pneus são iguais para todos, o ano passado já era e já aí ficamos muito perto dos objetivos.
No ano passado o problema técnico que tivemos retirou-nos da luta pela vitória em Le Mans que nos poderia ter dado o título. Era muita bagagem acumulada e a sensação de finalmente conseguir foi inacreditável. Não foi por não ser o Anthony Davidson que vencemos o título. O Anthony tinha todas as condições para fazer o que fizemos este ano.
Fiz questão de dizer no discurso final para a equipa, e o Anthony estava lá, foi dizer que ele era também muito responsável pelos resultados deste ano, por ter afinado connosco.
O Will foi uma transição muito fácil, pois já tinha corrido na JOTA, conhecia bem os engenheiros, eu também já o conheço e fomos colegas de equipa no passado. Queríamos que fosse uma mudança fácil e quase transparente e foi o que conseguimos com o Will. Ele tem um grande espírito de endurance, é picuinhas na afinação do carro, mas não é egoísta e era alguém assim que nós precisávamos, tal como o Anthony era e foi uma adição muito fácil.
Acho que ganhamos Le Mans muito por culpa dele, pois à uma e meia da manhã sentou-se com os engenheiros a seguir ao treino livre da noite e não saiu de lá enquanto não colocasse o carro como ele achava que devia estar e, na verdade, a ideia final da afinação foi dele e o carro estava inacreditável de guiar.
São estas pequenas coisas que às vezes não passam para fora, mas cada um tem a sua responsabilidade nos resultados.”
Félix da Costa adaptou-se bem desde início, mas demorou algum tempo até chegar ao nível que pretendia. Foi esse tempo e essa estabilidade que o ajudaram a ser agora um dos melhores do endurance: “Algo que certas equipas não entendem é que é necessário tempo para que as coisas aconteçam, principalmente a este nível. Quando eu entro nos LMP2, vou contra especialistas deste tipo de carros como o Will, o Filipe, que só correm em protótipos. Não é fácil e há pessoas que esperam que sejamos competitivos logo de início, mesmo caindo de paraquedas num mundo diferente. Estes três ou quatro anos permitiram que eu crescesse. O Roberto apostou em mim, acreditou no meu potencial, pois não nos conhecíamos bem quando começamos a trabalhar juntos e eu dou muito valor a essa confiança que ele depositou em mim. Sempre fui muito aberto e admiti que precisava de tempo.
Não era lento, mas não era também o mais rápido e para ser o mais rápido demora tempo, principalmente a fazer dois campeonatos diferentes. Tive um grande apoio da JOTA com pequenos pormenores como, às vezes, um conjunto de pneus novos aqui ou mais apoio ali, para me tornar agora num dos mais rápidos e completos da categoria. Mas isso demora tempo e precisas de ter a equipa ao teu lado como foi o caso do Roberto e da JOTA.”
Félix da Costa ainda é um jovem, com muitos anos de corridas pela frente e o seu objetivo é continuar a conquistar sucessos e bater recordes: “O objetivo passa por bater recordes e adicionar corridas grandes ao meu currículo. Mais campeonatos, mais vitórias. Daytona não faz parte dos planos no imediato, mas era uma corrida que eu adorava ganhar e agora no WEC, as portas começaram-se a abrir no final do ano passado para propostas com os Hypercars, que foram bastantes. Não podia falar antes, mas agora com a Porsche, muitas caíram, pois não são compatíveis. Mas outras portas se abriram.
A minha intenção é ficar no WEC, subir à categoria principal, se for com a JOTA e com a Porsche melhor ainda. Estamos a acabar de alinhavar alguns pormenores. Não é fácil fechar estes contratos, há quem queira e quem não queira, por estranho que pareça. Mas é mesmo assim.
Estamos a tentar alinhar tudo para finalizar o contrato e espero que aconteça, pois competir à geral no WEC e na Fórmula E é excelente e o objetivo é ser campeão nos dois no mesmo ano.”
Desafiado a falar de um dos momentos mais marcantes, a noite de Le Mans foi a escolhida por Félix da Costa. Foi na noite de Le Mans que a vitória do #38 passou a ser uma forte possibilidade: “Um dos momentos mais importantes do ano tem de ser Le Mans.
Aqueles stints às quatro da manhã, são uma selva. A sobrevivência e, ao mesmo tempo, manter a velocidade. Mas eram três da manhã e apareceu-me um LMP2 na frente e estava a ganhar-lhe tempo, mas sabia que eu era o líder.
Passado pouco tempo disseram-me na rádio que era o [Robert] Kubica, da Prema. Perguntei em que lugar eles estavam e responderam-me que eram os segundos classificados. E às três e meia da manhã estou a dar uma volta de avanço ao Kubica, o segundo classificado, e foi aí que eu pensei ´agora não podemos perder isto´.
Depois de o passar perguntei se devíamos poupar um pouco mais o carro, pisando menos corretores, ou poupar o motor. A resposta que tive do outro lado foi ´sempre a fundo, a dar o máximo´.
Adorei a resposta da minha equipa e a confiança com que preparam os carros.
Andamos sempre a fundo até ao final e ainda bem, pois tivemos algum azar com umas amarelas e eles acabaram por regressar à volta do líder, mas nunca chegaram a ameaçar o nosso lugar.”
O que é mais difícil e, em simultâneo, mais saboroso de conquistar? Um título da Formula E ou no WEC? Uma pergunta difícil, mas que Félix da Costa respondeu honestamente: “São mesmo sensações diferentes. No WEC dependes de outros pilotos para conseguires ter sucesso e isso tem coisas boas e más. A camaradagem é inacreditável, não sentes em mais lado nenhum. Na Fórmula E, é mesmo muito trabalhoso. É uma competitividade altíssima. É um sentimento um bocadinho maior na Fórmula E, mas acima de tudo muito diferente.”
Félix da Costa está já no topo há alguns anos, mas vai cimentando o seu lugar. O respeito que conquistou por parte da comunidade mundial do automobilismo é evidente, mas há ainda muito pela frente: “Não podia pedir mais, consegui alcançar dois objetivos enormes nos últimos anos, com a Fórmula E e agora com o WEC e a entrada na Porsche. No outro dia, quando fui à F1, todos os pilotos vieram falar comigo com respeito. Não alcançamos o sonho final, mas faço o que mais gosto na vida a competir pela melhor marca do mundo e ainda há muito por conquistar. O livro está aberto, os objetivos estão traçados.”
A Fórmula E é outro capítulo da rica história do piloto e este ano é com a Porsche, que apresentou o 99X Electric Gen3 em Itália, monolugar que é a chave da porta de entrada de uma nova era da Fórmula E. Na conversa que com ele tivemos dias antes de se sagrar Campeão de LMP2, quisemos saber se foi ele que procurou a Porsche ou a Porsche que o procurou a ele: “Fui eu que procurei a Porsche. A história remonta há uns anos quando a Porsche anuncia que vai entrar na Fórmula E, no final da época 4. Nós fomos atrás, na altura era piloto de fábrica da BMW e não sei se foi uma desculpa do lado deles ou não mas eles disseram que não queriam pilotos doutra marca alemã, que existia uma espécie de ‘gentleman agreement’, mas também disseram para manter a relação aberta e tudo mais. E assim foi, sempre mantivemos uma relação e um diálogo aberto estes anos todos, fui para a DS Techeetah, mas fomos mantendo o diálogo em aberto com a Porsche, até que chegou uma altura em que tudo se alinhou. Eles queriam uma mudança, o meu contrato na DS expirou e aqui estamos nós…”, disse Félix da Costa que vê também na ida para a Porsche uma caminho para chegar ainda mais longe no Endurance: “Muita gente me tem feito essa pergunta, mas eu acho que não, diretamente. Sempre foi um objetivo meu fazer parte desta nova era dos LMDh e dos HyperCar, oficialmente ainda não temos nada anunciado mas a verdade e´que nunca escondi que tendo feito estes últimos quatro anos com a Jota, e sabendo que a Jota se vai alinhar com a Porsche para ser uma das equipas com um dos carros-cliente da Porsche, obviamente que esa subida faz todo o sentido mas a verdade é que ainda não temos nada 100% fechado, estamos à espera de alguns calendários, serem totalmente finalizados, a prioridade vai ter que ser a Fórmula E, toda a gente envolvida nas discussões entende isso, é o que vai acontecer até porque não estou sozinho neste comboio, há vários pilotos da Fórmula E que querem fazer o WEC, por isso eu acredito que vai haver uma boa fé de toda a gente entre a FIA, a Fórmula E e o WEC, para que não haja datas a coincidir e se assim for eu acredito que tudo possa correr bem e que eu possa estar envolvido, mas dito isto, eu esotu a fazer o WEC desde 2018, cinco anos a fazer este campeonato, e acredito que me tornei num bom piloto de endurance, e não queria deixar isso fugir agora que temos hipótese de ir para a categoria rainha, ainda por cima o endurance vai entrar numa época espetacular, por isso o objetivo é lá estar.
Este ano vai haver uma mudança grande na Fórmula E, a Geração 3 e por isso perguntámos-lhe quais são as principais diferenças entre a GEN2 e esta nova GEN3? “Muita coisa. Obviamente o carro é totalmente diferente por fora, mas além disso, muda muita coisa por baixo do capot, se podemos assim dizer. Temos um novo motor à frente, no eixo dianteiro, que não serve para descarregar energia, mas só para carregar energia, ou seja, não há potência a sair do eixo da frente, só potência a ser recuperada, antes isso só acontecia no eixo traseiro agora temos no dois eixos e com mais potência, ou seja este tornou-se no carro mais eficiente do mundo. 30% da bateria vai ser regenerada durante a corrida.
Por outro lado traz uma série de complicações para se afinar, quando carregamos no pedal do travão toda a desaceleração vem de uma forma eletrónica, por isso isto é tudo uma grande confusão para se afinar tudo, o eixo da frente com o eixo de trás a repartição de travagem, há um série de software que tem de ser programado por trás deste novo regulamento, isto falando só de travagem, pois obviamente temos muito mais potência este ano, temos agora 350 KW de potência face aos 250 Kw do ano passado, o que já torna este Fórmula E verdadeiramente rápido, ficou mais leve, mais curto, mais ágil, mais rápido, é um avanço enorme, de um carro para o outro uma diferença mesmo muito grande”, disse. Mas será que isso vai significar melhores corridas? Será que temos corridas ainda mais divertidas a caminho? “Ainda não sabemos bem, essa é a verdade, temos feito uns ensaios mas completamente sozinhos, eu acredito que da mesma maneira que a aparência do carro vai influenciar as corridas, é um carro que a olho nú parece ter mais drag, ou seja isto pode fazer com que se tu andares muito tempo atrás de outro piloto, te possa tornar mais eficiente, quase um género de uma Volta à França quando os ciclistas vão atrás uns dos outros, pode começar-se a ver alguma estratégia de andar atrás de alguém na tentativa de recuperar alguma energia, e depois atacar, ou seja, acho que vai haver uma série de diferenças que vamos ter que ir descobrindo, corrida a corrida é é aí que as equipas boas vão fazer a diferença. Quem entender estas novas facetas mais cedo vai dar um passo à frente enorme…” explicou Félix da Costa, que está também convencido que a complexidade, que já era grande, agora ainda é maior: “Eu acho que sim, estamos todos num nível altíssimo de sabedoria com este campeonato, e quando se parte de uma folha branca com um carro novo vamos ver realmente os engenheiros a deitarem fumo das orelhas e a quererem entender o mais rápido possível as coisas. Temos que ter essa vantagem de performance, face às outras equipas.”
Novo ano, nova equipa, novo companheiro de equipa. Depois de algum tempo de convivência com Pascal Wehrlein, perguntámos a Félix da Costa como têm sido as coisas com o seu novo colega de equipa? “Tem sido muito boa, melhor do que eu estava à espera, o Pascal é uma pessoa calada, reservada e eu tenho vindo a conseguir desbloquear um bocadinho o Pascal.
Se falarmos em 10 níveis, já vou para aí no quarto, tem sido uma evolução boa e rápida, eu acho que ele está um bocadinho traumatizado com ex-colegas de equipa, e anteriores experiência que teve em equipas, eu expliquei-lhe desde o dia 1 que não estou aqui para o pisar ou passar por cima dele, acredito que se trabalharmos juntos, principalmente nesta fase inicial, vai ser benéfico para os dois, obviamente eu quero ganhar ele quer ganhar, mas se fizermos isto com respeito e educação, eu acho que não há mal nenhum eu fui o primeiro a dizer-lhe, se ele ficar 10 vezes seguidas à minha frente eu sou o primeiro a dar-lhe os parabéns, porque ele está a fazer um trabalho melhor do que o meu. Fui bastante claro desde o dia que aqui cheguei, já consigo metê-lo a rir e a mandar umas piadas, o que há uma mês atrás não acontecia, e acredito que esta relação possa melhorar ainda mais quando começarmos a ganhar corridas juntos.”
Neste momento o foco é o desenvolvimento do carro, e por isso perguntámos como vai o processo: “Tem havido coisas boas e coisas más. Sabem que eu sou um grande apologista de acontecerem coisas más em fases de desenvolvimento. Acredito que ter fases de desenvolvimento em que não tenhas peças a partir, a falhar, ou problemas de software, seja o que for, fico sempre um bocado desconfiado, pois é possível que as coisa más apareçam depois, por isso nós usamos muito uma coisa que trouxe da DS que é forçar o carro a partir, por o carro mesmo sob um esforço grande para que esses problemas venham ao cimo o mais rapidamente possível, e que possam ser resolvidos e ultrapassados também o mais rapidamente possível.”
Por outro lado, novo carro, nova era, um monolugar diferente, e Félix da Costa fala das sensações que tem tido: “É muito diferente. É mais divertido, tem muita potência, mas também temos pneus diferentes, Hankook face aos Michelin do ano passado, e é uma filosofia de pilotagem totalmente diferente. Tens que te focar muito mais em linhas retas, não no apoio lateral, este pneus não te dá tanta abertura a isso, por isso a forma de alcançar o melhor tempo por volta é totalmente diferente, e isso tem sido um desafio engraçado porque isso já não é a minha forma natural de ir à procura do tempo, por isso tem sido um desafio engraçado, mas ao mesmo tempo os dias de testes não são para mim, são completamente para o carro, coisas a ser afinadas, descobertas.
Eu também ainda não tive a liberdade de andar à procura da melhor maneira de guiar este carro, e por isso acho que agora quando tiver o meu carro, o carro do António, com o meu banco, com tudo, em Valência, três dias, procurar um bocadinho mais essa liberdade de eu próprio trabalhar com os engenheiros e na melhor forma de ser rápido com este carro…”
Mas Félix da Costa sabe que vai ter desafios pela frente com o novo carro: “Muito do que falámos até aqui e mais pois estamos à espera de muito mais coisas que ainda não sabemos que vai haver e vamos ter que estar de olhos muito abertos, entender quando estiverem todos juntos em pista a correr uns contra os outros, como são as coisas, o que nos dá vantagem ou não, quase são realmente as áreas que temos que desenvolver mais e gastar mais tempo para melhorar, mas toda a gestão de energia vai ser feita de forma diferente, continua presente na Fórmula E, mas feita de forma diferente, quanto à degradação de pneus, não sabemos ainda qual o nível, que vai ser, por isso uma série de fatores que vamos ter que ir descobrindo à medida que vamos andando”, disse Félix da Costa que explicou ainda que os recentes problemas que as diversas equipas de Fórmula E tiveram com as baterias estão resolvidos: “As baterias deram alguns problemas no início mas a Williams, já entregou uma segunda versão das baterias que até agora não têm dado problemas, mas esperemos que isso não seja um tema, neste momento isso está bem melhor…”
Agora resta esperar que a JOTA e a Porsche se entendam, numa primeira análise, como já referiu: “As ideias da equipa e também minhas são a de estarmos juntos para o ano. Eu dava um tiro no pé se a JOTA e a Porsche unissem forças e eu não estivesse presente, os meus chefes aqui na Porsche sabem que esse é o meu desejo, a Jota sabe-o também, eles partilham da mesma intenção, de me terem lá, por isso acredito que tudo possa vir a alinhar-se. Não sou o único piloto de Fórmula E, somos sete ou oito pilotos que queremos fazer os dois campeonatos, por isso espero que se possa alinhar e se possa anunciar em breve.”
Agora resta esperar pelo desfecho destas questões certos que as épocas de Fórmula E e WEC em 2023 sejam exatamente, ou ainda mais, o que se espera delas…