WRC: que ralis até ao fim do ano’?
É muito bom para o WRC que a Hyundai tenha virado a narrativa da primeira metade do ano, completamente do avesso, e agora já temos a certeza que pode lutar com armas iguais com a Toyota, e se os pilotos da Ford produzirem, também se podem juntar à luta.
Três vitórias seguidas não acontecem por acaso e sendo verdade que os triunfos da Finlândia e da Bélgica foram acompanhados com muitas queixas dos pilotos pelo meio, neste rali, na Grécia isso já não existiu.
Foi mesmo a Hyundai mais dominante de sempre, ainda que nesse particular tenham apanhado com a Toyota mais fraca dos últimos tempos. Mas isso deve ser um ‘one off’.
Neste rali, pela primeira vez não se ouviu os pilotos mostrarem-se desconfortáveis com o carro e por isso, ‘chapeau’ Hyundai MotorSport, porque os últimos meses não devem ter sido nada fáceis.
Até aqui, não nos recordamos que Christian Louriaux tenha feito um mau carro, mas também sabíamos que milagres nunca fez e com a falta de tempo decorrente da decisão tardia da Hyundai em decidir continuar no WRC, a troca de projeto e os ‘azares’ nos testes em que se destruiu um chassis, tudo contribuiu para que no Rali de Monte Carlo faltasse quase tudo, o que já não sucede agora.
Primeiro trataram da fiabilidade, agora vão atrás da performance.
A Toyota fez ao contrário. Na primeira parte da época privilegiaram a fiabilidade, e foram vencendo ralis, tendo por isso os dois campeonatos muito bem encaminhados.
Agora é só esperar que as equipes sigam para 2023 com todos os problemas resolvidos de modo a podermos ter um WRC50 bem mais equilibrado. Era bom que a Ford conseguisse um piloto de ponta que se conseguisse intrometer na luta entre a Toyota e a Hyundai. Os 50 anos do WRC seriam um ano fantástico. Vamos ver…