Penafiel Racing Fest: Marco Oliveira dominou o Rally Taça Joaquim Santos

Por a 10 Julho 2022 17:52

Texto: Joaquim Amândio Santos

Fotos: Carlos Nemeth/Rui Santos

Aos comandos de um VW Polo GTI R5 o piloto navegado por Ricardo Sousa impôs-se em três das quatro passagens pela Penafiel Street Stage que, depois da anulação das classificativas que seriam disputadas em zona rural, se transformou no palco competitivo de um rali que atraiu milhares de espetadores ao centro urbano de Penafiel.

A vaga de calor intenso e o risco extremo de incêndio que provocaram a saída de um despacho do governo que limitou de forma vincada a circulação em zonas rurais e de floresta, forçou a organização a encurtar significativamente o percurso competitivo da 4ª edição do Rally Taça Joaquim Santos, sendo célere a propor uma quádrupla passagem pela Super Especial traçada dentro da cidade de Penafiel, esquema que agradou às equipas, que não arredaram pé do evento e colocaram na partida 45 carros, naquela que é a competição cartaz de um dos festivais motorizados mais ecléticos e que, ano após ano, cimenta a sua posição nacional e internacional.

Pela frente, tiveram uma Street Stage integralmente percorrida em piso de paralelo, escorregadio e abrasivo para os pneus, recheado de dificuldades, com curvas rápidas e outras muito técnicas, para além de dois saltos e um “donut”, que transformavam o percurso num osso duro de roer.

E o desafio foi fazendo as suas ‘vítimas’ entre o pelotão começando logo pelo detentor da Taça Joaquim Santos. Vítor Ribeiro, navegado por Luís Ramalho, no habitual Citroen DS3 R5, perdeu muito tempo a negociar o único “donut” de 360º do traçado logo na primeira passagem e ficou praticamente fora da luta pela vitória, vindo mesmo a abandonar após o fecho da 1ª etapa, disputada durante a noite de sexta-feira.

Quem demonstrou a sua supremacia logo desde o início viria a ser a dupla constituída por Marco Oliveira e Ricardo Sousa.

O piloto de Marco de Canavezes alugou um VW Polo GTI R5 e rubricou o melhor tempo das duas primeira passagens pela Penafiel Street Stage, terminando a jornada de sexta-feira na liderança, com 2,3 segundos sobre a endiabrada dupla penafidelense formada por João Vinha e Pedro Moura, num Mitsubishi Lancer EVO VI, enquanto Jorge Santos e Alexandre Rodrigues colocavam o seu Skoda Fabia S2000 no terceiro posto, a 3,9 segundos dos comandantes.

No segundo dia de competição, os lugares do pódio sofreram grandes mudanças, com a exceção do trono reservada à liderança.

Jorge Santos venceu a terceira passagem pela Penafiel Street Stage, ascendendo ao segundo lugar da geral, a 3,6 segundos de Marco Oliveira, que fez o 2º tempo nesta PEC, enquanto João Vinha dava um toque no pneu industrial que marcava a zona do “donut” e, embora tenha concluído a especial, foi forçado a desistir já na zona de assistência, quando, apesar do percalço, ainda estava no 3º posto da geral.

No derradeiro embate contra o cronómetro, Marco Oliveira voltou a impor o Polo GTI R5, vencendo a especial e concluindo o rali com 4,7 segundos sobre Jorge Santos, vencendo à geral e na Classe 4WD.

“Estamos muito felizes com esta vitória, principalmente por isso significar que inscrevemos o nosso nome na Taça com nome eo Joaquim Santos, que foi sempre um dos meus ídolos nos ralis”, afirmou o piloto vencedor após a cerimónia do pódio, destacando ainda que “embora curta, esta foi uma boa primeira experiência com um carro com este potencial e deixou-nos vontade de participar a curto prazo num rali e, que sabe, estudar a possibilidade de, em 2023, fazer pelo menos uma mini época”, sendo possível que a dupla possa vir a participar com o VW Polo GTI ou no Rali de Mesão frio ou no Rali Vidreiro.

Neste regresso pontual, Jorge Santos voltou a demonstrar toda a rapidez que lhe é reconhecida e foi premiado com o 2º posto na geral e na Classe 4WD, contribuindo ainda para que a enorme multidão que seguiu o Rally Taça Joaquim Santos matasse saudades do “rugido” inconfundível do Skoda Fabia S2000.

O último lugar do pódio foi disputado taco-a-taco por vários pilotos, fazendo Ernesto Cunha e Rui Raimundo fazer valer o estatuto de líderes do Campeonato de Portugal de Ralis Duas Rodas Motrizes, já no cair do pano, chegando ao 3º posto absoluto na última especial, a12,9 dos vencedores, depois de uma prova em que foram aumentando de ritmo com o Peugeot 208 Rally4 da The Racing Factory, vencendo a Classe 2FW, destinada obviamente aos duas rodas motrizes de tração dianteira, competição em que o pódio foi integralmente preenchido com equipas do CPR.

Rafael Cardeira e Luís Boiça colocaram o Renault Clio 4RS do Sporting Clube de Portugal no 2º lugar, com Paulo Roque e Luís Ramalho a levarem o seu Peugeot 208 Rally4 ao 3º posto.

O Rali Taça Joaquim Santos possuía no seu regulamento particular uma classe destinada aos tração traseira, a 2RW, que consagrou o BMW 316 de Luís Moreira e Luís Manuel Moreira, na frente do Porsche 991 GT3 Cup de Vítor Pascoal e Martim Azevedo e do Opel Kadett C de Rui Fonseca e Leandro Silva.

Daniel Pacheco e Daniel Pereira fecharam o pódio da 4WD, logrando ainda levar o seu Mitsubishi Lancer Evo ao 4º posto da geral.

24 equipas conseguiram terminar a prova, cuja festa final na Fun Zone do evento se transformou num exemplo daquilo que deve ser uma festa rija de fecho de um evento motorizado, carregada de animação musical e gastronómica que entrou madrugada adentro.

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