F1, Lewis Hamilton: “é preciso atuar e não dar plataforma a estas vozes antigas”
Na sequência de toda a polémica relativa ao ressurgimento das declarações de Nelson Piquet em novembro passado, Lewis Hamilton é de opinião que a Fórmula 1 deve ignorar as “velhas vozes” e rejeitar por completo o racismo, concentrando-se na inclusão. do lado dos seus colegas pilotos, houve naturalmente muito apoio, mas também quem entenda que não faz sentido crucificar Nelson Piquet por um erro: “Estou incrivelmente grato a todos aqueles que têm apoiado o desporto, particularmente os pilotos. Passaram dois anos desde que nós, muitos de nós, nos ajoelhamos na primeira corrida na Áustria, em 2020.
E, claro, ainda nos confrontamos com os desafios. Há muito, muito tempo que estou no fim da linha do racismo e das críticas, e dessa negatividade de narrativas arcaicas e os subtons da discriminação.
Portanto, não há nada de realmente novo para mim. Penso que é mais sobre o panorama geral.
Sinceramente, não sei porque continuamos a dar uma plataforma a estas vozes mais antigas.
Porque estão a falar do nosso desporto, e estamos a procurar ir para um lugar completamente diferente e não é representativo, penso eu, de quem somos agora como desporto e para onde estamos a planear ir?
Se pretendemos crescer nos EUA e noutros países, África do Sul, e fazer crescer o nosso público, precisamos de olhar para o futuro e dar aos jovens, mais jovens, uma plataforma mais representativa dos tempos de hoje, e para quem estamos a tentar ser e para a direcção que estamos a tomar.
Portanto, não se trata apenas de um indivíduo. Não se trata apenas de uma utilização desse termo.
Trata-se de um quadro mais amplo” começou por dizer Hamilton, que entende que quando sucede, não devia ser suficiente a reação pré-programada que existe hoje em dia: “quando algo assim acontece, provavelmente já têm uma reação-tipo. Já têm um guião pronto para algo assim, gestão de crises. Não acho que seja suficiente. Agora deve tratar-se de ação real.
Temos de começar realmente a agir e, como disse, não devíamos estar a dar a estas pessoas uma plataforma. Estas velhas vozes são… quer subconscientemente ou conscientemente não concordam que pessoas como eu, por exemplo, deveriam estar num desporto como este, não concordam que as mulheres deveriam estar aqui.
A discriminação não é algo que devamos projetar e promover e dar uma plataforma para criar e dividir as pessoas…
Estamos a viver numa época tão difícil no mundo, precisamos que as pessoas se unam. Somos todos iguais.
E não ajuda, os comentários que estamos a ver dessas pessoas. Nas últimas semanas, penso que não passou um dia em que não tenha havido alguém de alguns dos mais velhos [pessoas] que não tenham estado realmente no nosso desporto ou que não sejam relevantes no nosso desporto durante décadas, tentando dizer coisas negativas e tentando deitar-me abaixo, mas continuo aqui, continuo forte e estou concentrado no meu trabalho, e realmente a tentar insistir na diversidade, na inclusão dentro da nossa organização.
Precisamos realmente que a F1 e todas as equipas que se comprometeram a assinar esta carta de F1 que eu fiz com a Comissão Hamilton, para trabalhar e também para colocar fundos para D&I.
Não basta apenas dizer que também estamos concentrados nela e apenas dizer que estamos a falar.
Precisamos realmente de insistir na ação e é por isso que estou orgulhoso do primeiro passo que demos com o Ignite e isso não é o fim, é apenas o começo. Tenho a Missão 44 em marcha.
Tenho lá uma equipa inteira de pessoas para se concentrarem realmente nela. Tenho o meu próprio dinheiro nisso e estou a tentar angariar dinheiro também para tentar realmente empurrar isto para a frente…
Tenho parcerias com a Sky. Há muito trabalho fantástico que está a acontecer, mas precisamos de mais e não o posso fazer sozinho.”
Completa falta de assunto. Um dos grandes cantores das escolas de samba no Brasil é o Neguinho da Beija Flor. Pelé, o grande Pelé, era chamado de Negão pelos seus colegas. Uma entrevista antiga do Piquet, sem a menor repercussão à época, certamente mal traduzida, talvez Google Translate, agora vira caso de “racismo”. Luis Hamilton, agora cidadão honorário do Brasil, deveria começar a aprender o nosso idioma, aprender as gírias, expressões locais etc etc e assim veria que nada há de racismo nas falas de Piquet. Em tempo: Piquet e Murray já teriam resolvido os problemas de porpoising da Mercedes… Ler mais »