Qual é a solução para os ralis em Portugal?
Na passada semana entrevistámos Ni Amorim, Presidente da FPAK, a quem perguntámos que feedback tem tido quer dos pilotos do Start, quer do Promo relativamente ao que tem vindo a acontecer, depois das muitas críticas de um conjunto de pilotos das duas competições especialmente dos Promo.
Ni Amorim disse que: “os pilotos do Promo tomaram uma posição no início do ano, uniram-se. Vamos ter que perceber que os pilotos do Promo, antigos regionais, há muitos anos que não estão de acordo a andar atrás dos nacionais.
Há muitos anos que não estão de acordo em receber os prémios no domingo às oito da noite, estão fartos de passar pelos troços depois de passarem os concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis, porque já não têm condições.
Isto é uma coisa muito antiga, e agora houve um ‘click’ e o ‘click’ foi ter-se mudado o nome e o copo transbordou.
Viria na mesma, era inevitável, eu participei nas reuniões e sei o que ouvi” começou por explicar o Presidente da FPAK, que é de opinião que “nem o CPR pode viver sozinho nem o Campeonato Promo pode viver sozinho.
Portanto o que nós vamos ter que fazer é sentarmo-nos com os clubes e com os pilotos do Promo e do CPR, deixarmos de cada um olhar só para os seus interesses pessoais, cedermos um bocadinho de um lado e doutro e encontrarmos uma solução para 2023.
Se essa solução puder ser encontrada em consenso e em diálogo, não fazem ideia o contente que fico. Se não puder ser encontrada essa solução concertada, entre todas as partes, é evidente que a FPAK tem que tomar uma decisão e criar o campeonato que entender, é o que for possível. Penso que vamos encontrar uma solução, quando as pessoas estão de boa fé, a tentar fazer o seu melhor, o trabalho positivo acaba sempre por vir ao cimo”, disse.
Entretanto, o AutoSport sabe que a ACOR vai apresentar à FPAK a sua visão de um modelo para os ralis em Portugal. A Associação dos Clubes Organizadores de Ralis reuniu com a APPA, NPC, Núcleo de Pilotos e Co-Pilotos, ouviu quem quis ouvir, e agora dali as sugestões seguem para a FPAK, que por outro lado vai ouvir outros ‘players’, e no fim decide o que fazer.
Certo é que algo vai acontecer, sendo necessário arranjar uma fórmula para tudo isto resultar.
Há quem defenda a fórmula do campeonato francês, por exemplo, em que corre toda a gente que tem um carro para correr e há quem defenda precisamente o contrário, que tudo deve única e exclusivamente basear-se nos atuais veículos da Pirâmide FIA dos Ralis.
São visões distintas, barricadas opostas, e no meio disso tudo uma modalidade que é única.
Qual é a solução para os ralis em Portugal é a pergunta que vale 1 milhão. Ou se calhar muito mais…