WRC, Rali Safari by Dakar: Crash! Boom! Kedong!

Os pilotos do WRC gostam de uma ‘aventura’ diferente como é o Rali Safari, mas quando lá estão e deparam com a realidade, torcem um pouco mais o nariz, mas a verdade é que nem os melhores pilotos do mundo gostam de lidar com tudo o que sejam exageros. E isso parece ter sucedido no Rali Safari com a especial de Kedong, a PE4 e PE7.

Neste caso, tivemos pilotos a dizer que não estavam confortáveis com a segunda passagem pelo troço, depois do que sofreram na primeira. Takamoto Katsuta é um exemplo: “Nunca senti isto, não quero guiar nesse troço!” Um troço para simplesmente sobreviver.

É verdade que depois do que se viu em Kedong 1, sabia-se que eram compostos por 20 Km de muita rocha à superfície e depois mais 10 de fesh-fesh, e areia funda.

Só vendo os vídeos se percebe melhor. Eram camadas mesmo muito espessas de areia.

A ‘carnificina’ foi tão grande que nas duas passagens pelo troço, só um piloto manteve a mesma posição que tinha à entrada: Takamoto Katsuta da PE6 para a PE7. De resto todos subiram ou desceram.

Por exemplo, no final do dia, o líder do campeonato, Kalle Rovanperä subiu cinco lugares na primeira passagem e mais três na segunda. E passou a liderar o rali!

Foi um filme louco! Thierry Neuville perdeu 54,6s com falta de potência, a caixa do filtro de ar soltou-se e a areia entrou.

A Oliver Solberg aconteceu-lhe o mesmo e perdeu ainda mais tempo, Tänak e Sébastien Loeb perderam-se momentaneamente no pó. Gus Greensmith furou e danificou muito a carroçaria, Craig Breen furou na 2ª passagem e depois a direção cedeu.

Sébastien Ogier liderava o rali, mas perdeu dois minutos depois de parar para mudar uma roda depois de um furo. Tinha 10 km de ‘fesh-fesh’ pela frente, era impossível passar em apenas três rodas.

O que os concorrentes sentiram, apesar de gostarem de algo novo e diferente, é que estava a ser demais. A palavra Dakar ouviu-se várias vezes.