24h de Le Mans: A história dos portugueses na edição 90

Por a 11 Junho 2022 10:00

Veja neste artigo a ser atualizado todos os dias, o desempenho dos nossos portugueses em ação nas 24h de Le Mans. Aqui, iremos compilar todos os artigos relativos aos representantes lusos que estão em pista em La Sarthe:

Henrique Chaves dá continuidade ao trabalho de Marco Sorensen e é quarto classificado

O estreante em Le Mans, Henrique Chaves continuou o trabalho de recuperação do seu companheiro de equipa Marco Sorensen e ocupa já o quarto lugar entre a classe GTE-Am. Chaves tem de defender a sua posição do Ferrari #54 da AF Corse, mas está ao mesmo tempo a encurtar terreno para o segundo classificado Paul Dalla Lana no Aston Martin #98 da Nortwest AMR.

Depois de Chaves deverá assumir Ben Keating, o piloto Bronze da tripulação do #33, os comandos do carro, quando a corrida se encaminha para a fase noturna.

Nos LMP2, Filipe Albuquerque impôs um ritmo muito forte mas tem muito terreno para recuperar e embora já tenha subido algumas posições, o atraso na fase inicial da corrida faz com o português ainda esteja classificado no 20º posto.

António Félix da Costa deve regressar aos comandos do Oreca #38 da JOTA durante a noite, mas neste momento é já Roberto Gonzalez.

A Algarve Pro Racing tem o carro #45 na 17ª posição da classe, mas o #47 está muito atrasado depois do problema na volta inicial. Na altura Sophia Flörsch teve de completar uma volta em ritmo muito lento, após um problema na chicane Dunlop, o que colocou o carro muito para trás no pelotão.

Bom início de corrida de António Félix da Costa 

António Félix da Costa realizou um início fantástico das 24 Horas de Le Mans. O andamento do piloto português, juntamente com a estratégia bem planeada da JOTA, permitiram ao Oreca #38 assumir a liderança entre os protótipos LMP2 ainda dentro da primeira hora de corrida. Não será fácil segurar o primeiro posto, até porque se espera uma resposta dos adversários durante a noite, mas quando o piloto português foi substituído por Will Stevens após os primeiros turnos de condução, a vantagem para o carro perseguidor era de mais de 20 segundos. 

Ainda nos LMP2, Filipe Albuquerque já está ao volante do carro #22 mas ainda muito atrasado (25º nos LMP2) devido ao acidente nos primeiros 200 metros de corrida. Um acidente que mereceu críticas por parte de António Félix da Costa a René Rast que foi penalizado logo depois, nas declarações que fez ao Eurosport depois de terminar os seus turnos aos comandos do #38. 

Quem também está ao volante é Henrique Chaves no Aston Martin Vantage AMR #33 da TF Sport, substituindo Marco Sorensen. Estreante em Le Mans, Chaves é atualmente o 4º classificado entre os GTE-Am e pode estar na luta pelo pódio.

António Félix da Costa lidera após a primeira hora

Com Will Owen, companheiro da equipa de Filipe Albuquerque aos comandos do Oreca #22 da United Autosports, aos comandos do protótipo LMP2, a corrida começou da pior forma para a equipa. Owen seguiu em frente para a caixa de gravilha nos primeiros metros da prova francesa, tendo sido “apertado” por dois adversários, um de cada lado, e sofreu alguns danos no LMP2. O carro foi recuperado, mas perdeu pelo menos 3 voltas. Os carros envolvidos no acidente foram o #41 da Realteam by WRT e o #31 da WRT, com René Rast aos comandos. O #31 sofreu uma penalização por ser considerado culpado do incidente na partida da prova.

Também o carro #47 da Algarve Pro Racing, com Sophia Flörsch ao volante, sentiu dificuldades na primeira volta e dirigiu-se muito devagar para a box, perdendo quase 25 minutos da prova. O #41 da Realteam by WRT de Rui Andrade também já parou em resultado do toque com o #22 da United Autosports.

Ainda nos LMP2, António Félix da Costa começou por subir ao segundo posto no arranque, mas baixou para o terceiro lugar pouco depois, atrás do #9 da Prema e do #31 da WRT.

Já nos LMGTE-Pro, o Aston Martin Vantage AMR #33, de Henrique Chaves, arrancou para a corrida com Marco Sorensen ao volante e subiu algumas posições nas voltas iniciais.

Meia hora depois do início da corrida, os primeiros protótipos LMP2 pararam, incluindo Félix da Costa, ficando Fabio Scherer ao volante do #43 da Inter Europol Competition na liderança provisória do pelotão da classe. António Félix da Costa e a JOTA conseguiram ganhar tempo na paragem da box, saindo na frente do carro da Prema. Quando o #43 parou, o piloto português passou a liderar a corrida na classe LMP2. Estando Robert Kubica ao volante do #9 da Prema, Félix da Costa aumentou o ritmo e aumentou a vantagem sobre o adversário polaco, passando em poucas voltas a ter mais de 2 segundos de diferença para o vice líder.

Com as primeiras paragens dos GTE-Am na volta 12, Marco Sorensen fez mais uma volta e subiu várias posições provisoriamente. Continuando ao volante, Sorensen parou na volta seguinte e saiu para a pista na 12ª posição entre os GTE-Am.

Filipe Albuquerque e António Félix da Costa sobem uma posição na grelha

Os Oreca #22 da United Autosports e o #38 da JOTA, com Filipe Albuquerque e António Félix da Costa entre a tripulação, respetivamente, subiram uma posição na grelha de partida da 90ª edição das 24 Horas de Le Mans. A volta do carro #41 da Realteam by WRT (Rui Andrade/Ferdinand Habsburg/Norman Nato) foi apagada por exceder os limites de pista e com isso os LMP2 dos dois portugueses vão arrancar do segundo e do terceiro posto da grelha.

A pole position entre os LMP2 mantém-se inalterada, com o #31 (Sean Gelael/Robin Frijns/René Rast) no primeiro posto, seguido agora do #22 (Phil Hanson/Filipe Albuquerque/Will Owen) e do #38 (Roberto Gonzalez/ António Félix da Costa/ Will Stevens).

HENRIQUE CHAVES: “É AINDA MAIS IMPRESSIONANTE DO QUE ESTAVA À ESPERA”

Henrique Chaves estreia-se este ano nas míticas 24 Horas de Le Mans, mas os seus objectivos são ambiciosos num evento que o surpreendeu e em que o traçado do circuito de La Sarthe o impressionou.

O circuito de La Sarthe é um dos mais aclamados no mundo inteiro. O que achas do seu traçado?

Henrique Chaves: O circuito é algo de extraordinário! Uma combinação de alta-velocidade, rectas gigantes, a chegada a Indianápolis é fantástica, mas depois tem zonas muito técnicas, a primeira chicane parece fácil, é uma direita, esquerda, direita, mas é muito, muito técnica. Toda aquela descida até Tetre Rouge, é muito rápida. As Curvas Porsche são provavelmente as curvas de que mais gosto neste circuito. São feitas no limite, temos de aliviar o mínimo possível, mas não podemos fazer muitas vezes a fundo para proteger os pneus. É um circuito que exige um bom compromisso. Depois a Chicane Ford é também muito agressiva para o carro, temos de fazer, uma vez mais, compromissos.

É uma pista da qual gosto bastante – é rápida e técnica, é o meu estilo.

As 24 Horas de Le Mans são muito mais que apenas uma corrida. Esta é a tua primeira vez em La Sarthe, como estás a ver o evento? Era o que esperavas?

Henrique Chaves: O evento é ainda mais impressionante do que estava à espera.

Não tinha ideia. Via desde casa, na televisão, mas ao vivo é algo fora do comum.

Tive pena de não ter estado presente no dia da pesagem, no sábado, mas tinha outros compromissos, estava a competir em Paul Ricard, dado que enriqueceria ainda mais a minha experiência aqui.

Mas penso que só no sábado, quando estiver na grelha de partida com as bancadas cheias, terei uma visão clara do que é Le Mans. Vai ser extraordinário.

Do teu ponto de vista, quem consideras ser o favorito à vitória geral?

Henrique Chaves: Penso que será um Toyota, apesar de não ter estado a seguir muito os Hypercars.

Acredito que são os carros e a equipa mais competentes para chegar à vitória na edição deste ano.

É a tua primeira experiência em Le Mans, mas, na tua opinião, qual é o segredo para vencer a prova?

Henrique Chaves: Fala-se muito da necessidade de não cometer erros para vencer aqui. Creio que é muito importante poupar o carro em momentos específicos da corrida porque é muito importante não termos problemas até ao final. Penso que se isso acontecer, as possibilidades de terminarmos no pódio são elevadas. Na nossa classe (n.d.r.: GTE Am) é também necessário ter um BoP favorável, ou equilibrado, para que possamos ser nós, os pilotos, e a equipa a fazer a diferença.

Mas penso que para ganhar é necessário não cometer erros, seja de pilotagem ou nas boxes, estar focado e poupar o carro nos momentos certos.

Pessoalmente, o que esperas da corrida deste fim-de-semana, que representa a tua estreia nas 24 Horas de Le Mans?

Henrique Chaves: Espero ganhar! Não vim aqui para outra coisa, é a primeira corrida que faço em Le Mans e podem considerar ser muito ambicioso, mas tenho bons colegas de equipa, uma boa equipa e um carro competitivo, portanto, temos as condições para podermos triunfar.

Claro que esse objectivo pode ser ajustado durante a corrida consoante os acontecimentos, mas estou aqui para ganhar e não equaciono outra possibilidade senão partir para lutar pelo triunfo.

BRENDON HARTLEY FAZ A POLE, PORTUGUESES PERTO DOS PRIMEIROS LUGARES

Veja neste artigo a ser atualizado todos os dias, o desempenho dos nossos portugueses em ação nas 24h de Le Mans. Aqui, iremos compilar todos os artigos relativos aos representantes lusos que estão em pista em La Sarthe:

Está definida a grelha de partida para as 24h de Le Mans de 2022. A Toyota voltou a conquistar a pole no circuito de La Sarthe, com Brendon Hartley a assinar o melhor registo.

A maioria dos 23 carros que ganharam vaga para esta sessão (os seis melhores de cada classe, menos nos Hypercars onde só são cinco máquinas), foram para a pista logo que as bandeiras verdes foram mostradas no fim do pit lane, com 30 minutos de sessão de Hyperpole, onde ficariam definidos os primeiros lugares de cada classe.

Kamui Kobayashi estava ao volante do Toyota #7 (Mike Conway/Kamui Kobayashi/Jose Maria Lopez) mas foi o #709 (Ryan Briscoe/Richard Westbrook/Franck Mailleux) a colocar-se no topo da tabela no final da primeira volta, com Ryan Briscoe ao volante da máquina americana. António Félix da Costa fez o segundo tempo da geral logo na segunda volta, à frente do #31 (Sean Gelael/Robin Frijns/René Rast) de Robin Frijns e do #22 (Phil Hanson/Filipe Albuquerque/Will Owen) de Filipe Albuquerque. Brendon Hartley estava ao volante do Toyota #8 (Sébastien Buemi/Brendon Hartley/Ryo Hirakawa) e tratou de fazer o tempo de 3:25.203 logo na sua primeira tentativa, passando para o comando das operações. Kobayashi na sua segunda volta lançada fez 3:26.130, ficando a quase a um segundo do seu colega de equipa. O Alpine #36 (André Negrão/Nicolas Lapierre/Matthieu Vaxiviere) de Nicolas Lapierre não ficou muito longe do tempo dos Toyota, à frente do #709 e do #708 (Olivier Pla/Romain Dumas/Felipe Derani) de Olivier Pla.

Nick Tandy, no Corvette #64 (Tommy Milner, Nick Tandy, Alexander Sims), tratou também de se colocar no topo da tabela da sua classe, à frente do #63 (Antonio Garcia, Jordan Taylor, Nicky Catsburg), com Antonio Garcia ao volante do segundo carro americano, com os Ferrari e os Porsche a deixarem as suas voltas para a segunda metade da Hyperpole. Mas nas primeiras voltas os dois carros de James Calado (Ferrari #51) e Antonio Fuoco (Ferrari #52) não fizeram melhor que os Corvette. Fred Makowiecki (Porsche #91) e Laurens Vanthoor (Porsche #92) eram os homens da Porsche que tentavam suplantar os tempos dos carros americanos, sem sucesso. Vanthoor fez o terceiro tempo, atrás dos Corvette, mas foi Makowiecki que se intrometeu entre os Corvette. Tandy mantinha-se na frente.

Quando faltavam pouco menos de 10 minutos para o fim da sessão, os protótipos voltaram para a pista para as últimas voltas lançadas. O #709 de Briscoe tratou de fazer o segundo melhor tempo e pouco depois o Alpine de Lapierre fez o melhor tempo com o registo de 3:24.850, enquanto ainda esperávamos pelos tempos dos Toyota. Hartley e Kobayashi vinham muito rápidos e ameaçavam o tempo do Alpine, mas um Porsche GTE estragou o tempo de Hartley. Kobayashi, mesmo atrapalhado pelo mesmo GT, conseguiu o melhor tempo. Parecia que a pole estava entregue, mas Hartley ainda tentou nos últimos segundos chegar à pole e o piloto do #8 conseguiu suplantar o tempo do seu colega de equipa na derradeira volta e conquistou a pole para a edição 90 das 24h de Le Mans (3:24.408), com o #7 na segunda posição e o #36 a completar o top 3.

Norman Nato no #41(Rui Andrade/Ferdinand Habsburg/Norman Nato) fez um grande tempo (3:29.697) na sua última tentativa e ultrapassava Félix da Costa, mas Frijns (3.28.972) tratou de passar para a frente dos LMP2, com um tempo canhão. Os portugueses tentavam chegar ao tempo de Frijns, nos minutos finais, mas nenhum deles conseguiu aproximar-se dos melhores registos. O WRT festejou a pole com o #31 a ficar com o melhor tempo, numa volta espetacular de Frijns. Norman Nato ficou com o segundo tempo e Albuquerque ficou com o terceiro registo à frente de António Félix da Costa.

Nos LMGTE Pro, os Corvette não deram hipóteses com o #64 a ficar com a pole (3:49.985) para a corrida que se inicia no sábado, com o #63 a ficar com o segundo lugar e o #91 a completar o top 3.

Nos LMGTE Am, foi o Ferrari #61 (Louis Prette, Conrad Grunewald, Vincent Abril) de Vincent Abril a ficar com a pole (3:52.594), seguido do Ferrari #57 (Takeshi Kimura, Frederik Schandorff, Mikkel Jensen) de Mikkel Jensen e o Porsche #77 (Christian Ried, Sebastian Priaulx, Harry Tincknell) de Harry Tincknell.

Resultados AQUI

HENRIQUE CHAVES: BANDEIRA VERMELHA E A CHUVA COMPROMETEM QUALIFICAÇÃO

Henrique Chaves e sua equipa não tiveram a sorte pelo seu lado na qualificação para a edição das 24 Horas de Le Mans deste ano, tendo uma bandeira vermelha e a chuva comprometido a posição do Aston Martin número trinta e três na grelha de partida para a corrida de sábado.

O jovem português estreia-se esta semana na mais importante clássica de endurance do mundo e até à sessão que definiu a grelha de partida e permitiu aos seis mais rápidos de cada uma das classes passar à Hyperpole, tudo estava a correr bem.

Na sessão de treinos-livres da tarde Henrique Chaves continuou a sua adaptação ao selectivo traçado de La Sarthe, tendo Marco Sorensen, que com Ben Keating acompanha o português no carro número trinta e três, assinado a terceira marca entre os GTE Am, o que deixava garantias de competitividade.

Inicialmente, a qualificação até estava a correr de feição aos homens do Aston Martin Vantage AMR da TF Sport, com o dinamarquês a assinar o segundo tempo.

No entanto, pouco depois, a marca que garantia a passagem à Hyperpole foi retirada à equipa do piloto de Torres Vedras por ter sido violado os limites de pista durante a sua realização, o que atirou o carro inglês para o final da tabela de tempos.

Durante este processo, Henrique Chaves entrou para os comandos do Aston Martin, melhorando a marca da equipa, mas logo de seguida, a qualificação foi interrompida com bandeira vermelha, não lhe dando a oportunidade de continuar a sua progressão.

Quando a sessão foi retomada, a chuva apareceu, o que impediu qualquer esforço para melhorar a posição do carro número trinta e três que, assim, não tomará parte na Hyperpole, arrancando para a corrida de sábado da décima nona posição entre os concorrentes da classe GTE Am, quinquagésimo quinto da geral.

O piloto português esperava mais da qualificação, admitindo que as circunstâncias não estiveram a favor da sua equipa. “Não tivemos a sorte do nosso lado. Claro que o facto de termos violados os limites da pista é responsabilidade nossa, mas depois a bandeira vermelha e a chuva impediram-nos de melhorar a nossa situação. Acabou por ser o meu tempo a contar para a nossa posição, que foi feito com pneus usados e com muita gasolina no carro, dado que o plano não passava por realizar tempos. Sabemos que tínhamos andamento para ir à Hyperpole, mas qualquer das formas, esta é uma corrida longa e a posição ao início não é assim tão importante”, sublinhou Henrique Chaves.

Apesar da posição à partida aquém das expectativas, o jovem de Torres Vedras não desarma e mantém os objectivos ambiciosos para a sua estreia nas míticas 24 Horas de Le Mans. “Numa prova de 24 horas a posição à partida não é determinante para o resultado final, portanto, tudo está muito longe de estar perdido e a vitória continua a estar no nosso horizonte. Teremos de ser cuidadosos nos ‘stints’ iniciais para recuperarmos posições consistentemente e de forma segura. Continua a ser importante evitar problemas e penso que, se seguirmos o plano delineado no final da prova poderemos estar a lutar pela vitória”, sublinhou Henrique Chaves.

Na segunda sessão de treinos-livres, que foi realizada ao final da noite, os pilotos do Aston Martin Vantage AMR da TF Sport continuaram a trabalhar nas afinações de corrida, tendo o português realizado o décimo terceiro crono do serão, a 1,008s do mais rápido, o que diz bem da competitividade que se vive na classe GTE Am.

FILIPE ALBUQUERQUE: “ENCONTRÁMOS ALGUNS PROBLEMAS QUE PREJUDICARAM O TREINO LIVRE”

Filipe Albuquerque assegurou lugar na ‘Hyper Pole’ para as 24h de Le Mans que vai decorrer amanhã e que ditará a grelha de partida entre os seis mais rápidos para o arranque da mais emblemática e mítica prova do automobilismo mundial.

Filipe Albuquerque, Phil Hanson e Will Owen ao volante do Oreca da United Autosports foram os quintos mais rápidos no treino cronometrado depois de terem enfrentado alguns problemas nos primeiros treinos livres. Ainda assim, o objetivo para hoje está cumprido e amanhã começará tudo do início: “Infelizmente o nosso carro hoje estava muito diferente de Domingo passado no pré-teste. Encontrámos alguns problemas que prejudicaram o treino livre e não nos permitiram ser tão competitivos. Por isso, fomos para a qualificação menos preparados do que gostaríamos, mas conseguimos o quinto tempo que nos vai permitir amanhã discutir os primeiros lugares entre os LMP2”, começou por explicar o piloto de Coimbra.

Amanhã terá lugar a qualificação somente entre os seis mais rápidos de hoje: “E qualquer um pode arrecadar a ‘pole’. Vamos ver quem conseguirá fazer a volta perfeita neste circuito tão particular. Não é que o primeiro lugar da grelha seja determinante para o resultado final, mas dá sempre motivação, isso é certo”, rematou Filipe Albuquerque.

TOYOTA#7 NA FRENTE, FÉLIX DA COSTA 2º, FILIPE ALBUQUERQUE 5º NA QUALIFICAÇÃO

No primeiro treino livre liderou o Toyota #8, desta feita, na qualificação foi a vez do Toyota GR010 Hybrid #7 de Toyota Gazoo Racing de Mike Conway/Kamui Kobayashi/Jose Maria Lopez a liderar, com um registo de 3:27.247, enquanto os seus colegas de equipa do #8 tiveram problemas e quedaram-se pela 29ª posição.

Novamente os dois Glickenhaus 007 LMh estiveram em bom plano com o #708 de Olivier Pla/Romain Dumas/Felipe Derani em segundo, a 0.108s da frente, com os colegas de equipas do #709, Ryan Briscoe/Richard Westbrook/Franck Mailleux em terceiro a 0.731s. Desta feita o Alpine A480 – Gibson #36 da Alpine Elf Team de André Negrão/Nicolas Lapierre/Matthieu Vaxiviere foi quarto a 2.409, com o Hypercar Toyota GR010 Hybrid #8 apenas na 29ª posição a 13.595 da frente.

Na LMP2, na frente ficou o Oreca 07 – Gibson #31 da WRT, de Sean Gelael/Robin Frijns/René Rast, que bateram o Oreca 07 – Gibson #38 da Jota de Roberto Gonzalez/Félix da Costa/Will Stevens por 0,226s, com o Oreca 07 – Gibson #41 da Realteam By WRT de Rui Andrade/Ferdinand Habsburg/Norman Nato, equipa onde está o angolano, que corre com licença portuguesa, logo a seguir 0,316s mais atrás.

Seguiram-se, na quarta posição o Oreca 07 – Gibson #23 da United Autosports USA de Alexander Lynn/Oliver Jarvis/Joshua Pierson com um registo de 3:30.568s, um pouco melhor que o Oreca 07 – Gibson #22 da United Autosports USA de Phil Hanson/Filipe Albuquerque/Will Owen que fizeram 3:30.639 e o quarto lugar da classe. Os homens da Algarve Pro Racing ficaram desta feita mais atrasados. Como se percebe, os portugueses vão à Hiperpole.

Na LM GTE Pro liderou o Porsche 911 RSR – 19 #92 da Porsche GT Team de Laurens Vanthoor, um décimo na frente do Chevrolet Corvette C8.R #63 da Corvette Racing de António Garcia com o Porsche 911 RSR – 19 #91 da Porsche GT Team de Frédéric Makowiecki em terceiro.

Na LM GTE Pro Am, liderança para o Aston Martin Vantage AMR #98 da Northwest de David Pittard, na frente de três Ferrari 488 GTE Evo o#57 da Kessel Racing, o #54 da AF Corse e o #85 da Iron Dames. O carro do português Henrique Chaves, o Aston Martin Vantage AMR #33 da TF Sport foi apenas 19º da sua classe.

TOYOTA LIDERA 1º TREINO LIVRE, FÉLIX DA COSTA 2º DA LMP2

O Toyota GR010 Hybrid #8 da Toyota Gazoo Racing de Sébastien Buemi/Brendon Hartley E Ryo Hirakawa lideraram a primeira sessão de treinos livres das 24 horas de le mans, negando à Scuderia Cameron Glickenhaus uma dobradinha, que mantiveram durante muito tempo na sessão.

uma volta de Brendon Hartley já na fase final da longa sessão, tirou do topo os carros vermelhos com o Glickenhaus 007 Lmh #709 da Glickenhaus Racing de Ryan Briscoe/Richard Westbrook/Franck Mailleux em segundo a 0.476s na frente do Glickenhaus 007 Lmh #708 da mesma equipa, o de Olivier Pla/Romain Dumas/Luis Felipe Derani em terceiro a 0.661s da frente.

No quarto lugar surge o melhor dos Lmp2, O Oreca 07 – Gibson #23 Da United Autosports USa de Alexander Lynn/Oliver Jarvis/Joshua Pierson, que ficou a 0.797s da frente, ainda assim na frente doutros Hypercar, nomeadamente o Toyota Gr 010 Hybrid #7 da Toyota Gazoo Racing de Mike Conway/Kamui Kobayashi/Jose Maria Lopez.

Mailleux tinha registado a volta mais rápida das três horas da sessão bem cedo, Derani subiria para o segundo lugar atrás do seu colega de equipa à passagem da 1ª hora, aí permanecendo ambos durante quase todo o resto da sessão, até que Hartley saltou para o primeiro lugar.

A alpine foi apenas quinta classificada na classe, mas terminou a sessão atrás de três LMP2, no oitavo lugar. E num deles, estava um português…

O Oreca 07 – Gibson #38 da Jota de Roberto Gonzalez/António Felix Da Costa/Will Stevens foi segundo da Lmp2, na frente doutros Oreca 07 – Gibson, o #9 da Prema Orlen Team De Robert de Kubica/Louis Deletraz/Lorenzo Colombo, com o Alpine A480 – Gibson #36 da Alpine Elf Team de André Negrão/Nicolas Lapierre/Matthieu Vaxiviere logo a seguir.

Em 7º e 8º da LMP2 ficaram os dois carros da Algarve Pro Racing, o Oreca 07 – Gibson #45 de Steven Thomas/James Allen/R. Binder e o Oreca 07 – Gibson #4 da Algarve Pro Racing de Sophia Floersch/John Falb/Jack Aitken, com o #22 da United Autosports USA de Philip Hanson/Filipe Albuquerque/Will Owen apenas na 11ª posição da sua classe.

Na Frente da LMGTE Pro ficou o Chevrolet Corvette C8.R #63 da Corvette Racing de Antonio Garcia/Jordan Taylor/Nicky Catsburg, seguindo-se Chevrolet Corvette C8.R #64 ‘irmão’ de Tommy Milner/Nick Tandy/Alexander Sims a 0.110s e no 3º lugar o Porsche 911 RSR- 19 #91 da Porsche GT Team de Gianmaria Bruni/Richard Lietz/Frederic Makowiecki a 0.721s dos melhores da classe.

Por fim na Na LmGTE Am, os mais rápidos foram os homens da Weathertech Racing, Cooper Macneil/Julien Andlauer/Thomas Merrill no Porsche 911 RSR- 19.

Segundo posto para o Porsche 911 RSR- 19 da GR Racing de Michael Wainwright/Riccardo Pera/Benjamin Barker e no terceiro lugar o Aston Martin Vantage AMR da TF Sport de Ben Keating/Henrique Chaves/Marco Sorensen.

HENRIQUE CHAVES: ESTREIA NO PALCO DE SONHO

É mais um representante luso em Le Mans e um dos estreantes do ano. Henrique Chaves irá enfrentar os desafios da mítica prova pela primeira vez, ao volante de um Aston Martin Vantage AMR. O piloto compete pela TF Sport também no ELMS, mas as boas prestações no ALMS e no campeonato europeu convenceram a equipa a dar-lhe a vaga que ficou livre na segunda corrida do ano, em Spa. A estreia não podia ter corrido melhor e Chaves conquistou um segundo lugar na prova belga, com os seus colegas de equipa Ben Keating e Marco Sorensen, que estão na vice-liderança do campeonato LMGTE Am. É a sétima participação de Keating em Le Mans que já subiu ao pódio por duas vezes (2018 e 2021) na classe LMGTE AM, enquanto Sorensen vai para a oitava participação em Le Mans. O bicampeão do mundo de LMGTE Pro (2016 e 2019/2020) ainda não venceu em Le Mans e tem “apenas” um terceiro lugar em seu nome. Mas são dois nomes de peso para acompanhar Chaves, que é um piloto Silver, mas seguramente com mais argumentos que outros Silver que competem.

Chaves já venceu o International GT Open em 2020 e o GT World Challenge Europe Sprint Cup em 2021 e desde que se mudou para os GT´s tem estado em grande. Este ano continua a competir no GT World Challenge, mas está claramente focado em apostar no WEC, agora que esta oportunidade surgiu. Chaves nunca escondeu que pretendia mostrar-se às marcas para garantir o seu futuro como piloto profissional e está na montra certa para o fazer. Olhando ao que fez em Spa, há motivos para ficar otimista, pois os stints do piloto luso foram muito bons e uma excelente amostra. Terá de enfrentar pela primeira vez os desafios de La Sarthe, mas com a experiência dos seus colegas de equipa e com o seu talento, conseguirá certamente ultrapassá-los da melhor forma. É mais um piloto luso que nos pode encher de orgulho nesta edição das 24h de Le Mans.

ANTÓNIO FÉLIX DA COSTA: EM BUSCA DA PRIMEIRA VITÓRIA EM LE MANS

António Félix da Costa chega pela quinta vez a La Sarthe. Depois de dois anos como piloto oficial BMW em LMGTE, onde ganhou o gosto pelas corridas de endurance, o português quase ganhava na sua primeira corrida em LMP2. A luta foi renhida entre o seu #38 da JOTA e o #22 da United, com o seu compatriota Albuquerque do outro lado da barricada. Em 2020 (ano do seu título na Fórmula E) a sorte sorriu a Albuquerque, mas Félix da Costa quer vencer desta vez.

Está em quinto lugar do campeonato LMP2, com os seus companheiros de equipa Roberto Gonzalez e Will Stevens. O ano tem sido positivo para a tripulação do Oreca #38 da JOTA com um quinto lugar na prova de abertura do campeonato e um terceiro lugar em Spa, ensaio geral para Le Mans. Ao seu lado tem dois pilotos que estão habituados a correr em La Sarthe. Roberto Gonzalez vai para a sua sexta participação em Le Mans e é um piloto Silver cada vez mais competente. Will Stevens também já tem muitas voltas dadas em La Sarthe tendo já vencido em LMGTE AM e terminado duas vezes no pódio em LMP2. Stevens substitui Anthony Davidson que pendurou o capacete no ano passado.

É assim uma tripla de peso, com conhecimento de causa e muita rapidez. Stevens e Félix da Costa são dos mais rápidos do pelotão e Gonzalez está cada vez mais sólido, cometendo poucos erros.

Frescas na memória, estão as imagens dos stints de Félix da Costa na edição do ano passado, especialmente o primeiro, em condições muito difíceis, com a pista molhada, deixando toda a concorrência para trás. Será na sua quinta aparição na pista francesa que Félix da Costa prova o champanhe no primeiro lugar do pódio? A concorrência é feroz, mas o #38 é um dos favoritos. Num ano em que as esperanças de reconquistar o título da Fórmula E são cada vez menores, o português vai dar tudo para conquistar troféus no WEC e com várias marcas interessadas nos serviços do piloto português, Le Mans é a montra ideal para voltar a provar toda a sua qualidade.

FILIPE ALBUQUERQUE: RECUPERAR TERRENO

Filipe Albuquerque regressa onde já foi feliz. O piloto português é uma das estrelas da United Autosports e o seu carro #22. Terá como companheiros de equipa Phil Hanson e Will Owen, colegas habituais do piloto luso este ano no WEC. A tripulação do #22 chega a Le Mans em sétimo lugar do campeonato e pretende encurtar as distâncias para os homens da frente.

Para já não tem sido um ano muito produtivo para Albuquerque no WEC, com um sétimo lugar em Sebring e um quinto lugar em Spa. O #22 da United costuma ser muito forte no traçado belga, mas este ano as coisas não correram de feição. No entanto, a experiência de Albuquerque e Phil Hanson será muito importante.

Será a nona participação de Albuquerque em Le Mans. Em 2014 e 2015 pela Audi (tendo sido o rookie do ano em 2014), em 2016 com a RGR Sport by Morand e desde então com a United Autosports. As três primeiras tentativas com a United revelaram-se infrutíferas, dada a pouca competitividade do Ligier JS P217-Gibson, mas no primeiro ano que a equipa usou o Oreca 07-Gibson, o português venceu Le Mans na sua classe. No ano passado a corrida não sorriu ao português, que terminou em 18º na sua classe, mas já se sabe… Não são os pilotos que escolhem Le Mans, é Le Mans que escolhe os pilotos.

Depois de três anos com a Hanson e Paul di Resta, no ano passado, Albuquerque correu com Hanson e Fábio Scherer e este ano, Scherer deu o lugar a Owen que já correu com Albuquerque em 2017.

O objetivo é lutar pela vitória na classe LMP2. Apesar de um arranque de época menos forte, a United já mostrou que sabe vencer em Le Mans e basta recordar a exibição de 2020 (ano do título em LMP2), que deu a vitória e a de 2019, a última com um Ligier, em que a equipa foi perfeita. Só assim o quarto lugar foi possível. Hanson já tem muita experiência, apesar da sua juventude e vai para a sua quinta presença em La Sarthe, e Owen também irá fazer a sua quinta aparição na mítica prova francesa. Assim, é uma tripulação com experiência e Hanson já provou que está à altura do desafio tendo feito os últimos stints na vitória de 2020.

Albuquerque luta pelo título no IMSA e este ano parece bem lançado para o conseguir. Mas um triunfo em Le Mans pode relançar a candidatura ao título no WEC. A máquina é boa, a equipa é boa e os pilotos são bons. Estão todos os ingredientes reunidos para que o português volte ao pódio em Le Mans, sendo um dos favoritos à vitória.

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Subscribe
Notify of
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
últimas VELOCIDADE
últimas Autosport
velocidade
últimas Automais
velocidade
Ativar notificações? Sim Não, obrigado