WEC, 6h de Spa: Toyota #7 vence, Félix da Costa e Henrique Chaves no pódio

Por a 7 Maio 2022 18:45

Foi uma corrida atribulada em Spa, mas no final a Toyota venceu pela primeira vez este ano. O carro #7 (M. Conway / K. Kobayashi / J. Lopez) venceu a corrida que contou com três bandeiras vermelhas, cinco Full Course Yellow e seis Safety Car. A meteorologia foi pregando partidas e dificultou sobremaneira a tarefa aos pilotos e equipas. Para os portugueses, foi uma tarde positiva, com duas presenças no pódio. António Félix da Costa e Henrique Chaves (que se estreou no WEC) provaram o champanhe no pódio, enquanto Filipe Albuquerque teve de se contentar com o quinto lugar nos LMP2. A Algarve Pro Racing terminou a corrida em 11º da sua classe.

Durante a primeira das 6 Horas da corrida do campeonato do mundo de resistência (WEC) da FIA em Spa-Francorchamps correu tudo bem, até que no arranque para a segunda hora um incidente obrigou à interrupção da prova e transformou completamente a corrida. O Oreca #44 da ARC Bratislava, pilotado por Miroslav Konopka teve uma violenta saída de pista, depois de perder o controlo do carro. O carro ficou muito danificado e no meio da pista, o que obrigou a direção de prova a mostrar bandeiras vermelhas, numa altura em que a chuva começava a cair e a corrida foi declarada molhada. 

Até aquele momento, o carro #8 (S. Buemi / B. Hartley / R. Hirakawa) liderava a prova, depois roubar a o primeiro lugar no meio da primeira hora ao Glickenhaus #708 (O. Pla / R. Dumas / L. Derani). O ritmo dos Toyota foi demasiado forte para a máquina americana aguentar e os nipónicos lideravam a corrida com o #7 (M. Conway / K. Kobayashi / J. Lopez) na segunda posição e o Alpine #36 (A. Negrão / N. Lapierre / M. Vaxiviere) a fechar as contas dos Hypercars. 

Nos LMP2, António Félix da Costa fez um primeiro turno de condução fantástico e no arranque da prova, passou de 5º da classe para 1º, passando a dispor de uma vantagem muito confortável até à suspensão da prova, quando foi rendido por Roberto González. A interrupção da corrida veio na pior altura, momentos depois de Robert Gonzalez ter assumido o #38 da JOTA, que passou para o 11º. O #22 de Filipe Albuquerque era terceiro da sua classe com um stint positivo de Will Owen que se mantinha ao volante do #22 na altura da paragem. Na frente da corrida estava o #9 da Prema (R. Kubica / L. Deletraz / L. Colombo).

Nos GTE-Am as coisa também corriam bem para as cores nacionais até ao fim da primeira hora, com Ben Keating no Aston Martin #33 (B. Keating / H. Chaves / M. Sørensen), colega de Henrique Chaves, na frente das operações na sua classe, em luta acesa com Paul Dalla Lana no Aston Martin #98 (P. Dalla Lana / D. Pittard / N. Thiim). No entanto, após a paragem e o recomeço da prova, a liderança era do Ferrari #21 (S. Mann / C. Ulrich / T. Vilander) da AF Corse.

O recomeço da corrida após o acidente do carro da ARC Bratislava, a sorte foi madrasta para o Toyota #8 que estava na frente do pelotão. Quando devia arrancar para seguir atrás do Safety Car, teve um problema com o protótipo e teve de reiniciar o carro. O piloto conseguiu finalmente sair da posição estacionária, mas o mesmo problema voltou a repetir-se por duas vezes, até que a equipa o mandou sair do carro, e desistir da prova, por precaução, com receio de uma descarga elétrica. Tiveram de vir à pista elementos da Toyota para colocar o carro em segurança e ser possível a sua recuperação para a box. Entretanto a corrida estava sob período de Safety Car. 

Com esta situação, passou o Toyota #7 para a frente do pelotão com Mike Conway ao volante, enquanto o Glickenhaus e o Alpine saíram momentaneamente de pista, deixando  o Oreca LMP2 #9 da Prema com Lorenzo Colombo ao volante e o #31 da WRT, com Sean Gelael aos comandos, na segunda e terceira posições, respetivamente. 

As condições meteorológicas adversas obrigaram a direção de prova a suspender novamente a corrida pouco depois. 

Até à passagem pelas 3 horas de prova, Conway no Toyota #7 liderava o pelotão, já com os LMP2  #31 da WRT e o #23 da United Autosports (A. Lynn / O. Jarvis / J. Pierson) nas posições seguintes. 

Ainda tivemos mais uma bandeira vermelha após o meio da corrida, com um erro de Alex Brundle a atirar o #34 (J. Smiechowski / A. Brundle / E. Gutierrez) da Inter Europol para fora da luta motivando mais uma interrupção para reparação das barreiras, numa altura que a meteorologia inclemente se fazia sentir particularmente.

As sucessivas interrupções, Safety Cars e Full Course Yellow tornaram a corrida imprevisível e os engenheiros tiveram de suar para irem adaptando as estratégias às condições. A pista foi secando mas no último terço da corrida tivemos três Full Course Yellow o que mostra as dificuldades que os pilotos tiveram de enfrentar.

Em Hypercar, o #7 foi impondo a sua lei gradualmente. A Toyota era claramente mais forte nesta fase e parecia que a vitória era inevitável, mas a Glickenhaus parecia determinada em incomodar o gigante japonês, mas uma falha de comunicação no fim do stint de Pipo Derani impediu que a equipa americana fizesse história a dobrar depois da sua primeira pole ontem. A equipa perguntou se Derani queria pneus Slick cortados (equivalentes a intermédios) ou pneus de chuva e o brasileiro respondeu slicks, sem entender que havia a opção dos cortados. Dumas saiu para a pista e tinha muito pouca aderência e foi obrigado a regressar para colocar slicks cortados, o que acabou com as hipóteses de vitória. O Toyota #7 manteve imperturbável na frente e o Alpine #36 subiu ao segundo lugar, posições que se mantiveram até ao fim da prova, com o Glickenhaus a terminar na terceira posição.

Em LMP2 as lutas foram renhidas mas o #31 da WRT pareceu ser sempre o carro mais forte em pista. Gelael, Frijns e Rast foram intratáveis e colocaram sempre um ritmo muito forte, vencendo de forma clara. As lutas pelos restantes lugares do pódio foram muito mais intensas. O #38 de Félix da Costa, depois dos azares das interrupções nas piores alturas para a equipa, conseguiu recuperar muito bem e colocou-se na luta pelo pódio. O #41 Realteam by WRT foi subindo e instalou-se na segunda posição de onde nunca mais saiu. O #38 teve de suar mais para conseguiu o pódio final, com Will Stevens, colega de Félix da Costa ao volante na última parte da corrida. Em luta com o #22 da United, com Phil Hanson ao volante do carro de Albuquerque e com o #5 da Penske, com Felipe Nasr ao volante do carro da equipa americana, foi Stevens a levar a melhor, com Hanson a cometer demasiados erros que o atiraram para o quinto lugar, atrás de Nasr.

Em LMGTE Pro, parecia que era a Corvette a melhor posicionada para conseguir o triunfo, mas a Ferrari mostrou um excelente andamento. O #51 (A. Pier Guidi / J. Calado) conseguiu defender-se do ataque final do Porsche #92 (M. Christensen / K. Estre) com Christensen a desferir o ataque final a Calado que conseguiu defender-se sempre. O terceiro lugar ficou entregue ao Ferrari #52 (M. Molina / A. Fuoco).

Em LMGTE AM, a vitória sorriu ao Porsche #77 (C. Ried / S. Priaulx / H. Tincknell). O Aston Martin #33 parecia estar com andamento para vencer mas um último stint tremendo de Tincknell deu a vitória ao Porsche #77, com o #33 de Chaves a ficar com o segundo lugar (excelente prestação do piloto luso) e a fechar o último lugar do pódio o #98 da Northwest AMR.

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fanmotores-ex-useras77931
fanmotores-ex-useras77931
2 anos atrás

O Sr. Fábio por acaso já ouviu falar do Sr. Rui Andrade? É que por acaso foi o melhor português em 4° da geral, 2° da LMP2

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