WRC, Rali de Portugal: Tudo a compor-se, falta pouco menos que um mês

A pouco e pouco vão-se sabendo detalhes do Vodafone Rally de Portugal 2022, e os últimos são bem importantes. A M-Sport confirmou oficialmente a vinda a Portugal de Sébastien Loeb para a sua segunda prova do ano, e quem o desafiou a vir, recentemente, no Twitter, Sébastien Ogier, também vem, mas ainda não foi confirmado oficialmente pela Toyota.

Com o Rali da Croácia quase a arrancar na estrada, as três equipas preparam-se logo para troca aquele país dos Balcãs banhado a oeste pelo mar Adriático, pelo Centro/Norte de Portugal, pois todas ela têm cá previsto testar, começando já pela Hyundai com Thierry Neuville a confirmar ao AutoSport, que depois do Rali da Croácia, segue logo para Portugal, com Ott Tanak e Dani Sordo, o trio da Hyundai em Portugal, a fazer o mesmo pouco tempo depois.

Com uma estrutura muito semelhante à de 2021, a prova portuguesa do WRC festeja a 50ª edição do Mundial de Ralis, que arrancou em 1973, numa prova que tem como grande novidade a super-especial de Coimbra, que eleva para três o número deste tipo de troços. De resto, com alguns ajustes de pormenor, é tudo muito semelhante a 2021.

Falta já menos de um mês para o Vodafone Rally de Portugal, o primeiro que se realizará na nova era dos carros híbridos nos ralis, os Rally1 e também a primeira prova em pisos de terra destes carros, depois do asfalto e gelo do Monte Carlo, a neve da Suécia e o asfalto da Croácia.

Com os Rally1 a terem, por vezes, nos troços, potências máximas de 516 cv, será no mínimo interessante perceber como os novos carros e a elevada potência lidam com pisos tão ‘soltos’. Derrapagem artística é ‘coisa’ que não deve faltar.

A prova portuguesa do WRC inova com três super-especiais (Coimbra, Lousada e Porto) e assinala a 50ª edição do WRC (os 50 anos do WRC completam-se apenas em janeiro de 2023 com o Rali de Monte Carlo).

Há novidades de peso para a 55ª edição da prova organizada pelo Automóvel Club de Portugal, que se realiza entre 19 e 22 de maio. Os concorrentes têm pela frente 343,3 quilómetros ao cronómetro, ao longo de 22 classificativas no Norte e Centro do País, os participantes no Campeonato de Portugal de Ralis, Toyota Gazoo Racing Iberian Cup e Peugeot Rally Cup Ibérica, terminam as suas provas ao cabo do primeiro dia de rali.

Oficialmente, os primeiros quilómetros em pisos de terra dos novos WRC vão poder ser vistos, no dia 19 de maio (quinta-feira), no Shakedown do Rally de Portugal que, mais uma vez, volta a realizar-se em Baltar/Paredes.

No fundo, é o derradeiro teste que pilotos e equipas têm para definirem ou corrigirem as últimas afinações, com horário previsto entre as 09h01 e as 14h00.

Um dia que também ficará marcado pelo início da luta contra o cronómetro, com a Super Especial de Coimbra.

Uma estreia absoluta na prova organizada pelo ACP, num traçado com cerca de três quilómetros de extensão.

Estrutura semelhante

A exemplo das últimas edições, o primeiro dia ‘a sério’ do WRC Vodafone Rally de Portugal (20 de maio, sexta-feira) será marcado pela passagem em quatro das mais emblemáticas classificativas do Centro do país: Lousã, Góis, Arganil e Mortágua.

Especiais que serão percorridas por duas vezes (com exceção de Mortágua), antes da viagem ao Norte, onde, ao final da tarde (19H03), tem lugar a Super Especial de Lousada. No total, 122,88 quilómetros de troços, que vão ajudar a perceber a hierarquia dos candidatos aos diversos títulos.

No dia 21 de maio, as equipas têm pela frente três duplas passagens pelas classificativas de Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante, esta última com partida de Mondim de Basto.

De regresso ao final do dia, a Super Especial do Porto, novamente na Foz, ao invés dos Aliados, com início previsto para as 19h03. Um total de 159,14 quilómetros cronometrados são o desafio deste dia de sábado.

A ronda pelas sempre espetaculares classificativas de Fafe está marcada para o último dia do WRC Vodafone Rally de Portugal.

No domingo, os concorrentes têm pela frente uma dupla passagem por três troços, num total de 58,22 quilómetros: Felgueiras, Montim e Fafe. E, a exemplo dos últimos anos, a segunda passagem pela especial de Fafe volta a ter o estatuto de Power Stage. Ou seja, a classificativa que premeia os cinco pilotos mais rápidos com pontos adicionais, independentemente de terminarem nos lugares pontuáveis para o Mundial.

No total, a edição 2022 do Vodafone Rally de Portugal assenta num percurso de 1.535,35 quilómetros, dos quais 343,30 são disputados ao cronómetro, num total de 22 classificativas.

O Vodafone Rally de Portugal é a quarta prova do calendário do Mundial de Ralis e, em competição, estarão, também, as categorias WRC2, WRC2 Junior, WRC3, WRC3 Junior, bem como já referimos, o Campeonato de Portugal de Ralis, a Peugeot Rally Cup Ibérica e a Toyota Gazoo Racing Iberian Cup.

Para além da vertente desportiva, o Vodafone Rally de Portugal assinala as celebrações do 50º ano do WRC, com programa a anunciar brevemente. Como se sabe o WRC completa 50 anos em janeiro de 2023 e até lá vai-se comemorar o 50º anos de ‘vida’ da competição.

A Exponor, em Matosinhos, acolhe o centro de operações e o parque de assistência das equipas participantes, tal como já sucede desde 2015. Faltam 29 dias, arranca a 19 de maio.