E-Prix de Roma: Mitch Evans carimba vitória espetacular, Félix da Costa foi sexto

Por a 9 Abril 2022 15:24

A pista de Roma é uma das mais interessantes de todo o calendário e costuma dar excelentes corridas, uma teoria que se confirmou hoje. A primeira de duas provas neste fim de semana na capital italiana sorriu a um brilhante Mitch Evans (Jaguar) que, largando do nono lugar, acabou por vencer a corrida, numa exibição de grande nível da Jaguar. Félix da Costa (DS Techeetah) teve de se contentar com o sexto lugar. As trocas na frente da corrida foram-se sucedendo mas no final acabou por ser Evans a vencer de forma algo inesperada.

O filme da corrida

As lutas na largada foram animadas com Stoffel Vandoorne (Mercedes), que largou da pole, a defender-se bem de Robin Frijns (Envision Racing). Félix da Costa foi pressionado por Jean-Éric Vergne (DS Techeetah) e Jake Dennis (Avalanche Andretti) também se juntou à festa, mas o português manteve o quarto lugar. Mais atrás, vimos vários toques mas foi Max Guenther (Nissan) a ficar parado em pista, depois de ter ido contra as proteções da pista, o que levou a um Full Course Yellow, antes da entrada em pista do Safety Car. Vários carros  envolveram-se num incidente com as maiores vítimas a serem Oliver Rowland (Mahindra), Edo Mortara (Venturi), Lucas di Grassi (Venturi) e Max Guenther (Nissan). Os danos no carro do alemão levaram à perda de controlo e consequente desistência.

No recomeço da prova, não vimos grandes lutas pois o pelotão estava algo espalhado. No entanto Frijns começava a atacar Vandoorne, com De Vries por perto e Félix da Costa atento ao que ia acontecendo.

Félix da Costa foi dos primeiros a ir ao Attack Mode (AM) e perdeu apenas um lugar, o que foi uma excelente operação para o piloto português. Na frente, Frijns passava Vandoorne e assumia a liderança. Félix da Costa tratou de passar Vergne sem grande problema e começava o ataque a De Vries pelo terceiro lugar, com os dois Mercedes na mira do piloto da DS Techeetah. Os Mercedes foram ao Attack Mode e com isso Félix da Costa subiu ao segundo posto, tentando alcançar o líder Frijns. O neerlandês estava tinha alguma vantagem para Félix da Costa e por isso foi ao AM sem perder a liderança. 

Pouco depois, Vandoorne atacou AFC e conseguiu passar pelo português. Como o seu AM terminou mais cedo, o ficou à mercê dos pilotos Mercedes que foram mais tarde ao AM. Numa luta mais viril com De Vries, AFC quase acabou nas proteções e caiu para quinto lugar, atrás de Vergne. 

Vergne tentava chegar ao terceiro lugar, atacando De Vries, mas o piloto da Mercedes defendia-se bem. AFC também se defendia de Jake Dennis e as lutas eram intensas nesta fase. Dennis conseguiu passar AFC (depois de um toque que quase atirava Félix da Costa contra as proteções), e Mitch Evans  também aproveitava para passar o campeão luso que caía para sétimo. 

Na frente, Frijns mantinha-se confortável, com os dois Mercedes a tentar aproximar-se. Frijns foi ao AM e perdeu a liderança temporariamente, regressando ao primeiro posto pouco depois. As idas ao AM fizeram com que Evans estivesse agora em quarto, sob a ameaça de Vergne. As trocas iam-se acendendo e Evans aproveitou para subir ao terceiro lugar. Na frente, Vandoorne passou para a frente de Frijns graças ao AM. De Vries perdeu mais um lugar para Vergne, que passou o campeão com uma espetacular manobra. 

De Vries continuava a perder lugares e na frente Evans Vandoorne e Frijns davam espetáculo, com Evans a levar a melhor e a ficar líder da prova, seguindo de Frijns e Vandoorne. Enquanto Evans ia cavando o fosso para o resto dos adversários, Frijns defendia-se de Vandoorne e Jake Dennis, que tinha AM mas também uma penalização de cinco segundos por ter tocado em AFC quando o ultrapassou. O português era agora nono. 

Foram acrescentados 5m e 15 seg aos 45 minutos iniciais, pelo tempo que o Safety Car  esteve em pista. Isso dificultava a vida a Jake Dennis que não tinha energia suficiente para chegar ao fim. O britânico tinha de começar a levantar o pé para tentar ver a bandeira de xadrez e com isso começou a perder lugares. Vandoorne, depois de passar Frijns no braço, ficou com o segundo lugar.

Edo Mortara, com uma boa corrida, era já quinto estando atrás de Vergne, Frijns, Vandoorne e Evans que tinha tirado bilhete, afastando-se de toda a gente. A luta pelo segundo lugar aquecia e Vergne passava Frijns e tentava chegar-se ao Mercedes de Vandoorne, com Mortara e Sam Bird também por perto. No entanto Frijns devolveu a manobra a Vergne e regressou ao terceiro lugar. Frijns mantinha o forte andamento e passava Vandoorne, que ficava pressionado por Vergne e Mortara, com Bird e Félix da Costa também por perto. Bird subiu ao quinto lugar, depois de ter passado por Mortara. Vandoorne tentava segurar o terceiro lugar de Vergne com Bird também à espreita.

A corrida chegou ao fim, Mitch Evans conseguiu uma espetacular vitória, seguido de Frijns e Vandoorne no top 3. Seguiram-se Vergne, Bird (que largou de 13º), Félix da Costa, Mortara, Pascal Wehrlein, Nick Cassidy e André Lotterer a fechar o top 3.

Destaques

O maior destaque vai para Evans e a Jaguar. Excelente corrida, excelente gestão de energia e uma vitória que vem num momento crucial para as contas do título, depois de um mau arranque da equipa britânica. Vandoorne fez uma boa corrida, mas Frijns esteve ligeiramente melhor quer na gestão de energia quer nas manobras. Vergne conseguiu um bom quarto lugar e Bird merece destaque pela excelente recuperação. As lutas pelos primeiros lugares foram intensas e Félix da Costa pagou por isso. Quase foi colocado no muro por De Vries e um toque de Dennis complicaram uma corrida que tinha potencial para ser boa. Sexto não é mau, mas tendo largado de quarto, o português queria mais. Mortara conseguiu pontos interessantes para a luta pelo título (tendo largado de 11º), Wehrlein fez uma corrida discreta, tal como o colega de equipa Lotterer e Cassidy conseguiu um bom nono lugar (largou de 14º). Amanhã temos mais uma qualificação e uma corrida em Roma.

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