O WRC vai sofrer grandes mudanças ambientais já este ano com os novos regulamentos técnicos a impulsionar a competição para um futuro mais sustentável.
O novos carros de Rally1 híbridos plug-in foram concebidos em torno de um chassis de célula de segurança melhorada, combustível 100 por cento isento de fósseis e fornecimento de energia sustentável, vetores fundamentais para um compromisso com um futuro mais verde por parte da FIA e o Promotor do WRC.
Os fabricantes construíram e desenvolveram os seus novos Rally1 híbridos, nos quais um motor eléctrico de 100kW (136 cv) acoplado a uma bateria de 3,9 kWh complementa o habitual motor a gasolina de 1,6 litros turboalimentado de 380 cv, com a potência dos motores a subir para níveis máximos de desempenho acima para mais de 500 cv.
Terminada que está a era dos World Rally Car, que durava desde 1997, com alterações pelo meio, os olhos estão agora postos nos novos Rally1, os primeiros carros de ralis híbridos da história.
Quando está prestes a ‘nascer’ uma nova era do WRC, recorde sucintamente o que foi a evolução técnica dos carros de ralis até aqui, desde a passagem dos Grupos 1 a 5 para os Grupos B. Em 1982, uma nova homologação de grupos através do Apêndice J das regras técnicas da FISA, substituiu os grupos de homologação 1 a 5 por novos grupos alfabéticos A, B e N. Pelo meio, os ‘monstruosos’ Grupos B de 1986.
Em 1987, os Grupos B e S são proibidos após as tragédias de 1986, a partir de 1 de janeiro de 1987. A partir daí só Grupos A, que foram evoluindo muito ao longo dos anos, ao ponto de, apesar do aparecimento dos WRC em 1997, ser um Grupo A (Mitsubishi) a assegurar os títulos. Como se percebe, em 1997 é introduzida uma forma alternativa de preparar e homologar o carro de Grupo A. O fabricante já não precisava de produzir um carro turbo 4WD para homologar o automóvel A8, turbo e sistema 4WD podia ser adicionado a qualquer modelo, produzido em quantidades suficientes. A Mitsubishi foi evoluindo o seu Lancer, outras marcas criaram WRC de raiz.
Em 2011, novos World Rally Cars. Baseado nos Super 2000 e Grupo N, equipados com um kit suplementar, que incluiu a adição de turbo, e asa traseira. Os novos regulamentos de motores 1600cc chegaram ao WRC, o diâmetro do restritor do turbo foi reduzido para 33mm (era 34mm).
Os WRC 1600 foram evoluindo, e seis anos depois, novo grande salto de performance, com o restritor do turbo aumentado para 36 mm (era 33mm), o peso mínimo reduzido (em 25 Kg) para 1175 kg (era de 1200 kg), houve alterações de dimensões da carroçaria e introduzida muita aerodinâmica. São estes os WRC que agora terminaram o seu ciclo de vida. Agora, os Rally 1, que analisamos ao Raio X.