ERC, Q&A, Bruno Magalhães: “Estou muito curioso para guiar e compreender o carro”
Com uma tripla de títulos portugueses, um hat-trick de vitórias do Rally Serras de Fafe e Felgueiras e três triunfos no Europeu de Ralis, Bruno Magalhães, piloto do Team Hyundai Portugal, recebe para esta prova um novíssimo Hyundai i20 N Rally2.
Vais regressar ao ERC no novíssimo Hyundai i20 N Rally2. Como te sentes face a isso?
“Não tenho ainda muita informação sobre o novo carro, o meu está em construção neste momento, mas tenho visto que tem sido muito rápido com o Jari Huttunen e o Oliver Solberg no mundial. O regulamento do ERC significa que só posso fazer um dia de testes, pelo que não é a situação ideal para experimentar todos os cenários, mas este é um passo muito importante para mim e para a Hyundai Portugal, porque o potencial do carro é muito elevado. Estou agora muito curioso para guiar e compreender o carro”.
Como está a correr a tua época no campeonato português?
“Estamos novamente na luta pelo campeonato, após as duas últimas rondas terem sido muito boas, porque ganhámos alguns pontos aos nossos adversários, pelo que isso é uma boa notícia para as três provas que faltam”.
Qual é o teu objetivo para o Rally Serras de Fafe e Felgueiras?
“Neste momento, o campeonato português é o objetivo principal e com três ralis pela frente, precisamos de estar completamente concentrados. Mas numa prova do ERC, se conseguir ser primeiro, vou tentar. Neste momento, não posso dizer por que posição vou lutar, porque não sei exatamente o que vou encontrar quando guiar o carro e o nível do Europeu é sempre muito alto”.
Quão bom é estar de volta ao ERC?
“Claro, é bom estar de volta ao Europeu. Toda a gente sabe que é um campeonato que eu adoro, por isso gostaria de voltar [a tempo inteiro] um dia. No ano passado tudo foi confirmado mas depois tivemos de cancelar o programa por causa da pandemia, pelo que foi um grande desastre. Significa que é sempre um prazer participar no campeonato, mesmo que este ano seja apenas para um rali”.
Como três vezes vencedor no Rali Serras de Fafe, como descreverias o evento e o desafio que enfrentam?
“Este rali está numa parte muito importante do nosso país, porque Fafe é muito famosa, com uma grande história no mundial. Há muitos espectadores e a atmosfera é sempre ótima, com certeza. Os troços são muito agradáveis, muito técnicos e normalmente com muita gravilha solta na estrada, por isso não é bom ser o primeiro carro.
Alguns dos troços são os mesmos do Rali de de Portugal, mas há algumas especiais novas este ano, Boticas é novo para todos, por exemplo, por isso é outro desafio. Em geral, este rali é ótimo, especialmente no segundo dia com os famosos saltos. Normalmente não há muitos problemas com os furos, porque não temos tantas pedras na estrada. Penso que será ótimo para todos”.
Muitas pessoas falam da Lameirinha como o troço ‘assinatura’ do rali. Como é guiar lá?
“Este é o troços dos saltos. Quando se está na linha de partida, é um pouco como as Sete Cidades no Rallye dos Açores. Sei que estou a começar um troço muito famoso, que estou habituado a ver na televisão desde criança. Sente-se algo especial porque se sabe que há milhares de pessoas e é sempre uma sensação especial quando se guia lá. O último salto é após a parte muito famosa, o Confurco. Vimos da terra, entramos numa pequena parte em asfalto antes de se voltar à terra. É um troço espantoso”.
Que conselho vais dar a André Villas-Boas, o treinador de futebol que faz a sua estreia no ERC?
“Ele está a fazer o rali por razões de caridade e conduzirá o meu ‘velho’ carro. É um grande prazer para a Hyundai recebê-lo porque ele é muito apaixonado pelos ralis. Sabemos que ele quer chegar ao fim e tirar daí algum prazer e, com certeza, dar-lhe-ei alguns conselhos. Mas pergunto-lhe se um dia vai treinar a minha equipa, o Benfica, e ele diz sempre que ‘não’ [porque ele é ‘ferrenho’ do Porto]. É uma piada entre ele e eu…”
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