WRX – Irmãos Hansen voltam a festejar uma dobradinha

Por a 6 Setembro 2021 18:00

Os Irmãos Hansen continuam na senda dos bons resultados e voltaram a festejar uma dobradinha, com Timmy Hansen a vencer pela segunda vez consecutiva.

A mítica pista de Lohéac recebeu a terceira ronda do Mundial de Ralicross. Depois de Kevin Hansen (Peugeot 208) ter vencido na primeira ronda (Espanha) e Timmy Hansen (Peugeot 208) ter levado a melhor na Suécia, a terceira ronda era de grande importância para os pilotos que tentam chegar ao título, nomeadamente Johan Kristoffersson (Audi S1) que, apesar do pódio em Espanha foi apenas sétimo em Höljes e tinha de recuperar terreno para os Hansen, sempre fortes.

Kristoffersson começou mais forte

E o primeiro dia de competição até sorriu a Kristoffersson, sendo o piloto com mais pontos no final da Q1 e da Q2, seguido de perto por Niclas Grönholm (Hyundai i20). Kristoffersson ia começando a Q1 da pior maneira com um toque a comprometer a entrada na primeira curva, mas o talento do tricampeão do mundo permitiu que continuasse em prova. Grönholm foi o mais rápido da Q1, seguido por Kristoffersson e dos irmãos Hansen com Kevin a ser o mais rápido em terceiro, seguido de Timmy e de Kristzián Szabó (Hyundai i20) que completou o top 5.

Na Q2 foi mesmo Kristoffersson a fazer o melhor registo, no que parecia ser o começo da retoma para o piloto sueco, seguido de Kevin Abbring (Renault Mégane RS), com Grönholm, Kevin Hansen e Timo Scheider (Seat Ibiza) a serem os cinco mais rápidos. Chegamos ao fim do primeiro dia com Kristoffersson na liderança, com Grönholm e Abbring a completar o top 3.

Irmãos Hansen recuperaram o ritmo

No derradeiro dia de prova, Kristoffersson manteve a toada e foi o mais rápido na Q3, mas desta vez os irmãos Hansen aproximaram-se do compatriota (depois de um primeiro dia algo afastados do topo da tabela), com Kevin a manter a superioridade face a Timmy, seguidos de Szabó e Grönholm no top 5.

Na Q4, Timmy Hansen deu então um ar da sua graça e fez o melhor tempo, mostrando claramente que as melhorias feitas de um dia para o outro surtiram efeito, seguido do inevitável Kristoffersson, que se manteve na frente das contas e partia para as semifinais como um dos favoritos. Grönholm também estava a fazer uma boa prova e concluía a Q4 com o terceiro melhor registo, seguido de Abbring e Kevin Hansen.

Kristoffersson terminou esta fase da competição com mais pontos amealhados o que lhe valeu 16 pontos para o campeonato, seguido de Grönholm, Timmy Hansen e Kevin Hansen.

Na Semi-Final 1 tínhamos Kristoffersson, Timmy Hansen, Abbring, Scheider e Oliver O´Donovan (Ford Fiesta). O domínio de Kristoffersson parecia manter-se nas primeiras voltas, com o sueco na frente das operações, mas uma falha na transmissão do seu Audi no fim da semifinal atirou o tricampeão para o terceiro lugar (que teve de defender com unhas e dentes), atrás de Hansen, o vencedor, e de Scheider, com Abbring a ficar em quarto, seguido de O´Donovan. Ainda assim Kristoffersson tinha vaga para a final, mas os danos provocados na caixa de velocidades não puderam ser reparados a tempo e impediram o sueco de assumir o lugar na final, ficando Abbring com a vaga.

Na Semi-Final 2, Kevin Hansen levou a melhor sobre Szabó e Grönholm, com este trio a conseguir uma vaga na grande final ficando de fora Enzo Ide (Audi S1) e Hervé Knapick (Citroën DS3).

Final dominada por Timmy

Tínhamos então na final os Irmãos Hansen na primeira linha da grelha, seguidos de Szabo, Scheider, Abbring e Grönholm. A hegemonia dos Hansen manteve-se, com Timmy a assumir a liderança no arranque, apesar da pressão do seu irmão Kevin. Os dois lugares da frente mantiveram-se até ao fim, com Timmy a vencer pela segunda vez consecutiva. A luta pela terceira posição foi a mais animada com Grönholm e Abbring a lutarem entre si pelo último lugar do pódio que sorriu ao finlandês, seguindo-se Abbring, Szabo e Scheider na tabela.

Timmy Hansen – “Tive sorte em muitos aspectos para conseguir a vitória” (Caixa 0)

“Que época espantosa que estamos a ter! Penso que este é um momento da minha carreira e das nossas vidas que iremos recordar, com uma dobradinha em cada um dos três primeiros eventos. Devo dizer que tive sorte em muitos aspectos para conseguir a vitória – foi uma pena que o Johan [Kristoffersson] tivesse o problema técnico – mas por vezes é assim que as coisas correm. O Rallycross é muito mais do que ser rápido, e houve muitas corridas na minha carreira em que tive velocidade mas não consegui o resultado. Kevin foi super-rápido na final – esteve no meu pára-choques o tempo todo, por isso tive de continuar a forçar o mais que pude. Partilhar o resultado com ele mais uma vez é fantástico, e esta vitória é 100% para a equipa, que se esforçou tanto para nos colocar de novo no bom caminho depois de ontem. Estou super grato a todos e a cada um deles”.

Resultado da Final

1. Timmy Hansen Hansen World RX Team 6 voltas
2. Kevin HANSEN Hansen World RX Team + 0.652s
3. Niclas GRÖNHOLM GRX-SET World RX Team + 2.235s
4. Kevin ABBRING Uncorrupted + 4.729s
5. Krisztián SZABÓ GRX-SET World RX Team + 4.968s
6. Timo SCHEIDER ALL-INKL.COM Muennich Motorsport+ +12.702s

RX2E – Dorian Deslandes vence (Caixa 1)

Dorian Deslandes foi uma adição de última hora no FIA RX2e em Lohéac, mas o jovem prodígio francês brilhou na sua primeira aparição na série totalmente eléctrica, surpreendendo os seus rivais mais experientes vencendo as duas primeiras eliminatórias e liderar a classificação intermédia.

A partir daí, Deslandes produziu uma performance inigualável tanto na semifinal como na final, convertendo a pole position em vitória em ambas as ocasiões para cimentar um sucesso espantoso na sua estreia num carro de tracção às quatro rodas tendo como companhia no pódio Reinis Nitišs e Guillaume De Ridder.

RX1 – René Münnich sorriu no final (Caixa2)

René Münnich foi o vencedor de uma final dramática do Euro RX1 ficando à frente de Andrea Dubourg e Tamás Kárai.

O alemão apresentou um bom ritmo ficando em quarto lugar na classificação intermédia, conseguindo ficar na primeira linha da grelha da segunda semifinal. Uma partida sensacional colocou-o na liderança imediata, algo que Münnich manteve até ao fim. Na derradeira final, parecia estar bem encaminhado para conquistar o segundo posto, algo que se transformou em vitória, quando o líder Andreas Bakkerud abrandou repentinamente e parou com apenas uma volta para o fim.

Münnich cruzou a linha de meta em primeiro, seguido de Andrea Dubourg e Tamás Kárai.

RX3 – Kobe Pauwels vence (Caixa 3)

Kobe Pauwels venceu e aproximou-se do topo da tabela classificativa, depois de já ter demonstrado potencial.

Pauwels nunca tinha corrido em Lohéac antes deste fim-de-semana, mas fez o tempo mais rápido na Q3, dominou a segunda semifinal, ganhando um lugar na linha da frente na final.

Depois de uma joker lap precoce, o jovem de 16 anos – um dos mais jovens e menos experientes pilotos do Euro RX3, levou a melhor sobre Yury Belevskiy e Timur Shigabutdinov que completou o top 3.

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