Europeu de Ralis: 50 Edições do Rali Barum Zlin
Zlin, no leste da República Checa sempre esteve ligada aos automóveis e as primeiras competições remontam à década de 1930, em que se realizaram vários circuitos dentro da cidade e que chegaram a ter a particularidade de juntar carros e motos. A marca Bata, empresa nascida naquela urbe e que dava nome a estes circuitos, utilizava estes eventos para a promoção dos seus pneus e outros produtos com base em borracha. Esta indústria cresceu bastante na região e o nascimento de uma nova unidade fabril, a Barum, levou, na mesma lógica, ao surgimento do Rali Barum na década de 1970.
Desde então, a prova foi ganhando reputação e começou a registar a participação de vários pilotos estrangeiros, principalmente de países vizinhos como a Áustria e Alemanha. Já na altura, o evento ficou conhecido pela muito boa organização mas também por ser muito exigente já que disputado em estradas muito difíceis. Não demorou então muito para que o rali integrasse o Campeonato da Europa, de que hoje ainda faz parte, e recebesse a participação dos melhores pilotos do então ostracizado leste do continente, mas também os melhores concorrentes italianos, alemães e austríacos da altura.
No começo deste século, o rali atingiu o coeficiente máximo do Europeu e passou também a integrar o Intercontinental Rally Challenge assim que este assumiu a sua forma definitiva em 2007. Desde então, o Barum Rallye é um dos eventos incontornáveis do panorama internacional da modalidade e não são poucos aqueles que até veriam com bons olhos a passagem de uma prova com características únicas ao WRC. No entanto, os organizadores locais são reconhecidos não só pela sua organização quase imaculada mas também pela sua forma muito peculiar de abordarem as questões organizativas, algo que pode ser um óbice a tal mudança para um escalão cada vez mais formatado.
O Barum Czech Rally Barum ficou marcado por vários duelos pela vitória como aqueles registados em 1988 entre Franz Wittmann e Raimund Baumschlager em 206 entre Roman Kresta e Renato Travaglia, e mais recentemente aqueles que opuseram Freddy Loix e Bryan Bouffier ou mesmo Jan Kopecky e Alexey Lukyanuk. Em 2021 a bandeira portuguesa estava içada apenas pela presença de Hugo Magalhães mas os checos recordam com carinho as participações de Bruno Magalhães ao volante de várias viaturas. No entanto, a sua maior nostalgia vai para Miguel Campos que em 2003 lutou pelo triunfo num Peugeot 206 WRC.
João Freitas Faria
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