Fórmula E: Mercedes deverá abandonar em 2022
A confirmar-se, é mais um golpe tremendo para a Fórmula E que este ano tem perdido algum fulgor. São vários os meios de comunicação a adiantar que a Mercedes deverá abandonar o campeonato elétrico no final de 2022, não avançando para a Gen 3.
Seria a terceira saída de vulto para o campeonato que este ano é finalmente um mundial FIA, depois da saída confirmada da BMW e da Audi. A saída da Mercedes, apenas três anos após a primeira época a nível oficial e quatro de envolvimento no campeonato, seria um sinal negativo para potenciais interessadas. Além disso, vemos nomes como Jean-Éric Vergne a sair da competição, focando-se a 100% no WEC o que mostra claramente que apesar do crescimento, a Fórmula E não tem ainda a força de campeonatos estabelecidos.
O motivo da saída da Mercedes? Talvez a Fórmula E esteja a começar a pagar pela vontade de ser completamente diferente e as declarações de Toto Wolff hoje mostram isso:
“A decisão já foi tomada, mas não vamos comunicar nada hoje”, disse Wolff que acrescentou, ” temos de avaliar e fazer questionarmo-nos se isto funciona ou não? E se disser: “Sim, funciona”, então ainda podemos ir falar com o campeonato e dizer: “acreditamos que isto precisa de mudar” e ´acreditamos que os grupos de qualificação não devem causar tanta variabilidade e imprevisibilidade´. Qualquer que seja o nosso contributo, eles podem ouvir, aceitá-lo ou não. Mas a razão principal é decidirmos o que queremos fazer em termos de corridas de automóveis para a frente”.
Assim, a Mercedes está a pensar seriamente no seu futuro na competição e deixou uma farpa em relação ao atual formato que cada vez mais desagrada. É certo que ter 14 candidatos ao título é algo único e traz emoção, mas é preciso admitir que vários destes candidatos não tem legitimidade para pertencer a este grupo e que estes números só acontecem graças a um formato que força às surpresas, retirando um pouco da verdade desportiva. E apesar dos elétricos serem o futuro, o presente vive de competições estabelecidas e com a F1 cada vez mais forte, graças ao bom trabalho da Liberty e um WEC a iniciar uma nova viagem que promete dar-nos as melhores corridas de endurance dos últimos tempos, as marcas começam a olhar para a Fórmula E de forma mais realista e não com o brilho e a tolerância da novidade. E pesando os prós e os contras, outros campeonatos ganham vantagem.
A Fórmula E tem agora um desafio tremendo pela frente. O crescimento foi brutal e o trabalho foi bem feito até agora. Mas para se estabelecer entre os “grandes” terá de mudar, o que não significa perder a sua essência, que fez da Fórmula E o que é hoje em dia, mas talvez seja tempo de repensar alguns conceitos e mudar algumas abordagens. Tantas saídas, de um campeonato cuja tecnologia é encarada como o futuro da mobilidade, numa fase em que as marcas voltam a apostar no desporto motorizado são um sinal claro.
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