Alexandre Camacho vence Rali da Madeira pela 4ª vez

Por a 7 Agosto 2021 17:00

Depois de 16 classificativas de luta ao segundo, Miguel Nunes/João Paulo (Skoda Fabia R5 Evo) e Alexandre Camacho/Pedro Calado (Skoda Fabia R5 Evo) chegaram ao derradeiro troço do rali, separados por 1.7s, com Miguel Nunes a fazer um pião e a dar um toque na fase inicial do troço, danificando a suspensão traseira direita do seu carro, ‘entregando’ assim de bandeja o triunfo na prova a Alexandre Camacho, que vence a prova pela quarta vez, e desempatando o ‘resultado’ de 1-1 que existia à partida deste evento. No Rali da Ribeira Brava, Alexandre Camacho bateu Miguel Nunes por 1.4s, no Rali do Marítimo foi Miguel Nunes a triunfar, desta feita por 0.5s. Na ‘Volta à Ilha’, desta vez foi Alexandre Camacho a vencer.

Alexandre Camacho venceu a 62ª edição do Rali Vinho da Madeira. O piloto do Skoda Fabia Rally2 Evo vinha efetuando uma recuperação notável mas acabou beneficiando de um toque na sequência de um pião de Miguel Nunes na PE 16 – Rosário 2, a última do programa. Nunes perdeu mais de um minuto e acabou por cair muitos lugares na classificação. Quem acabou por também beneficiar do infortúnio de Miguel Nunes foram Bruno Magalhães, segundo com um Hyundai i20 R5, e José Pedro Fontes, terceiro em Citroën C3 Rally2.Mais informação dentro de momentos.

Sendo verdade que os dois pilotos chegaram ao último troço separados por 1.7s, a verdade é que o rali foi de uma disputa incrivelmente intensa com mérito de ambos os lados. Na fase inicial da prova, Miguel Nunes entrou bem melhor, vencendo os quatro primeiros troços, precisamente aqueles em que as condições eram mais difíceis. Com a chuva a fazer-se sentir muito em alguns locais, menos noutros, seco noutros tantos, foi Miguel Nunes quem se adaptou melhor enquanto Alexandre Camacho foi perdendo segundos chegando a estar a 18.3s do seu adversário.

Contudo, grande mérito na reação de Camacho, que não deixou para o segundo dia a reação, mas sim para a segunda passagem nos troços, ainda no primeiro dia. Se Nunes tinha vencido os quatro primeiros, Camacho fez o mesmo nos segundos quatro e começou a vencer o rali. Ao cabo de quatro troços a margem entre ambos era 18.3s mas no final do dia a mesma já tinha caído para 11.3s, sem que Miguel Nunes conseguisse fazer melhor do que empatar o último troço do dia.

No dia decisivo, sábado, Miguel Nunes ainda conseguiu responder inicialmente, recolocando a diferença em 13.4s, mas o que Camacho fez na PE12, roubando mais de metade da diferença entre ambos a Miguel Nunes relançou totalmente o rali, e na derradeira secção da prova foi colocando cada vez mais pressão, 5.3s, 3.9s, 1.7s, chegando ambos ao troço decisivo virtualmente empatados. Aí, ainda por cima com chuva, Nunes tinha uma pequena margem, mas o impulso psicológico resultante da consistente recuperação por parte de Alexandre Camacho, levou Miguel Nunes a cometer um erro, um pião que acabou mal, com um toque, que danificou a suspensão traseira esquerda do Skoda Fabia Rally2 evo de Miguel Nunes. Era o fim do rali para o madeirense, que merecia, no mínimo, ter levado a luta até ao fim. Ficou pelo caminho, e depois de ter estado em muito boa posição de vencer o rali, perdeu-o mesmo no final. Inglório, imerecido (o abandono) mas os ralis são mesmo assim e há muito mérito na resposta que Alexandre Camacho deu ao atrasou que teve.

Filme do rali

Miguel Nunes com um Skoda Fabia Rally2 Evo era o líder do Rali Vinho da Madeira depois de cumprida metade da organização do Club Sports da Madeira. O campeão madeirense foi feliz nas suas escolhas durante uma manhã marcada por instabilidade climatérica e arrecadou importante vantagem sobre a concorrência. Já na segunda ronda pelas quatro classificativas do programa, as opções não foram as melhores e acabou por perder algum do seu avanço. Reagindo no último troço cronometrado do dia e arranca para o segundo dia de competição com uma vantagem de 11,3 segundos.

Pelo contrário, Alexandre Camacho, que utiliza uma viatura idêntica, falhou as suas apostas para a 1ª secção que terminou mesmo algo desalentado pois estava na ocasião a 18,3 segundos do guia. No entanto, atacou forte à tarde, venceu todas as classificativas e conseguiu reduzir quase para metade a sua desvantagem. Boa prova rem realizando Bruno Magalhães, atual terceiro com um Hyundai i20 R5 e na liderança dos pilotos inscritos no Campeonato de Portugal de Ralis. Atrás de si, José Pedro Fontes, ao volante de um Citroën C3 Rally2, foi melhorando ao longo do dia e está a 11,1 segundos de poder subir ao pódio.

Prova de altos e baixos a de Armindo Araújo, em Skoda Fabia Rally2 Evo, que chegou a ser terceiro mas perdeu algum tempo com um pião e é quinto. Muito boa estreia na ilha está a ter o espanhol Jan Solans, com Citroën C3 Rally2, que esteve em luta pelo pódio mas que um toque ao final do dia fez cair para a sexta posição. Ricardo Teodósio chegou a ser o melhor do CPR mas falhou a sua escolha de pneus na segunda ronda. Bernardo Sousa, oitavo com um Skoda Fabia R5, chegou a dar um ar da sua graça nalguns troços da manhã mas padeceu da menor atualidade da sua montada. Apenas nono, Pedro Paixão estaria numa das posições do pódio não fosse um furo a meio da 1ª secção.

PE9-10: Miguel Nunes dilata avanço

Disputadas as primeiras duas das oito classificativas que compunham a 2ª etapa do Rali Vinho da Madeira, Miguel Nunes reforçou a sua liderança. O piloto do Skoda Fabia Rally2 Evo ganhou 2,4 segundos no confronto direto com Alexandre Camacho, o segundo classificado, e passou a dispor de uma vantagem de 13,4 segundos sobre o seu mais direto rival. Bruno Magalhães mantinha a terceira posição mas perdeu terreno para os seus perseguidores e adversários no Campeonato de Portugal de Ralis.

Boa primeira metade da manhã do segundo dia de competição realizou Armindo Araújo, em Skoda Fabia Rally2 Evo, que foi o melhor na primeira passagem por Câmara de Lobos e conseguiu outro bom resultado em Ponta do Sol. É agora quarto e está a 5,6 segundos do pódio. José Pedro Fontes segue no quinto posto após dois troços cronometrados em que se queixou do seu desempenho no Citroën C3 Rally2.

PE11-12: Rali Vinho da Madeira ao rubro

A disputa das primeiras passagens por Ponta do Pargo e Rosário, últimas classificativas da 3ª secção vieram trazer uma nova realidade ao Rali Vinho da Madeira quando faltava cumprir mais uma secção com quatro provas especiais. Com algumas zonas de Rosário húmidas, Alexandre Camacho, com um Skoda Fabia Rally2 Evo, apostou na utilização de pneus intermédios e conseguiu diminuir substancialmente a sua desvantagem para Miguel Nunes. Com pouco mais de 40 km de classificativas por disputar, a diferença entre os dois primeiros classificados do Rali é de 6,7 segundos e tudo fica em aberto quanto ao nome do vencedor desta edição.

Bruno Magalhães sentiu algumas dificuldades com o seu Hyundai i20 R5 mas forçou o andamento e consegue entrar na última secção do evento na terceira posição absoluta, a melhor de um dos pilotos inscritos no Campeonato de Portugal de Ralis. O pódio da campeonato continua, contudo, bastante animada pois apenas 6,6 segundos separam o lote dos três primeiros que também inclui Armindo Araújo, em Skoda Fabia Rally2 Evo, e José Pedro Fontes, com Citroën C3 Rally2.

PE14: Indecisão até final

Quando faltavam duas classificativas para o término do Rali Vinho da Madeira, a indecisão mantinha-se quanto ao nome do vencedor. Alexandre Camacho, em Skoda Fabia Rally2 Evo, venceu os dois primeiros troços cronometrados da 4ª secção e a diferença entre os dois primeiros classificados, Miguel Nunes e Alexandre Camacho, é de apenas 3,9 segundos.

Nesta altura faltavam disputar as segundas passagens por Ponta do Pargo e Rosário. Informações vindas da estrada davam conta de que chovia na costa norte da ilha e que o piso poderia alternar em ambas as provas especiais entre o seco e o muito molhado. Agora já todos sabemos como terminou…

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